quinta-feira, 25 de junho de 2009

Curiosidades de Lisboa

No mês em que as festas da cidade estão na ordem do dia, várias revistas, jornais, estações de rádio e televisão têm trazido a lume uma série de artigos e notícias sobre Lisboa. Das muitas que lemos decidimos divulgar, aqui no nosso blog, algumas das “88 Coisas que você não sabe sobre Lisboa” ou já esqueceu, e que a revista TimeOut divulgou no início de Março. Aí vão algumas:
- A Casa dos Bicos, edifício que Brás de Albuquerque, filho do vice-rei da Índia, Afonso de Albuquerque, mandou construir em 1523, após uma viagem a Itália, teve como modelo o Palácio dos Diamantes, em Ferrara. Os lisboetas daquele tempo, pouco dados a ideias megalómanas, não viam diamantes em lado algum; apenas viam bicos de pedra. O costume faz muitas vezes lei e esse é o nome, que a princípio era bastante depreciativo, e que se conservou até aos nossos dias. Hoje é a casa museu do nosso nobel Saramago.

- O Arco que veio preencher um pouco o descampado da Praça de Espanha é o Arco de São Bento que fazia parte da Galeria da Esperança do Aqueduto das Águas Livres, desmontado em 1938, quando se remodelou o espaço em frente ao palácio de São Bento. A sua reconstrução teve de esperar sessenta anos. Entretanto, esteve desmontado nos jardins do Palácio da Ajuda e, depois, na Praça de Espanha, na qual acabaria por vir a ser reconstruído, em 1998.

- A expressão “andar a nove”, andar muito depressa e atarefado, vem dos eléctricos antigos que tinham, um manípulo que o guarda-freio rodava para um lado ou para outro, consoante queria aumentar ou diminuir a velocidade. O velocímetro tinha nove pontos, ou seja, quando atingia o máximo da velocidade, o elevador ia a nove.
A expressão pegou e estendeu-se a outros veículos e também às pessoas.
- Outra expressão muito popular, “vai tudo para o maneta” tem origem na época das Invasões Francesas. Nessa altura, a mando de Napoleão Bonaparte, um senhor general Loison que, para além de maneta, era muito mau. Esse chefe da polícia política francesa em Lisboa, espalhava o terror entre as populações lisboetas e arredores, roubando ouro e prata das igrejas, pilhando os conventos e as casas. O receio popular pelas acções do vilão francês juntou-se ao bom humor típico dos portugueses e assim nasceu a expressão – Vai tudo para o maneta. O povo é mesmo um mestre!
- Desengane-se quem pensava que o Largo do Rato era assim designado porque na zona existiriam muitos ratos e ratazanas. Rato era a alcunha de Luís Gomes de Sá e Menezes, que no séc. XVII era patrono do convento das Trinitárias de Campolide, Convento das Trinas do Rato e cuja alcunha deu o nome ao convento, ao sítio e, por fim, ao largo.

- Sabe onde poderá beber o café mais barato, na nossa capital? Pois bem, a bica mais barata de Lisboa custa exactamente 25 cêntimos e pode bebê-la no bar da Assembleia da República? Quem diria?

1 comentário:

poetaeusou . . . disse...

*
belas fotos,
melhor prosa,
parabéns. Muitos !
,
sabe a Goa
a Casa dos Bico
picos
de negociatas
das especiarias de alguns
que a plebe nunca viu
e saramagou em tons espanhóis,
e á espanha foi parar
o arco de S. Bento
coincidência ? actualidade ?
e a Ajuda nada ajudou,
e se o amarela da carris
a Santa Helena foi parar,
quem diria,
que a rataria
no trinada do rato,
o rato fosse um convento,
e que os ratos e ratazanas
de S. Bento sem o arco
na republica de S. Bento
bem escondidos da ralé
podem embandeirar em arco
a cinco coroas o café,
,
conchinhas de amizade, deixo,
,
*