Neste início de “férias”, termo absurdo quando se entende férias como o período de descanso anual merecido por desempenho de trabalho produtivo e quando se aplica a quem “está de férias” todo o ano, parece que o tempo sobra porque falta o Sol que devia ser de Verão e mais o calor que se espera em Agosto. Estou na “costa oeste”, onde os nevoeiros matinais se têm estendido pelo dia todo, onde, sem praia nem “banhos de sol”, se inventam coisas para fazer e se olha para o que “está ali” há imenso tempo sem reparo.
Foi o que aconteceu há pouco quando olhei para um “maço de cigarros” que em tempos se vendeu em balcões de livrarias : “ Diz sim à dependência poética”. Os cigarros são rolinhos de poemas. Fui tirando ao acaso. O primeiro era um belo poema de Miguel Torga a Guevara. Outros são de Ary dos Santos cantados e bem conhecidos, outros de Manuel Alegre, Agostinho Neto e de outros menos conhecidos mas de pendor revolucionário.
Fiquei com o de António Gedeão, tão bem cantado que foi :
“Não há machado que corte”
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte
Se ao morrer o coração
Morresse a luz que me é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão
Nada apaga a luz que vive
Num amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre.
E acabei a fumar um verdadeiro, ao friozinho da noite, com Vénus “sozinha” no céu um pouco acima do horizonte e umas crianças “irritantes” que montaram tenda num relvado próximo e, sem frio aparente, falam, cantam e dançam …
Foi o que aconteceu há pouco quando olhei para um “maço de cigarros” que em tempos se vendeu em balcões de livrarias : “ Diz sim à dependência poética”. Os cigarros são rolinhos de poemas. Fui tirando ao acaso. O primeiro era um belo poema de Miguel Torga a Guevara. Outros são de Ary dos Santos cantados e bem conhecidos, outros de Manuel Alegre, Agostinho Neto e de outros menos conhecidos mas de pendor revolucionário.
Fiquei com o de António Gedeão, tão bem cantado que foi :
“Não há machado que corte”
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte
Se ao morrer o coração
Morresse a luz que me é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão
Nada apaga a luz que vive
Num amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre.
E acabei a fumar um verdadeiro, ao friozinho da noite, com Vénus “sozinha” no céu um pouco acima do horizonte e umas crianças “irritantes” que montaram tenda num relvado próximo e, sem frio aparente, falam, cantam e dançam …
1 comentário:
Sempre que se trate de poesia eu... digo sim e sou totalmente dependente! Muito bem escolhido!
Graças às maravilhas da tecnologia agora temos a Ericeira em linha, que bom!!
Abraços
ZIA
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