Foi a “ver navios” que ficou Junot quando viu ao longe o conjunto dos 16 navios que transportavam a Família Real portuguesa e acompanhantes para o Brasil ( e a frota inglesa que os protegia). Terá sido há 202 anos, no dia 29 de Novembro, dois dias depois de esperarem a bordo por bons ventos e boa maré. Zarparam mesmo à justa os portugueses, “ficaram a ver navios” os franceses!
O embarque, no dia 27 de Novembro, foi feito no meio da maior confusão e desorganização – navios em mau estado, bagagens a monte e á mercê de qualquer um, subornos para transporte, negligência, oportunismo … Perderam-se tesouros valiosos e irrecuperáveis, sobretudo parte da Biblioteca Real da Ajuda que ficou no cais para que um nobre pudesse embarcar todos os seus caixotes ( seguiu para o Brasil 3 anos depois).
A fuga já estaria acordada desde meados de Outubro e os franceses terão sido enganados por boatos que circularam sobre uma suposta proibição de entrada de navios ingleses no Tejo - sem escolta nunca a Corte chegaria ao Brasil. A escolta custou pesadas contrapartidas …
A propósito da ida da Corte portuguesa para o Brasil e da sua vida por lá, é muito interessante o livro de Laurentino Gomes, “ 1808” .
Anotei, quando o li, um dito carioca muito oportuno sobre a aplicação da justiça na época:
“ Quem furta pouco é ladrão
Quem furta muito é barão
Quem mais furta e esconde
Passa de barão a visconde “ !!!
E 200 e tal anos depois?!
O embarque, no dia 27 de Novembro, foi feito no meio da maior confusão e desorganização – navios em mau estado, bagagens a monte e á mercê de qualquer um, subornos para transporte, negligência, oportunismo … Perderam-se tesouros valiosos e irrecuperáveis, sobretudo parte da Biblioteca Real da Ajuda que ficou no cais para que um nobre pudesse embarcar todos os seus caixotes ( seguiu para o Brasil 3 anos depois).
A fuga já estaria acordada desde meados de Outubro e os franceses terão sido enganados por boatos que circularam sobre uma suposta proibição de entrada de navios ingleses no Tejo - sem escolta nunca a Corte chegaria ao Brasil. A escolta custou pesadas contrapartidas …
A propósito da ida da Corte portuguesa para o Brasil e da sua vida por lá, é muito interessante o livro de Laurentino Gomes, “ 1808” .
Anotei, quando o li, um dito carioca muito oportuno sobre a aplicação da justiça na época:
“ Quem furta pouco é ladrão
Quem furta muito é barão
Quem mais furta e esconde
Passa de barão a visconde “ !!!
E 200 e tal anos depois?!
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