Faz 35 anos, nesta madrugada, que eu passeava nas Av. Novas, em Lisboa, sem ter a mínima ideia do que estava acontecendo no nosso País. Jovem, divertida, conversava animadamente com os meus amigos no ex-Pub “Metro e Meio”, na Av. 5 de Outubro.
Como tudo parece tão perto e tão longe! Como, apesar de tudo o que tem acontecido nestes anos, não me deixei invadir pelo arrependimento por ter vivido uma tão forte emoção naquela aurora de 25 de Abril, quando fui acordada pelas notícias divulgadas pela rádio.
Dificilmente qualquer jovem de hoje poderá entender o que aconteceu naquela madrugada.
Fazendo hoje o balanço, continuo a considerar que o nosso povo é forte e unido, quando tem que tomar posições ou decisões sérias.
Na geração adulta, que viveu o 25 de Abril, não se apagou a luta pela liberdade, a solidariedade, a frontalidade com as forças da opressão. Perderam-se esperanças, essas sim, porque vivemos, em cada nova geração de políticos, um alento renovado. Mas logo este se desvanece nos erros constantes que se vão cometendo em pobreza de cultura, educação e prosperidade da sociedade. Uma espécie de fatalismo que nos persegue. Talvez por isso o fado seja a nossa expressão!!!
Mas enfim, digamos que sou uma portuguesa optimista e, mais uma vez, comprei os cravos vermelhos para comemorar um momento alto deste meu povo.
Ontem, voltei a estar com um grupo de amigas com quem trabalhei muitos anos. Como foi bom sentir que, em todos estes anos, conseguimos manter a nossa dignidade, a nossa força e união. E para isso não são necessários “partidos”, manifestações, congressos. Estávamos ali unidas pelos valores que nos deu a nossa geração, o companheirismo, a solidariedade, o interesse pelo progresso, pela sabedoria e pelo fortalecimento dos afectos.
Como tudo parece tão perto e tão longe! Como, apesar de tudo o que tem acontecido nestes anos, não me deixei invadir pelo arrependimento por ter vivido uma tão forte emoção naquela aurora de 25 de Abril, quando fui acordada pelas notícias divulgadas pela rádio.
Dificilmente qualquer jovem de hoje poderá entender o que aconteceu naquela madrugada.
Fazendo hoje o balanço, continuo a considerar que o nosso povo é forte e unido, quando tem que tomar posições ou decisões sérias.
Na geração adulta, que viveu o 25 de Abril, não se apagou a luta pela liberdade, a solidariedade, a frontalidade com as forças da opressão. Perderam-se esperanças, essas sim, porque vivemos, em cada nova geração de políticos, um alento renovado. Mas logo este se desvanece nos erros constantes que se vão cometendo em pobreza de cultura, educação e prosperidade da sociedade. Uma espécie de fatalismo que nos persegue. Talvez por isso o fado seja a nossa expressão!!!
Mas enfim, digamos que sou uma portuguesa optimista e, mais uma vez, comprei os cravos vermelhos para comemorar um momento alto deste meu povo.
Ontem, voltei a estar com um grupo de amigas com quem trabalhei muitos anos. Como foi bom sentir que, em todos estes anos, conseguimos manter a nossa dignidade, a nossa força e união. E para isso não são necessários “partidos”, manifestações, congressos. Estávamos ali unidas pelos valores que nos deu a nossa geração, o companheirismo, a solidariedade, o interesse pelo progresso, pela sabedoria e pelo fortalecimento dos afectos.
3 comentários:
Pois é... eu tenho a sorte de fazer parte do tal grupo e também, ontem me emocionei quando, a certa altura, olhando à volta, durante a sessão de trabalho, verifiquei que nenhuma de nós perdeu ainda a chama, a vontade de aprender coisas novas e o gosto bem sentido de estarmos juntas. Tão diferentes e tão semelhantes, só é posível porque o legado, a seiva é a mesma!
Ainda bem que és optimista e temos mesmo de manter essa esperança, só assim com toda a corrente de energia, não é assim? é que isto vai melhorar!
Tenho-me sentido muito feliz a aprender, só preciso de mais um pouco de tempo, estou de novo envolvida em demasiadas coisas e disperso-me um bocado, mas a semente está a cair em terra ávida e vai germinar...Obrigada!
Abração
ZIA
Soube pela Zia dessa reunião e de
como ela gostou.Li o texto escrito
com o coração.
Concordo.
Abraçoa.
isa.
Pois é ... esta geração ainda se emociona com a madrugada de 24 de Abril e valoriza o que a revolução dos cravos nos deu mas que sentimos termos também conquistado.
O grupo que na 5ª feira se reuniu em tua casa à volta do "aprender a pintar" também tem uma tradição de "luta" e desenvolveu um espírito solidário do "todos por um". É bom.
Bjinhos
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