A nossa escola, uma escola oficial com grande prestígio nos anos 80 e 90, que considero “a minha escola” porque nela passei os meus últimos 18 anos de profissão pertence, por sorte ou talvez não, ao grupo de escolas que estão, neste momento, a sofrer uma extraordinária intervenção a nível de obras, de remodelação de espaços e de equipamentos.
Vai renascer em Setembro, se os prazos forem cumpridos e, como tem crescido a um ritmo alucinante é de crer que sim. Vai renascer como uma escola para o futuro, totalmente apetrechada para os desafios que se vão colocando ao ensino, nos diferentes domínios, do tecnológico ao desportivo, do científico ao artístico, do cultural ao social. Terá espaços mais amplos, um traçado moderno e funcional, mais espaços para os alunos e para todos quantos ali trabalham, pelo menos foi o que vislumbrei quando apreciei o projecto inicial das obras.
Tudo isto para chegar ao objecto que é o centro do meu post – esta cadeira, bem concebida, cómoda, de bom material, com excelente apoio para os pés e onde passei tantas horas da minha vida de professora, sobretudo durante o desenvolvimento de actividades ditas não lectivas.
Pois ontem, uma mão amiga, veio trazer à Lis uma destas cadeiras, (ela sempre mostrou gosto em ter uma) miraculosamente salva na voragem da destruição e substituição do equipamento escolar.
Foi com enorme alvoroço que subi ao andar da Lis para a admirar e tive oportunidade de me sentar e de, mais uma vez, comentar a qualidade, a excelente relação forma/função e o equilíbrio de tal objecto.
Depois, vieram as recordações – lembras-te, quando apoiava os alunos, todos sentados nestas cadeiras, à volta dos altos estiradores, e em que os mais novos iam medindo a sua altura pela capacidade, que já tinham ou ainda não tinham, de apoiar os pés no descanso? Quantos cartazes, quantas exposições temáticas, quantos trabalhos de Área – Escola, quantos TPC, quanta conferência de pautas, quantos exemplares do nosso Jornal saíram das mãos de miúdos e graúdos, sentados nestas cadeiras?
E depois, quantas Reuniões da equipa de trabalho a que pertencíamos se realizaram, bem empoleiradas nas ditas cadeiras? Quantas decisões foram tomadas, quantas Ordens de Trabalho cumpridas, quantas Listas de Tarefas planeadas, quantas Listas de Compras elaboradas, quanta papelada escrevinhada, quanta Acta redigida, quanto Plano de Actividades esboçado e concretizado, quantas gargalhadas, quanto sofrimento nos momentos de maior aperto, meu deus, quanto trabalho, quanta vida vivida a cem por cento… tudo, em cadeiras iguais a esta!
Por tudo isto passámos ontem, o resto da tarde, numa amena e saudável cavaqueira, bendizendo os belos momentos que nos fazem sempre bem recordar e que são, ainda hoje, a raiz e o alimento de um profundo respeito e da sólida amizade que nos une a todas quantas passámos por cadeiras iguais a estas.
Oxalá as novas e moderníssimas cadeiras venham a ter tanto para viver e contar!!
Vai renascer em Setembro, se os prazos forem cumpridos e, como tem crescido a um ritmo alucinante é de crer que sim. Vai renascer como uma escola para o futuro, totalmente apetrechada para os desafios que se vão colocando ao ensino, nos diferentes domínios, do tecnológico ao desportivo, do científico ao artístico, do cultural ao social. Terá espaços mais amplos, um traçado moderno e funcional, mais espaços para os alunos e para todos quantos ali trabalham, pelo menos foi o que vislumbrei quando apreciei o projecto inicial das obras.
Tudo isto para chegar ao objecto que é o centro do meu post – esta cadeira, bem concebida, cómoda, de bom material, com excelente apoio para os pés e onde passei tantas horas da minha vida de professora, sobretudo durante o desenvolvimento de actividades ditas não lectivas.
Pois ontem, uma mão amiga, veio trazer à Lis uma destas cadeiras, (ela sempre mostrou gosto em ter uma) miraculosamente salva na voragem da destruição e substituição do equipamento escolar.
Foi com enorme alvoroço que subi ao andar da Lis para a admirar e tive oportunidade de me sentar e de, mais uma vez, comentar a qualidade, a excelente relação forma/função e o equilíbrio de tal objecto.
Depois, vieram as recordações – lembras-te, quando apoiava os alunos, todos sentados nestas cadeiras, à volta dos altos estiradores, e em que os mais novos iam medindo a sua altura pela capacidade, que já tinham ou ainda não tinham, de apoiar os pés no descanso? Quantos cartazes, quantas exposições temáticas, quantos trabalhos de Área – Escola, quantos TPC, quanta conferência de pautas, quantos exemplares do nosso Jornal saíram das mãos de miúdos e graúdos, sentados nestas cadeiras?
E depois, quantas Reuniões da equipa de trabalho a que pertencíamos se realizaram, bem empoleiradas nas ditas cadeiras? Quantas decisões foram tomadas, quantas Ordens de Trabalho cumpridas, quantas Listas de Tarefas planeadas, quantas Listas de Compras elaboradas, quanta papelada escrevinhada, quanta Acta redigida, quanto Plano de Actividades esboçado e concretizado, quantas gargalhadas, quanto sofrimento nos momentos de maior aperto, meu deus, quanto trabalho, quanta vida vivida a cem por cento… tudo, em cadeiras iguais a esta!
Por tudo isto passámos ontem, o resto da tarde, numa amena e saudável cavaqueira, bendizendo os belos momentos que nos fazem sempre bem recordar e que são, ainda hoje, a raiz e o alimento de um profundo respeito e da sólida amizade que nos une a todas quantas passámos por cadeiras iguais a estas.
Oxalá as novas e moderníssimas cadeiras venham a ter tanto para viver e contar!!
4 comentários:
Estás certa!São testemunhas mudas de alegrias e tristezas de anos e anos de uma Vida.
Faz bem e é justo lembrar.
Beijo.
isa.
*
Que o novo visual
da tua Escola,
seja o prolongamento
das tuas memórias e que
o balanço final, positivo seja.
,
Senti este Blog,
Amam a vossa Profissão,
o que é uma raridade neste País . . .
,
Marés de Paz, envio,
,
*
:)
(e feliz Páscoa).
Parte das tuas memórias também são minhas. Salvou-se a cadeira ...Ficaram memórias, amizades, cumplicidades. Foi bom!
Obrigada pelo texto.
Bjinho
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