- Estive duas semanas num curso de língua, no Instituto Venezia, integrada num grupo de pessoas de três faixas etárias, de múltiplas nacionalidades, convivendo todas como se tivessem a mesma idade. As motivações, essas, variavam um tanto mas o denominador comum era o mesmo – a paixão pela língua e cultura italianas. Os mais novos, precisam de dominar a língua para fazerem, em Veneza, estudos de arte e música; os da camada 30/40, por necessidades profissionais e os mais velhos realizam sonhos antigos, conhecendo e aprofundando a língua italiana. Fica a imagem do grupo bem-disposto e simpático da minha segunda semana de curso.
Apanhei a Bienal de Veneza, este ano dedicada à Arquitectura e cujas actividades se desenrolavam na zona do Arsenale e Giardini, bem vizinhas de Sant´Elena, onde me encontrava. Devido a um problema físico não pude ver tudo mas pude aperceber-me do valor e originalidade das participações internacionais, através de várias reportagens que passavam diariamente na TV.
Decorreu, enquanto estive em Veneza, a 67ª Mostra Internacional de Cinema. Os filmes eram apresentados no Lido e em duas salas de cinema em Veneza, sendo uma delas ao ar livre. Pude ver dois filmes, um japonês e um canadiano, legendados em italiano, salas enormes e cheias, rebuliço de paparazzi e imprensa agitadíssima atrás de actores, actrizes e realizadores. Filmes com direito a aplausos no final e a muita discussão nos jornais do dia seguinte. Pude festejar a vitória “da Coppola”, como lhe chamam os italianos com bastante simpatia.Assisti à Regata Histórica e à corrida de barcos a remo, representando clubes de várias cidades da Laguna veneziana, num domingo de muito sol. Equipas masculinas e femininas, trajando t-shits coloridas a condizer com as cores dos barcos, num entusiasmo e rivalidade ferozes, sempre apoiados pelas diferentes claques.
Ainda apanhei um dia de temporal, forte chuvada e impressionante trovoada, no vaporetto, em pleno canal grande – imagem lindíssima que só registei na memória, infelizmente deixara a minha máquina a carregar em casa. Mas deu para imaginar o que são os dias rigorosos de inverno naquelas águas. E, subitamente, num sábado de sol, ao chegar à Piazza S. Marco deparei com uma pequena amostra do fenómeno acqua alta com princípio de inundação, logo aproveitada pelos turistas para as habituais brincadeiras.
Mas também tenho, para vos mostrar, a Veneza mais turística, aquela que aparece em belíssimos postais e vive no nosso imaginário. Essas imagens ficam para amanhã!
4 comentários:
E que linda é a tua Veneza!
Que grupo simpático com quem trabalhaste!
Beijo.
isa.
Uma Veneza tão vivida apesar do pé torcido e de tanta dificuldade em andar! É bom acompanhar a tua viagem e espero poder ajudar nas sequelas ... doutores, fisioterapia ... MAS VELEU A PENA!
bjinhos
Desculpem lá, quando publiquei o meu comentário vi que tinha uma palavra misturada com outra e quis eliminar. O que eu queria era agradecer a quem tem publicado e acompanhado o meu relato.
Na verdade, até eu fico admirada como consegui, apesar do pé torcido, naquela cidade do sobe e desce, captar tantas imagens. Parece que o handicap me deu mais tempo, paciência e atenção redobrada. Mas a cidade merece, é tão especial.
Beijinhos
ZIA
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