Neste tempo de tanta tecnologia parece que já não deviam existir contadores de histórias … Ainda em África, em lugares perdidos sem outros recursos … mas numa cidade? Em bibliotecas escolares e públicas?
Num artigo recente da Revista Única conta-se como vários contadores de histórias continuam a fazer dessa actividade a sua vida. E de como são importante para desenvolver o gosto pela leitura.
Maurício Leite ( brasileiro) levou para países africanos (Angola,Moçambique, Cabo Verde, S.Tomé), o projecto das “Malas de Leitura” e acredita que “uma intervenção adequada pode acelerar o processo de leitura numa comunidade” ; “ não adianta doar livros sem um plano de trabalho”, diz. “ A convivência entre livros e crianças não leva necessariamente ao gosto pela leitura – “ é preciso mediar essa relação, com critério, porque não se dá um remédio para o pé se a doença se encontra no pulmão” …
José Craveiro conta histórias na sua terra, histórias tradicionais que continuam a fazer parte da tradição oral. António Fontinha é o “primeiro narrador profissional” do país – nos Centros Educativos apoiados pelo Chapitô , na “Casa da Criança” ( cadeia de Tires), no Bairro da Pedreira dos Húngaros, …
Cristina Taquelim é psicóloga e conta histórias na Biblioteca de Beja. Diz que “as crianças têm de reaprender a escutar “.
A verdade é que em muitas Bibliotecas e Centros de Recursos há professores que assumem a tarefa de contar histórias porque sentem o interesse e a alegria de quem os escuta e sentem o gosto deles próprios ao contá-las . Porque quem gosta de ler e de contar histórias há-de rever-se nesta historinha contada no tal artigo que li :
“ Cansado de ver as pessoas da sua cidade tristes e abatidas, um homem instala-se no meio da praça com um banquinho e começa a contar histórias. No início, as pessoas paravam para ouvir, antes de a pressa as desviar para os seus milhentos afazeres. Mas o homem continuava. Todos os dias sentava-se no banquinho para contar e contar. Um dia, quando narrava uma fantástica fábula para uma plateia inexistente, um miúdo puxou-lhe pela manga e perguntou-lhe:
- Não vê que não há ninguém a ouvi-lo? Porque insiste em contar essas histórias?
O homem respondeu :
- Meu filho, antes eu contava histórias para mudar o mundo. Hoje, conto histórias para que o mundo não me mude a mim. “
Histórias para crianças, histórias para adultos … é bom continuar a contá-las na esperança de mudar o mundo ou de que o mundo não nos mude !
Nota : a fotografia é de Maurício Leite com a sua “Mala de Leitura”
Num artigo recente da Revista Única conta-se como vários contadores de histórias continuam a fazer dessa actividade a sua vida. E de como são importante para desenvolver o gosto pela leitura.
Maurício Leite ( brasileiro) levou para países africanos (Angola,Moçambique, Cabo Verde, S.Tomé), o projecto das “Malas de Leitura” e acredita que “uma intervenção adequada pode acelerar o processo de leitura numa comunidade” ; “ não adianta doar livros sem um plano de trabalho”, diz. “ A convivência entre livros e crianças não leva necessariamente ao gosto pela leitura – “ é preciso mediar essa relação, com critério, porque não se dá um remédio para o pé se a doença se encontra no pulmão” …
José Craveiro conta histórias na sua terra, histórias tradicionais que continuam a fazer parte da tradição oral. António Fontinha é o “primeiro narrador profissional” do país – nos Centros Educativos apoiados pelo Chapitô , na “Casa da Criança” ( cadeia de Tires), no Bairro da Pedreira dos Húngaros, …
Cristina Taquelim é psicóloga e conta histórias na Biblioteca de Beja. Diz que “as crianças têm de reaprender a escutar “.
A verdade é que em muitas Bibliotecas e Centros de Recursos há professores que assumem a tarefa de contar histórias porque sentem o interesse e a alegria de quem os escuta e sentem o gosto deles próprios ao contá-las . Porque quem gosta de ler e de contar histórias há-de rever-se nesta historinha contada no tal artigo que li :
“ Cansado de ver as pessoas da sua cidade tristes e abatidas, um homem instala-se no meio da praça com um banquinho e começa a contar histórias. No início, as pessoas paravam para ouvir, antes de a pressa as desviar para os seus milhentos afazeres. Mas o homem continuava. Todos os dias sentava-se no banquinho para contar e contar. Um dia, quando narrava uma fantástica fábula para uma plateia inexistente, um miúdo puxou-lhe pela manga e perguntou-lhe:
- Não vê que não há ninguém a ouvi-lo? Porque insiste em contar essas histórias?
O homem respondeu :
- Meu filho, antes eu contava histórias para mudar o mundo. Hoje, conto histórias para que o mundo não me mude a mim. “
Histórias para crianças, histórias para adultos … é bom continuar a contá-las na esperança de mudar o mundo ou de que o mundo não nos mude !
Nota : a fotografia é de Maurício Leite com a sua “Mala de Leitura”
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