Ricos e muito ricos já não são notícia. Agora os que estão aí prontos para enriquecer com qualquer crise são os “ultra-ricos” que também são quase sempre “excêntricos”. Este é um dos temas a que se dedica o “Courrier Internacional” de Outubro.
Para além dos que já existiam no mundo ocidental e que alguns “rankings” divulgam, há sobretudo os que vêm dos chamados países emergentes e que são, em geral, ainda mais ricos do que os primeiros. São da Rússia, China, Checoslováquia, Eslovénia, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul, Índia, Singapura, Indonésia e Brasil. Certo é que o número dos multimilionários aumentou 20%!
A actual crise dos mercados financeiros não os atinge porque têm capacidade para alterar rapidamente os seus investimentos e têm capacidade financeira para comprar quando os outros têm, desesperadamente, de vender. E há o mercado lucrativo das armas e a especulação com os preços do petróleo.
Compram obras de Arte nos mais famosos leilões, licitando acima do que é esperado pelos frequentadores tradicionais, compram vivendas de luxo e castelos, jactos e iates, carros e jóias …
À excepção dos chineses na China … Mesmo depois de Deng Xiaoping (1) ter dito que “ enriquecer é glorioso”, os muito ricos parecem não ser bem vistos pelos seus compatriotas e alguns mudam de nacionalidade ou vão para Hong-Kong e Macau. Há mesmo um ultra-milionário chinês que construiu em Hong- Kong uma mansão com uma casa de banho toda em ouro maciço, aberta a visitas. Consta que tem por dia cerca de 3000 visitantes, com entrada paga! Acumular riqueza “é glorioso” e os pacóvios merecem.
Para além dos que já existiam no mundo ocidental e que alguns “rankings” divulgam, há sobretudo os que vêm dos chamados países emergentes e que são, em geral, ainda mais ricos do que os primeiros. São da Rússia, China, Checoslováquia, Eslovénia, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul, Índia, Singapura, Indonésia e Brasil. Certo é que o número dos multimilionários aumentou 20%!
A actual crise dos mercados financeiros não os atinge porque têm capacidade para alterar rapidamente os seus investimentos e têm capacidade financeira para comprar quando os outros têm, desesperadamente, de vender. E há o mercado lucrativo das armas e a especulação com os preços do petróleo.
Compram obras de Arte nos mais famosos leilões, licitando acima do que é esperado pelos frequentadores tradicionais, compram vivendas de luxo e castelos, jactos e iates, carros e jóias …
À excepção dos chineses na China … Mesmo depois de Deng Xiaoping (1) ter dito que “ enriquecer é glorioso”, os muito ricos parecem não ser bem vistos pelos seus compatriotas e alguns mudam de nacionalidade ou vão para Hong-Kong e Macau. Há mesmo um ultra-milionário chinês que construiu em Hong- Kong uma mansão com uma casa de banho toda em ouro maciço, aberta a visitas. Consta que tem por dia cerca de 3000 visitantes, com entrada paga! Acumular riqueza “é glorioso” e os pacóvios merecem.
É por força destes novos grandes consumidores que as marcas de luxo mundiais têm registado lucros acima do esperado, enquanto o comércio a que acede a classe média, os “quase-ricos” e até alguns que ainda são ricos, está em franco declínio. Só uns exemplos: a “Bottega Veneta” que vende sandálias a 18 400 dólares, aumentou 31,5% as suas vendas e a “Prada” teve uma subida de 66% nos lucros … A suite real do mais famoso hotel do Dubai custa 4 700 € por noite e tem lista de espera. O mesmo se passa com a do Grand Hills & Spa , a 15 km de Beirute que custa 22 a 23 mil euros por noite – uma suite que inclui piscinas e jardins. E a miséria mesmo ali ao lado …
Também é verdade que muitos destes muito ricos e excêntricos apaziguam a consciência e alimentam os média com acções filantrópicas, algumas de grande mérito, outras discutíveis.
Há muitos anos vi dois filmes que foram polémicos, chocaram os mais distraídos e alertaram todos para culturas e hábitos diferentes, práticas extravagantes, desigualdades sociais e injustiças, numa época em que não havia muita informação escrita sobre o que se passava no Mundo e muito menos divulgação através dos média: “Mundo Cão l “ e “Mundo Cão ll “.
Agora, basta estarmos de olhos e ouvidos atentos, ver telejornais, programas de TV, ler uma ou outra revista e o “ Mundo Cão” está aí …
Claro que se devia escolher outro título para exprimir o conceito porque os cães não merecem a conotação.
Também é verdade que muitos destes muito ricos e excêntricos apaziguam a consciência e alimentam os média com acções filantrópicas, algumas de grande mérito, outras discutíveis.
Há muitos anos vi dois filmes que foram polémicos, chocaram os mais distraídos e alertaram todos para culturas e hábitos diferentes, práticas extravagantes, desigualdades sociais e injustiças, numa época em que não havia muita informação escrita sobre o que se passava no Mundo e muito menos divulgação através dos média: “Mundo Cão l “ e “Mundo Cão ll “.
Agora, basta estarmos de olhos e ouvidos atentos, ver telejornais, programas de TV, ler uma ou outra revista e o “ Mundo Cão” está aí …
Claro que se devia escolher outro título para exprimir o conceito porque os cães não merecem a conotação.
(1) Deng Xiaoping foi responsável como vice-primeiro-ministro e líder político do PC pela implementação de uma economia socialista de mercado e também pela repressão na Praça Tian’anmen .
1 comentário:
Aí está uma publicação importantíssima que nos leva a parar por momentos para pensar. ÀS vezes é um pouco difícil ter opinião sobre certas coisas, uma opinião que não choque, quando por exemplo, ao lado de um grande monumento do passado, um grandioso túmulo particular,uma das sete maravilhas do mundo que engrandece o património mundial, que estabelece o pasmo e eleva a nossa postura cultural,se vê circular uma criança descalça ,faminta e triste,passando a mãozita frágil pelos muros de mármore, olhando esbugalhada para os turistas que registam suas vaidades viageiras para mais tarde exibir aoa amigos etec, etc, etc...Isto vi eu com os meus olhos e não posso deixar de dizê-lo aqui como aposto do teu texto. Que me perdoe a História,ou seja lá quem fõr.
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