Durante uma nova fase de arrumações e “limpezas”, folheei alguns volumes do “Almanaque Bertrand” que se publicou anualmente, entre 1899 e 1969. Continham calendários com todos os dados inerentes (luas, marés, eclipses, santos para cada dia do ano), poemas, anedotas, caricaturas, adivinhas, problemas de matemática (que vi mais tarde retomados em agendas de matemática modernas), artigos sobre Geografia, História, regionalismos. O meu avô e o meu pai tinham o hábito de os comprar mas muitos desapareceram, fechados sem cuidado, durante anos, numa arrecadação húmida (aí se desfez também a minha colecção do “Cavaleiro Andante” e outra banda desenhada da época). Alguns recuperei, não em muito bom estado, mas possíveis de consultar. O mais antigo é de 1905 mas comecei por abrir o de 1945, sabe-se lá porquê …
Muito a propósito encontrei uma nota sobre a origem da palavra “BANCARRÔTA”. Aí vai:
“ A bancarrota é coisa, por infelicidade, tão frequente, que ninguém ignora a sua significação. A palavra parece ter vindo de Itália, recordando um uso outrora estabelecido naquele país.
Cada negociante possuía o seu banco na praça da bolsa. Quando não satisfazia os seus compromissos ou deixava periclitar o seu negócio e se declarava “falido”, o seu banco era imediatamente quebrado: “banco rotto”, banca rotta”. Naquela época, a falência era de a tal ponto deshonrosa que dava lugar a curiosas cerimónias e, em Pádua, ainda se pode ver a “pedra do descrédito”, sobre a qual o negociante culpado se sentava, meio vestido, enquanto repetia por três vezes: “ Cedo os meus bens”.
Antes da globalização era assim … agora os responsáveis nunca ficam com o “banco rotto”, são os trabalhadores que “cedem os seus bens”.
Mais adiante, encontrei um “REMÉDIO PARA AS INSÓNIAS”:
“Não há melhor maneira de vencer a insónia do que obrigar o cérebro a fixar um assunto muito diverso daqueles que porventura o estejam preocupando. Para isso, pode escolher-se o jogo do alfabeto, que é, neste caso, um excelente soporífero, e consiste no seguinte: encontrar, pela sua devida ordem, nomes de cidades que comecem por uma letra do alfabeto. (seguem-se exemplos)
Fixa-se o primeiro nome que vier à ideia e desiste-se de qualquer letra que dê trabalho a descobrir, para evitar todo o esforço cerebral. É conveniente distrair o cérebro, fatigá-lo um pouco mas não o excitar demais.
O que se diz para as cidades pode aplicar-se a outro qualquer assunto, como flores, nomes de escritores ou de artistas, de óperas, etc. Mas, em geral, muito antes de chegar à última letra, já se tem adormecido profundamente.”
Esta recomendação aparece hoje com outras roupagens mas com a mesma ideia central: desligar do que preocupa, ocupar o cérebro com algo que o distraia. Não custa nada experimentar.
Muito a propósito encontrei uma nota sobre a origem da palavra “BANCARRÔTA”. Aí vai:
“ A bancarrota é coisa, por infelicidade, tão frequente, que ninguém ignora a sua significação. A palavra parece ter vindo de Itália, recordando um uso outrora estabelecido naquele país.
Cada negociante possuía o seu banco na praça da bolsa. Quando não satisfazia os seus compromissos ou deixava periclitar o seu negócio e se declarava “falido”, o seu banco era imediatamente quebrado: “banco rotto”, banca rotta”. Naquela época, a falência era de a tal ponto deshonrosa que dava lugar a curiosas cerimónias e, em Pádua, ainda se pode ver a “pedra do descrédito”, sobre a qual o negociante culpado se sentava, meio vestido, enquanto repetia por três vezes: “ Cedo os meus bens”.
Antes da globalização era assim … agora os responsáveis nunca ficam com o “banco rotto”, são os trabalhadores que “cedem os seus bens”.
Mais adiante, encontrei um “REMÉDIO PARA AS INSÓNIAS”:
“Não há melhor maneira de vencer a insónia do que obrigar o cérebro a fixar um assunto muito diverso daqueles que porventura o estejam preocupando. Para isso, pode escolher-se o jogo do alfabeto, que é, neste caso, um excelente soporífero, e consiste no seguinte: encontrar, pela sua devida ordem, nomes de cidades que comecem por uma letra do alfabeto. (seguem-se exemplos)
Fixa-se o primeiro nome que vier à ideia e desiste-se de qualquer letra que dê trabalho a descobrir, para evitar todo o esforço cerebral. É conveniente distrair o cérebro, fatigá-lo um pouco mas não o excitar demais.
O que se diz para as cidades pode aplicar-se a outro qualquer assunto, como flores, nomes de escritores ou de artistas, de óperas, etc. Mas, em geral, muito antes de chegar à última letra, já se tem adormecido profundamente.”
Esta recomendação aparece hoje com outras roupagens mas com a mesma ideia central: desligar do que preocupa, ocupar o cérebro com algo que o distraia. Não custa nada experimentar.
Sem comentários:
Enviar um comentário