Há mais de 100 mil anos que a castanha acompanha a vida dos homens. Os nossos antepassados descobriram na pequena noz um aliado calórico e já os Romanos e Gregos a apreciavam e consumiam muito.
- Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso.
- A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico para o homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais.
- Os Gregos e os Romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre porque este conservava o alimento, impregnando-o com o seu sabor. Os romanos incluíam a castanha nos seus lautos banquetes
- Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa.
- Com o Renascimento, a gastronomia assume novo requinte, com novas fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para Espanha e daí, com as Invasões Francesas, veio para Portugal e aqui se instalou como guloseima da época do Outono e natalícia.
“Quentes e Boas” é o refrão que, juntamente com a nuvem que sai dos carrinhos ambulantes, se ouve sobretudo à tardinha quando as pessoas regressam a casa, depois de um dia de trabalho e encontram e se confortam com o calorzinho nas mãos.
Assadas com sal grosso, cozidas com ervas aromáticas, secas, tornando-se “piladas” e utilizadas depois de bem demolhadas, acompanhando em puré outros preparos, ou servindo uma sopa aveludada e cremosa, o consumo das castanhas estende-se de finais de Setembro até ao início da Primavera.
Em tempos idos, eram comuns os “Magustos”, ou seja, grandes fogueiras ao ar livre, no campo, rodeadas de grupos alegres que cantavam e dançavam enquanto as castanhas estoiravam ao lume. O vinho novo, jeropiga ou água-pé acompanhavam as castanhas assadas, cumprindo o ditado popular que diz -“no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho”.São Martinho é, na tradição popular, o Santo amigo dos bons bebedores. Para além de estar ligado às castanhas, ao vinho e ao bom tempo fora de época, o santo simboliza também os actos de grande generosidade.
De acordo com a lenda num certo dia frio e chuvoso de Outono, em Amiens, França, o soldado Martinho percorria a cavalo um determinado caminho. Numa das voltas do trajecto dá com um mendigo a pedir. Apiedando-se do homem, Martinho não tendo mais nada que oferecer pega na sua espada e corta em dois o seu manto, estendendo uma das metades ao pobre, para que se protegesse do frio. Quase de imediato, cessou a chuva, começando a brilhar o Sol e ficando um inexplicável clima de Verão. Este acto de solidariedade, bem como a morte de Martinho ocorreram no mês das brumas (Novembro), período anual do vinho novo e das castanhas, ao qual ficou para sempre associado.
Aqui fica uma receita de um bolo diferente, à base de castanhas
Bolo de castanhas com licor
Para a massa: 4 ovos, 2 colheres de sopa de manteiga; 2 colheres de sopa de açúcar; 4 colheres de sopa de farinha.
Para o recheio: 500 gr castanha; 250 gr de açúcar; manteiga, licor, açúcar em pó e canela q.b.
Preparação: Batem-se os ovos com o açúcar até obter um creme espumoso. Junta-se, depois, a manteiga derretida e já fria. Envolve-se delicadamente a farinha. Deita-se este preparado para uma forma previamente untada e leva-se ao forno por 45 minutos.
Assam-se as castanhas, descascam-se e levam-se ao lume com o açúcar e a água. Logo que levantar fervura, escorre-se e reduz-se a puré. Acrescenta-se manteiga e continua-se a bater até ficar cremoso.
Desenforma-se o bolo e, depois de arrefecer, corta-se ao meio. Rega-se ambas as partes com o licor e barra-se uma delas com o creme de castanhas. Recompõe-se o bolo e decora-se a superfície com açúcar em pó e canela.
- Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso.
- A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico para o homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais.
- Os Gregos e os Romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre porque este conservava o alimento, impregnando-o com o seu sabor. Os romanos incluíam a castanha nos seus lautos banquetes
- Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam frequentemente as castanhas nas suas receitas. Por esta altura, a castanha, era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa.
- Com o Renascimento, a gastronomia assume novo requinte, com novas fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para Espanha e daí, com as Invasões Francesas, veio para Portugal e aqui se instalou como guloseima da época do Outono e natalícia.
“Quentes e Boas” é o refrão que, juntamente com a nuvem que sai dos carrinhos ambulantes, se ouve sobretudo à tardinha quando as pessoas regressam a casa, depois de um dia de trabalho e encontram e se confortam com o calorzinho nas mãos.
Assadas com sal grosso, cozidas com ervas aromáticas, secas, tornando-se “piladas” e utilizadas depois de bem demolhadas, acompanhando em puré outros preparos, ou servindo uma sopa aveludada e cremosa, o consumo das castanhas estende-se de finais de Setembro até ao início da Primavera.
Em tempos idos, eram comuns os “Magustos”, ou seja, grandes fogueiras ao ar livre, no campo, rodeadas de grupos alegres que cantavam e dançavam enquanto as castanhas estoiravam ao lume. O vinho novo, jeropiga ou água-pé acompanhavam as castanhas assadas, cumprindo o ditado popular que diz -“no dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho”.São Martinho é, na tradição popular, o Santo amigo dos bons bebedores. Para além de estar ligado às castanhas, ao vinho e ao bom tempo fora de época, o santo simboliza também os actos de grande generosidade.
De acordo com a lenda num certo dia frio e chuvoso de Outono, em Amiens, França, o soldado Martinho percorria a cavalo um determinado caminho. Numa das voltas do trajecto dá com um mendigo a pedir. Apiedando-se do homem, Martinho não tendo mais nada que oferecer pega na sua espada e corta em dois o seu manto, estendendo uma das metades ao pobre, para que se protegesse do frio. Quase de imediato, cessou a chuva, começando a brilhar o Sol e ficando um inexplicável clima de Verão. Este acto de solidariedade, bem como a morte de Martinho ocorreram no mês das brumas (Novembro), período anual do vinho novo e das castanhas, ao qual ficou para sempre associado.
Aqui fica uma receita de um bolo diferente, à base de castanhas
Bolo de castanhas com licor
Para a massa: 4 ovos, 2 colheres de sopa de manteiga; 2 colheres de sopa de açúcar; 4 colheres de sopa de farinha.
Para o recheio: 500 gr castanha; 250 gr de açúcar; manteiga, licor, açúcar em pó e canela q.b.
Preparação: Batem-se os ovos com o açúcar até obter um creme espumoso. Junta-se, depois, a manteiga derretida e já fria. Envolve-se delicadamente a farinha. Deita-se este preparado para uma forma previamente untada e leva-se ao forno por 45 minutos.
Assam-se as castanhas, descascam-se e levam-se ao lume com o açúcar e a água. Logo que levantar fervura, escorre-se e reduz-se a puré. Acrescenta-se manteiga e continua-se a bater até ficar cremoso.
Desenforma-se o bolo e, depois de arrefecer, corta-se ao meio. Rega-se ambas as partes com o licor e barra-se uma delas com o creme de castanhas. Recompõe-se o bolo e decora-se a superfície com açúcar em pó e canela.
1 comentário:
Gostei da lembrança, do texto e das fotos. Obrigada.
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