O Snoopy saiu das páginas e tirinhas dos livros de BD e invadiu a Av. Duque d´Ávila, em Lisboa. Pois é, desde o dia 15 de Julho e até ao dia 15 de Agosto, a Snoopy Parade, com vinte estátuas, de 2,60 metros, pintadas e interpretadas por diferentes celebridades do mundo do espectáculo e da comunicação social, vai dar um colorido diferente àquela avenida, recentemente remodelada, após cerca de seis penosos anos de obras. A iniciativa tem um objectivo bastante nobre, o de ajudar o projecto Escolas para África, da UNICEF. Em Outubro, as estátuas serão leiloadas e o produto será canalizado para o dito projecto.
A Snoopy Parade é uma iniciativa da Copyright Promotions e da Peanuts Worldwide, inserida nas comemorações dos 60 anos do Snoopy.
Já por lá passei e achei a iniciativa engraçada, criativa e alegre. Vi muitos adultos e crianças deliciados a descobrir o que levou cada “artista” a recriar um dos cães mais famosos do mundo e quase sempre associado a acções de cariz social. A “minha” avenida, já que foi lá que nasci, cresci, vivi muitos anos e aonde volto quase todas as semanas ganhou nova vida com uma ciclovia, um dos passeios mais largo e várias esplanadas onde se está muito bem, quando o tempo o permite. Vale a pena passar por lá.
O Snoopy apareceu pela primeira vez a 2 de Outubro de 1950. Durante dois anos foi uma figura silenciosa, agindo como um cão real caminhando sobre as quatro patas, mas, a partir de 19 de Outubro de 1952, começou a verbalizar os seus pensamentos dirigindo-se aos leitores através de balões. Snoopy tinha também a capacidade de entender tudo o que as restantes personagens dos Peanuts, com quem interagia, diziam.
Um dos primeiros desenvolvimentos da figura de Snoopy foi a sua tendência para dormir no telhado da casa, em vez de o fazer dentro dela. Depois, Snoopy passou a andar apenas com duas pernas como um humano.
É um cão extrovertido e com muitas virtudes. A maior parte delas não são reais, mas sonhos que fazem parte do seu mundo de fantasia e aparecem quando Snoopy dorme no telhado da sua casota. Snoopy odeia doces de coco e bolachas, tem claustrofobia, e tem um medo mortal dos pedaços de gelo que balançam em cima da sua casa, que é muito maior por dentro do que o que parece por fora - o sotão é suficientemente grande para ter uma piscina, quadros e uma televisão.
Á excepção do seu dono, Charlie Brown, o melhor amigo de Snoopy é o pequeno pássaro amarelo Woodstock e o seu super inimigo é o invisível "Gato estúpido da porta ao lado", também chamado "Terceira guerra mundial". Durante algumas séries diárias, Snoopy provocou, todos os dias, o gato e a pata do gato fazia movimentos gigantes que dizimavam a casota recém-construida de Snoopy numa extensão maior que no dia anterior. De facto, o Snoopy não gostava de gatos em geral, comentando que eles eram "as ervas daninhas no relvado da vida” e ficando ofendido com a expressão "gatos e cães", insistindo que a expressão correcta deveria ser "cães e gatos".
Schulz, numa entrevista em 1997, disse o seguinte acerca do carácter do Snoopy: "ele tem que sair do seu mundo de fantasia para sobreviver. Por outro lado, se assim fosse ele levaria uma vida miserável e aborrecida." Nem mais! Foi mesmo o que senti quando ontem passeei pela avenida da minha infância – que eu não perca nunca a capacidade de sonhar e de soltar, sempre que possível, a criança que há em mim.
4 comentários:
Apesar de só ter visto ao passar no
carro tive vontade de levar lá a Mimi e o Sebastião...
Beijo.
isa.
Tenho que ir ver!
O Snoopy da infância dos meus filhos continua na moda! :-))
Abraço
Comentário do Amon : não gosto nada dessas histórias de caês que perceguem gatos e gatos que perseguem pássaros ... fetiches dos humanos, que fazer?
A minha dona diz que antes de me conhecer até achava graça ao snoopy e às suas histórias - deve ser para me parecer bem porque se calhar ainda gosta ( ouvi-a dizer que queria ir à Avenida )
Festinhas para a vizinha
Amon
Trabalho no Saldanha e na segunda-feira, regressado de férias, fui surpreendido pela multidão de Snoopys. Há algusn muito giros.
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