Quando hoje abri o computador na página da Sapo, fui surpreendida por mais uma notícia triste – o falecimento do escritor João Aguiar. Não o sabia doente mas, tinha dado pela falta dele, este ano, nas actividades da Feira do Livro de Lisboa. Era lá que habitualmente o via, conversando com os leitores ou autografando livros seus. Lembro-me de, uma vez, com um grupo de alunos, termos ido à feira, por ocasião do lançamento recente de mais um número da colecção do Bando dos Quatro. Assim que o reconheceram, ele que era o Tio João da série televisiva baseada nesta obra, quiseram conversar com ele sobre esses livros de que os miúdos tanto gostavam.
Entretanto, na mesma página da Net, num dos habituais inquéritos sobre temas vários, perguntava-se: conhece a obra de João Aguiar? E chocou-me muito constatar que só 12% das respostas eram no sentido positivo, contra 88% de respostas negativas. Como é possível?
E não pude deixar de rascunhar estas linhas, lembrando um pouco do muito que João Aguiar fez pela nossa cultura, pelos nossos jovens, pelas nossas letras.
Pois bem, João Aguiar nasceu em Lisboa em 1943. Na sua infância passou por Moçambique, licenciou-se em jornalismo, trabalhou na rádio, na imprensa ena televisão. Foi coordenador do programa Rua Sésamo, na RTP. Iniciou a carreira literária com quarenta anos e o seu primeiro romance foi A Voz dos Deuses -Memórias de um companheiro de armas de Viriato, em 1985, um dos livros mais lidos entre nós e traduzido em diversas línguas. Como já atrás referi, é o autor da colecção infantil O bando dos Quatro e, mais recentemente, publicou Uma Deusa na Bruma, 2003 e O Sétimo Herói, 2004. Foi prémio Eça de Queiroz em 1995. Colaborou em várias séries para a televisão, escrevendo guiões e diálogos.
O último livro foi publicado em 2008, com o título "O Priorado do Cifrão”, livro bastante polémico segundo uns, muito acutilante segundo outros. Ainda não o li mas vou apressar-me a fazê-lo, assim que tenha um tempinho livre. Estava agora a preparar um livro sobre a revolta popular de 1383, que colocou no poder o Mestre de Avis, obra que não chegou a ser concluída.
Seria bom que os mais novos o não esquecessem e que o dessem a conhecer aos mais velhos, fazendo jus às boas práticas do Plano Nacional de Leitura que recomenda a leitura das obras de João Aguiar.
Entretanto, na mesma página da Net, num dos habituais inquéritos sobre temas vários, perguntava-se: conhece a obra de João Aguiar? E chocou-me muito constatar que só 12% das respostas eram no sentido positivo, contra 88% de respostas negativas. Como é possível?
E não pude deixar de rascunhar estas linhas, lembrando um pouco do muito que João Aguiar fez pela nossa cultura, pelos nossos jovens, pelas nossas letras.
Pois bem, João Aguiar nasceu em Lisboa em 1943. Na sua infância passou por Moçambique, licenciou-se em jornalismo, trabalhou na rádio, na imprensa ena televisão. Foi coordenador do programa Rua Sésamo, na RTP. Iniciou a carreira literária com quarenta anos e o seu primeiro romance foi A Voz dos Deuses -Memórias de um companheiro de armas de Viriato, em 1985, um dos livros mais lidos entre nós e traduzido em diversas línguas. Como já atrás referi, é o autor da colecção infantil O bando dos Quatro e, mais recentemente, publicou Uma Deusa na Bruma, 2003 e O Sétimo Herói, 2004. Foi prémio Eça de Queiroz em 1995. Colaborou em várias séries para a televisão, escrevendo guiões e diálogos.
O último livro foi publicado em 2008, com o título "O Priorado do Cifrão”, livro bastante polémico segundo uns, muito acutilante segundo outros. Ainda não o li mas vou apressar-me a fazê-lo, assim que tenha um tempinho livre. Estava agora a preparar um livro sobre a revolta popular de 1383, que colocou no poder o Mestre de Avis, obra que não chegou a ser concluída.
Seria bom que os mais novos o não esquecessem e que o dessem a conhecer aos mais velhos, fazendo jus às boas práticas do Plano Nacional de Leitura que recomenda a leitura das obras de João Aguiar.
3 comentários:
Ainda me faltou acabar o meu pensamento... Faltou dizer que estranho e muito que um país onde se sabem de cor e se idolatram cantores e bandas musicais, um país em que, numa euforia infantil, se coleccionam cromos de jogadores de equipas nacionais e internacionais não haja tempo, vontade política e cultural para se ler, conhecer e apoiar os nossos autores... que o país está doente, lá isso está mas eu ainda acredito... eu acredito sempre que amanhã será melhor!
abraços
ZIA
Eu tive a honra e o prazer de ser sua amiga e de o ter acompanhado na sua doença.
Não fui por isso à feira do Livros este ano. E se eu gosto de ler.
saudades amigo
até
M. João Covas
Gosto tanto de ler e não li nada sobre João Aguiar - comhecia só através do Bando dos Quatro. Mas agora vou ler. li críticas sobre o último e fiquei com vontade de o comprar, mas passou.
Obrigada pelo testemunho e também pelo comentário.
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