No livro “ amor em minúsculas” o autor recorda um conto sufi do mullá Nasrudin que viveu na Anatólia no século XIV, escreveu histórias divertidas e sábias onde ele mesmo era personagem. Foram histórias que integraram a chamada Tradição Sufi ou Sufismo, uma seita mais de sabedoria da vida do que religiosa onde o humor é uma nota importante.
“Nasrudin chega a uma pequena vila onde toda a gente o confunde com um grande sábio. Para não decepcionar a multidão que se tinha reunido na praça, abre as mãos e diz-lhes :
- Suponho que estais aqui porque já sabeis o que tenho para vos dizer
E as pessoas respondem:
- Não! O que tens para nos dizer? Não sabemos. Diz-nos
E Nasrudin respondeu :
Se viestes até aqui sem saber o que tenho para vos dizer, é porque não estais preparados para ouvir.
Dito isto, levanta-se e vai-se embora. O auditório fica assombrado com aquela saída. Estão quase a tomá-lo por louco quando alguém exclama :
- Que inteligente! Tem toda a razão! Como é que nos atrevemos a vir até aqui sem saber o que vimos ouvir? Que estúpidos! Perdemos uma oportunidade maravilhosa.
Que iluminação, que sabedoria! Vamos pedir a esse homem que dê uma segunda palestra.
Uns quantos habitantes partem à sua procura e rogam-lhe que regresse, alegando que o seu conhecimento é demasiado vasto para uma só conferência. Depois de muito insistirem, Nasrudin regressa à vila. Na praça, concentra-se o dobro do número de pessoas que tinham estado na primeira palestra. Volta a dizer-lhes :
- Suponho que sabeis o que vim dizer-vos.
Com a lição aprendida, um porta-voz do público responde:
- É claro que sabemos. Por isso é que viemos.
Ao ouvir isto, Nasrudin baixa a cabeça e diz:
- Bom, se já sabeis ao que vim, não vejo necessidade de o repetir
De seguida, abandona a praça e vai-se embora. O público fica estupefacto e um fanático começa a gritar :
- Brilhante! Maravilhoso! Queremos ouvir mais! Queremos que este homem nos dê mais sabedoria!
Uma delegação de notáveis vai a correr buscá-lo e pede-lhe de joelhos que dê uma terceira e última palestra. Nasrudin não quer, mas acaba por ceder. Quando chega à praça , é recebido pelo clamor da multidão. Dirige-se a ela novamente com a mesma declaração :
- Suponho que já sabeis o que vos vim dizer
Desta vez, as pessoas já tinham combinado tudo e o governador falou em nome de todos, dizendo:
- Uns sim e outros não
Fez-se um longo silêncio no auditório e todos os olhares se concentraram em Nasrudin, que conclui :
- Nesse caso, os que sabem que contem aos que não sabem”
E dito isto, vai-se embora “
Seria interessante discorrer sobre este conto …
“Nasrudin chega a uma pequena vila onde toda a gente o confunde com um grande sábio. Para não decepcionar a multidão que se tinha reunido na praça, abre as mãos e diz-lhes :
- Suponho que estais aqui porque já sabeis o que tenho para vos dizer
E as pessoas respondem:
- Não! O que tens para nos dizer? Não sabemos. Diz-nos
E Nasrudin respondeu :
Se viestes até aqui sem saber o que tenho para vos dizer, é porque não estais preparados para ouvir.
Dito isto, levanta-se e vai-se embora. O auditório fica assombrado com aquela saída. Estão quase a tomá-lo por louco quando alguém exclama :
- Que inteligente! Tem toda a razão! Como é que nos atrevemos a vir até aqui sem saber o que vimos ouvir? Que estúpidos! Perdemos uma oportunidade maravilhosa.
Que iluminação, que sabedoria! Vamos pedir a esse homem que dê uma segunda palestra.
Uns quantos habitantes partem à sua procura e rogam-lhe que regresse, alegando que o seu conhecimento é demasiado vasto para uma só conferência. Depois de muito insistirem, Nasrudin regressa à vila. Na praça, concentra-se o dobro do número de pessoas que tinham estado na primeira palestra. Volta a dizer-lhes :
- Suponho que sabeis o que vim dizer-vos.
Com a lição aprendida, um porta-voz do público responde:
- É claro que sabemos. Por isso é que viemos.
Ao ouvir isto, Nasrudin baixa a cabeça e diz:
- Bom, se já sabeis ao que vim, não vejo necessidade de o repetir
De seguida, abandona a praça e vai-se embora. O público fica estupefacto e um fanático começa a gritar :
- Brilhante! Maravilhoso! Queremos ouvir mais! Queremos que este homem nos dê mais sabedoria!
Uma delegação de notáveis vai a correr buscá-lo e pede-lhe de joelhos que dê uma terceira e última palestra. Nasrudin não quer, mas acaba por ceder. Quando chega à praça , é recebido pelo clamor da multidão. Dirige-se a ela novamente com a mesma declaração :
- Suponho que já sabeis o que vos vim dizer
Desta vez, as pessoas já tinham combinado tudo e o governador falou em nome de todos, dizendo:
- Uns sim e outros não
Fez-se um longo silêncio no auditório e todos os olhares se concentraram em Nasrudin, que conclui :
- Nesse caso, os que sabem que contem aos que não sabem”
E dito isto, vai-se embora “
Seria interessante discorrer sobre este conto …
Sem comentários:
Enviar um comentário