Li há tempo uma pequena notícia sobre esta invenção dos anos 30 do séc.XX
e lembrei-me que foi com esse gadget do século passado que tive a minha primeira experiência em 3D !!
Tinha 4 ou 5 anos quando me ofereceram um “view-master”, coisa vinda dos Estados Unidos, acompanhado de um conjunto de discos com pequenos slides. Os discos, uma vez introduzidos no aparelho, orientavam-se para a luz , rodavam no sentido dos ponteiros do relógio e transportavam-me para “filmes” que via dezenas de vezes, sabendo o que vinha antes e depois …
Os meus “discos” são de três colecções diferentes : divulgação de cidades ou lugares considerados interessantes da América do Norte ( EUA, Canadá e México), histórias infantis e histórias da Bíblia. Foi com eles que fiz as minhas primeiras viagens virtuais por Nova York, Chicago, Miami, Califórnia, Hawai, cataratas do Niagara, Grandes Lagos, … E foi com eles que vi vezes sem conta as “Histórias dos 3 porquinhos”, o “Capuchinho Vermelho”, “ A Bela Adormecida”, “Hansel and Gretel”, “ A Casinha de Chocolate”, a “Gata Borralheira” … E também, embora menos vezes, as histórias do “Filho Pródigo”, do “Bom Samaritano”, da “Anunciação do anjo Gabriel”, de “Herodes e S.João Baptista” … Um amigo, contemplado na mesma altura com presente idêntico, tinha uma colecção de “ vida de animais selvagens” e “ raças humanas”. Era um sonho, uma evasão!
Poucas coisas da minha infância foram guardadas até hoje, muito poucas – ou porque foram guardadas sem cuidado e se estragaram ( os “Cavaleiros Andantes”, por ex.), ou porque não cabiam nas malas (!!), ou porque foram dadas, ou … O view- master andou sempre comigo com mais 3 ou 4 livros de histórias e um boneco sem olhos.
Hoje olhei para a estante onde permanecem “à vista”, lembrei-me do artigo que tinha lido e apeteceu-me homenagear essa invenção da primeira metade do século passado.
e lembrei-me que foi com esse gadget do século passado que tive a minha primeira experiência em 3D !!
Tinha 4 ou 5 anos quando me ofereceram um “view-master”, coisa vinda dos Estados Unidos, acompanhado de um conjunto de discos com pequenos slides. Os discos, uma vez introduzidos no aparelho, orientavam-se para a luz , rodavam no sentido dos ponteiros do relógio e transportavam-me para “filmes” que via dezenas de vezes, sabendo o que vinha antes e depois …
Os meus “discos” são de três colecções diferentes : divulgação de cidades ou lugares considerados interessantes da América do Norte ( EUA, Canadá e México), histórias infantis e histórias da Bíblia. Foi com eles que fiz as minhas primeiras viagens virtuais por Nova York, Chicago, Miami, Califórnia, Hawai, cataratas do Niagara, Grandes Lagos, … E foi com eles que vi vezes sem conta as “Histórias dos 3 porquinhos”, o “Capuchinho Vermelho”, “ A Bela Adormecida”, “Hansel and Gretel”, “ A Casinha de Chocolate”, a “Gata Borralheira” … E também, embora menos vezes, as histórias do “Filho Pródigo”, do “Bom Samaritano”, da “Anunciação do anjo Gabriel”, de “Herodes e S.João Baptista” … Um amigo, contemplado na mesma altura com presente idêntico, tinha uma colecção de “ vida de animais selvagens” e “ raças humanas”. Era um sonho, uma evasão!
Poucas coisas da minha infância foram guardadas até hoje, muito poucas – ou porque foram guardadas sem cuidado e se estragaram ( os “Cavaleiros Andantes”, por ex.), ou porque não cabiam nas malas (!!), ou porque foram dadas, ou … O view- master andou sempre comigo com mais 3 ou 4 livros de histórias e um boneco sem olhos.
Hoje olhei para a estante onde permanecem “à vista”, lembrei-me do artigo que tinha lido e apeteceu-me homenagear essa invenção da primeira metade do século passado.
“O View-Master foi uma das atracções da Feira Internacional de Nova Iorque, em 1939, a par da Magna Carta e do ar condicionado.
Patenteada no ano seguinte, a invenção partiu do engenho de dois norte-americanos, Gruber e Graves, apostados em recuperar o princípio dos visores estereoscópicos do século XIX: duas imagens bidimensionais que, sobrepostas, dão a ilusão de profundidade. O uso do filme Kodachrome, outra invenção recente do tempo, completou a magia. Com as suas cores saturadas e formato 16 milímetros, a realidade nunca foi tão luminosa como através do View-Master.” … “ saber que o View-Master surgiu para mostrar o Grand Canyon ou as Grutas de Carslbad é uma relativa decepção. Além de gadget turístico, também foi usado para fins militares, uma ideia aviltante, mesmo sabendo que estávamos na época em que até o mais inocente objecto era olhado como potencial contribuinte para o esforço de guerra. Mas pouco importa.
O View-Master continua a ser o cinema portátil a que tivemos direito, o único
onde nunca pagámos bilhete.” - lia-se no tal artigo que li, publicado na revista do DN de 12 de Junho.
Patenteada no ano seguinte, a invenção partiu do engenho de dois norte-americanos, Gruber e Graves, apostados em recuperar o princípio dos visores estereoscópicos do século XIX: duas imagens bidimensionais que, sobrepostas, dão a ilusão de profundidade. O uso do filme Kodachrome, outra invenção recente do tempo, completou a magia. Com as suas cores saturadas e formato 16 milímetros, a realidade nunca foi tão luminosa como através do View-Master.” … “ saber que o View-Master surgiu para mostrar o Grand Canyon ou as Grutas de Carslbad é uma relativa decepção. Além de gadget turístico, também foi usado para fins militares, uma ideia aviltante, mesmo sabendo que estávamos na época em que até o mais inocente objecto era olhado como potencial contribuinte para o esforço de guerra. Mas pouco importa.
O View-Master continua a ser o cinema portátil a que tivemos direito, o único
onde nunca pagámos bilhete.” - lia-se no tal artigo que li, publicado na revista do DN de 12 de Junho.
4 comentários:
Há objectos que nos acompanham toda a vida e que têm um significado tão profundo que só o próprio pode sentir e compreender. Ainda bem que salvaste essa preciosidade! A que distãncia deste Mundo moderno de hoje!
Que boa recordação. Só gostava que os miúdos conseguissem apreciar estes utensílios e passatempos. Pelo menos que parassem um bocadinho para ver como nós, os adultos, alguns pelo menos, nos divertíamos e bem a ver e rever à exaustão estes filminhos, um must para a época. Relembro a Branca de Neve, com a bruxa má num slide com uma maçã muito vermelha e um ar de malvada; os Três Porquinhos e o lobo mau e tantos, tantos outros.Foi mesmo bom relembrar tudo isto.
BJS
ZIA
Obrigada por esta lembrança. Aos olhos de hoje, um "instrumento rudimentar", mas essencial para conhecer outros espaços, outras realidades...
Quando a minha professora de Geografia utilizava o "view master" nas aulas era uma excitação!
Hoje, que as escolas dispõem de tantos recursos, seria bom que os alunos aproveitassem para saber mais e melhor...
Os meus filhos tiveram uma "coisa" destas!
Deve estar no sótão no meio de todos os brinquedos que lá dormem à espera de mãos pequeninas que os acordem... :-))
Abraço
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