domingo, 29 de janeiro de 2012

Ainda Inverno ou já Primavera?



Numa voltinha por Sintra e pela praia da Adraga, em dia de Sol quentinho, há imagens de Inverno mas … que alegria, já se anuncia a Primavera!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

“ A Física do Dia a Dia” de Rómulo de Carvalho

A semana continua com Rómulo de Carvalho …

“ A Física do Dia a Dia “ é a nova edição do livro “Física para o Povo” cuja edição de 1968 me ensinou a ensinar e conservo cheio de anotações.

Pois é com base nas 73 experiências descritas por Rómulo de Carvalho que é feita a exposição que está agora no Pavilhão do Conhecimento – até Setembro de 2012.

A exposição está organizada por divisões de uma casa e o visitante é convidado a realizar experiências com objectos comuns.” Não há computadores, aparelhos electrónicos complexos nem tecnologia de ponta”. E é assim que no quarto tem experiências sobre luz e visão, na sala sobre som e audição ; no escritório, electricidade e magnetismo ; na despensa sobre forças, temperatura e volume; na cozinha sobre água, densidade e flutuabilidade e no jardim experiências sobre a pressão.


A exposição foi inaugurada a 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica. Só agora dei por isso … Mas ficou na agenda.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

António Gedeão

Rómulo e Gedeão e um mundo de recordações …

Dos sucessivos livros de poemas, “Movimento Perpétuo”, “Teatro do Mundo”, “Máquina de Fogo” acabou sendo feito um único, “Poesias Completas”, editadas pela Sá da Costa e com 9 ou 10 edições. E é aí que estão muitos dos poemas que lidos e cantados fazem parte da nossa vida adulta. O primeiro a cantar “Pedra Filosofal” foi Manuel Freire, em 1969, no programa Zip-Zip. Depois vieram os outros.

Se acharem exaustivo, desistam … mas aqui ficam alguns dos que mais gosto e estão no youtube : Poema para galileu, Lágrima de preta, Poema da malta das naus, Pedra Filosofal !


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

“Aos meus tetranetros”


É esta dedicatória que orienta o livro de memórias de Rómulo de Carvalho ( António Gedeão), editado pela Fundação Gulbenkian.

Durante 10 anos, o autor revela recordações da sua infância, quotidianos dos seus pais, avós e irmãs, preocupações de adolescente e jovem adulto – com pormenores interessantes e informações paralelas. Nasceu em 1906 e tinha 20 anos quando aconteceu a revolução de 1926…

Seguem-se as suas atribulações de professor de Físico-Químicas, de metodólogo e escritor – de livros escolares, alguns ´”livros-únicos” e vários de divulgação científica . Destes, lembro a “Física para o povo”( 1968) de que o autor autorizou uma edição nos últimos anos com o nome “ Física no Dia a Dia”.

Narra com cepticismo, humor e distância as suas relações com o poder político e com os poderes intermédios ( directores de escolas, editores, Sociedade Portuguesa de Autores, …). Analisa com crueza e desilusão a sua relação com colegas e com gente “do mundo das letras”. Rejeita o Estado-Novo e as liberdades pós 25 de Abril e diz que não gosta de viver : “ atravessei a existência sempre com a surpresa nos olhos, a amargura no rosto, a tristeza no íntimo; nunca me consegui adaptar à sociedade, nunca fui capaz de praticar uma injustiça ( consciente), um abuso, de recorrer a sofismas … Sem ser tímido ( porque os tímidos são capazes de tudo), nunca me senti à vontade em qualquer meio em que ingressasse – mas sempre lidei com toda a gente com a melhor cordialidade porque a minha inadaptação é profundamente interior sem reflexos externos. De um modo geral tenho a pior das impressões dos seres humanos …” Mas abre algumas excepções e menciona-as …

Ler este grosso volume com mais de 500 páginas pode ser interessante para mais jovens que muito aprendem e para gente da minha idade que viveu os mesmos tempos de docência antes e depois da revolução de Abril. E porque Rómulo de Carvalho guardou e procurou informação sobre tudo o que o rodeava, esclarecem-se dúvidas antigas que ficaram, sobre pessoas e factos .

E se existe em muitos a ideia de que “antes” é que havia bons professores e Escolas bem dirigidas, alunos estudiosos e disciplinados … nada como ler o testemunho deste homem que sempre foi um professor empenhado e não comprometido e constatar que as mudanças, embora turbulentas, conduziram a uma Escola mais responsável.

Mas aos tetranetos também quis contar a história do nascimento e morte de António Gedeão. “Nasceu” em 1954 depois de ter visto publicado o seu nome nuns poemas que enviara a um concurso. Não gostou do nome e pensou noutro : António porque um tio de quem gostava era António; Gedeão … tinha achado graça ao apelido de um seu aluno num Liceu de Coimbra. Nasceu António Gedeão para os poemas e outros escritos literários. Continuou Rómulo de Carvalho para os escritos de natureza científica. António Gedeão “viveu” e publicou até 1983. “Morreu” e dele ainda foram publicados Poemas Póstumos …

A poesia de Gedeão em volume denominado “Poesias Completas” tem tido sucessivas publicações e os seus poemas cantados são reproduzidos, usados e abusados em situações por vezes bem caricatas - como denuncia o autor.

O livro termina a 5 de Fevereiro de 1997, quando as forças se perderam. Ficou em branco a última linha : “ Faleci em ……”. Foi preenchida pela mulher Natália : 19 de Fevereiro de 1997.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Janeiro, mês dos gatos?!

Pois dizem que sim mas para mim é igual aos outros … será que me falta qualquer coisa?

Disse-me a minha dona que na Ericeira viu uma montra dedicada a “Janeiro, mês dos gatos”
e trouxe fotografias … Muito bem, gostei. Ora vejam :


Nota : na loja de tecidos “do Paulo”, há muitos anos, pelo menos há duas gerações, que na montra se
comemoram datas festivas, com objectos, textos, livros, fotografias …
Visitar a montra faz parte dos hábitos dos moradores e visitantes. É uma loja de tecidos a metro onde também há produtos de retrosaria e se calhar muito mais coisas porque é loja à antiga, sem complexos nem maneirismos adaptativos.

E não parece que vá fechar … OXALÁ!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Também sou a favor do eléctrico 18

Sou alfacinha de gema e sempre utilizei e utilizo os transportes públicos da cidade que, a meu ver, só não funcionam melhor porque existem demasiados carros, cargas e descargas a horas impróprias e um estacionamento caótico e desrespeitador.

Ando preocupada com as novas medidas que se avizinham e com a anunciada supressão de carreiras e alteração, desta vez a doer das tarifas praticadas.

Gosto imenso de andar de eléctrico, amigo do ambiente como nenhum outro e quando soube da quase certa supressão da carreira 18 também eu me indignei e já subscrevi a Petição Pública que circula na Net. Que outro meio nos resta, em democracia, para manifestar a nossa opinião e participar civicamente na causa pública?

“Numa altura em que outras cidades europeias estão a instalar linhas novas, uma das cinco carreiras de eléctrico que ainda resistem em Lisboa vai ser suprimida no final de Fevereiro.

Os eléctricos são um meio de transporte ecológico, uma das maiores atracções turísticas da cidade e um símbolo de Lisboa. O fecho da carreira 18, entre a rua da Alfândega e a Ajuda, é um atentado ao património cultural e histórico de Portugal.” Faço minhas as palavras que acompanham a dita petição cujo endereço aqui fica para se houver mais interessados e um vídeo simpático e carinhoso sobre o percurso e as pessoas que utilizam esta linha. Quem sabe se ainda se consegue travar mais esta medida, decididamente contra o povo.

Se quiser, assina a petição aqui:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N17080

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

RE – FOOD


Re-Food é um projecto que pressupõe a redistribuição de comida em boas condições que, normalmente, é deitada fora pelos restaurantes ,quando não consumida no dia. É responsável pelo projecto um americano da Virgínia, Hunter Halder, que vive em Lisboa há mais de 20 anos. Era especialista de “team building” (“melhoria da comunicação para potenciar a produtividade de empresas”) e trocou essa actividade pelo desenvolvimento de projectos humanitários. E surgiu a ideia do RE-FOOD.

Como? “Durante um jantar com as minhas filhas, uma delas perguntou-me o que acontecia com a comida que sobrava ao fim do dia naquele restaurante. E eu respondi : “o mais certo é que vá para o lixo, por não poder ser vendida amanhã”. “ Mas é uma vergonha”, foi a resposta. Mais tarde, a minha filha mais velha começou a trabalhar numa empresa de hotelaria e teve a oportunidade de assistir ao desperdício de grandes quantidades de boa comida que era deitada fora após banquetes e grandes festas. Fez-se uma luz na minha cabeça e comecei a pensar numa alternativa viável para canalizar essa comida para as pessoas que dela precisam, sem que isso trouxesse despesas para os restaurantes”. Reflectiu no projecto com o filho, “ a sua voz da razão” e, em conjunto, definiram o conceito e o nome. A seguir , já em 2010, avançou com a criação da “Re Food 4 Good”, uma associação de voluntários que concretizam no terreno o resgate da comida excedente da restauração e a sua distribuição por quem precisa.

O projecto está a ser desenvolvida na nossa freguesia ,Nossa Senhora de Fátima, com a colaboração de 285 restaurantes e 80 voluntários. São apoiadas 70 pessoas ( 23 famílias) e 30 ou 40 sem-abrigo. Para a implementação do projecto outros ajudaram : na identificação das famílias carenciadas, na produção de material gráfico de divulgação, na cedência de espaço para organização do trabalho, … Aos voluntários é pedida hora e meia de trabalho por semana e Hunter Halder garante : “o trabalho pedido é leve, divertido e tem a vantagem de cada um reforçar os sentimentos de partilha e solidariedade”. Também são bem vindos os sócios que pagam uma quota – o dinheiro é necessário para as embalagens, o pagamento da água e electricidade. Para gasolina … não é preciso. Hunter Halder desloca-se na sua bicicleta com cestos amarelos e a entrega está organizada por zonas dentro da freguesia.

Próximo objectivo? Uma sede não precária e o alargamento a outras freguesias até cobrir toda a cidade de Lisboa!!

Recentemente a “Re Food 4 Good” foi distinguida com o Prémio Voluntariado Jovem Montepio. Dos 25 mil euros recebidos, Hunter Halder decidiu doar mil euros a cada um dos outros 4 projectos finalistas. Há mesmo pessoas especiais que fazem a diferença numa multidão egoísta, corrupta … e dominante.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

MAGNÍFICO

Recebi há dias este belo presente e logo pensei em partilhá-lo aqui no Blog.

Quando a música mágica de Kitaro Matsuri se funde com a vida animal e a natureza nos seus mais belos momentos então entramos noutra dimensão. Que maravilha! Ouçam e admirem!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Astroturismo !!


Falta-nos “chão”, sobra-nos “céu” …


Numa noite límpida, com Júpiter mesmo ali a caminho do horizonte e as estrelas a serem cada vez mais visíveis, impõe-se escrever sobre uma notícia divulgada pelo Expresso : a região alentejana do Alqueva “é o primeiro céu Starlight Tourist Destination, certificação atribuída pela Unesco e pela Organização Mundial do Turismo !! Isso mesmo, um lugar para ver as estrelas!

Os lugares candidatos têm de ter 50% de noites límpidas e, naturalmente, não deve haver poluição luminosa.

A “Rota Dark Sky” envolve vários concelhos junto ao Alqueva : Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Portel, Mora, Moura e Barrancos. É bom saber que o astroturismo movimenta por ano 25 milhões de turistas e, esperam os responsáveis pelas redes de turismo local, um aumento considerável de interessados nos próximos anos. Claro que esta certificação assegura também qualidade extra em matéria de enoturismo, gastronomia, alojamento rural e património. E parece que já foram dados passos importantes como hotéis rurais dotados de telescópios e organização de passeios nocturnos para observação de raposas e javalis.

Haja Esperança numa Humanidade mais virada “para o alto”!

sábado, 7 de janeiro de 2012

O BEIJO DO SOL DE Pedro Osório

Já depois da morte de Pedro Osório, cujo trabalho e percurso de vida acompanhei e muito aprecio, chegou-me um mail com o Youtube que se segue. É uma interessante canção num arranjo muito original do maestro e que faz parte do seu último trabalho discográfico Canto da Babilónia.

No mail, em anexo, vinha esta carta/pedido do próprio Pedro Osório que, penso, vale a pena dar a conhecer, pela simplicidade e humildade do pedido. Que excelentes trabalhos nos deixou o seu talento. Obrigada!

“Caros amigos,

Acabei de me estrear a fazer e montar um video. É um video-clip sobre uma música de um disco meu que está para sair.

Coloquei-o no Youtube e, como sabem, só acima de um certo número de visionamentos é que ele aparece nos motores de busca.

Peço-vos então que visitem o endereço - http://www.youtube.com/watch?v=FyRUwKUigMo

Talvez não se aborreçam e, se tal acontecer, por favor passem aos vossos amigos.

Aqui fica desde já o meu agradecimento.”

Pedro Osório