A forma como actualmente se aprecia e divulga a gastronomia portuguesa e internacional é, por si só, uma boa notícia. E é também bom que haja mais gente jovem curiosa e entusiasmada com a confecção do que come.
Vem isto a propósito de uma notícia que encontrei há dias : “ a gastronomia amazónica é considerada pelos grandes chefes mundiais como aquela que vai marcar o século XXI “. Dizem também que, para o ser, falta-lhe “ciência” e projecção internacional.
Acontece que, em Portugal, se está a trabalhar para isso através do investigador brasileiro Álvaro Espírito Santo que faz na Universidade de Coimbra um doutoramento “com um estudo sobre viagens e sabores da Amazónia, focada nos territórios do turismo gastronómico em Belém do Pará”.
Na opinião do investigador, esta gastronomia tem “todo o potencial” para se expandir, nomeadamente graças aos ingredientes que são exclusivos da região e cuja diversidade ainda não é totalmente conhecida da gastronomia internacional. Mas,” os chefes de cozinha da região são mais instintivos do que científicos e não dominam a técnica da alta gastronomia ; Portugal poderia dar-lhes acesso ao conhecimento relacionado com a tecnologia envolvida” .
O investigador acredita que a divulgação da culinária da Amazónia poderia ser um motor de desenvolvimento da região sem pôr em causa a sua “integridade física” uma vez que o cultivo dos produtos necessários é feito por pequenos agricultores que não vão destruir a floresta.
Também será interessante explorar a grande quantidade de produtos da região com efeitos medicinais já usados na confecção de pratos mas ainda de forma não estruturada.
Belém do Pará, onde se centra a investigação de Álvaro Espírito Santo, foi fundada em 1616 por portugueses.” A colonização e a convivência provocou o intercâmbio de duas culturas distintas, às quais se juntou a africana”. Um exemplo disso é a maniçoba, um prato inspirado na sopa de pedra portuguesa.
Agrada-nos a ideia. Parece ser uma Boa Notícia enquanto não achamos outras mais imediatas e úteis para aveludar a crise em que estamos. E aconselhamos ouvir o investigador sobre o seu trabalho.
1 comentário:
Gostei muito de ouvir e ver o video, muito curioso. E é mesmo verdade, nunca como agora se ligou à gastronomia, munca tanta gente falou e trocou receitas, nunca se experimentaram tantos sabores e odores novos. Ainda bem...é uma arte antiga e merecedora de ser valorizada!!
BJS
ZIA
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