É um fruto abundante todo o ano em mercados e supermercados a preços acessíveis. Mas, uma investigação financiada pela União Europeia e desenvolvida pela DECO junto de várias associações de consumidores, conduziu às plantações da Costa Rica e a práticas sociais e ambientais pouco éticas.
Na Costa Rica foram entrevistadas 87 trabalhadores e as suas famílias e também produtores e activistas de associações sindicais. É verdade que as explorações de abacaxi trouxeram oportunidades de trabalho e bem estar a muita gente mas também trouxeram muita exploração humana, o declínio da criação de gado, o abandono de muitos solos agrícolas outrora férteis, a contaminação de solos e rios, a quebra da produção de peixes, a inúmeros problemas novos de saúde.
Os produtores não usam só práticas agressivas para aumentar a produção dos frutos, usam-nas também na relação com os trabalhadores : compra dos frutos a muito baixo preço em plantações que exigem cuidados 24 h por dia, utilização de produtos químicos com riscos para os trabalhadores, …”Muitos dos trabalhadores entrevistados queixam-se de problemas de pele, irritação ocular, distúrbios respiratórios e neurológicos, casos de aborto espontâneo e deficiências à nascença”. As mulheres são descriminadas com salários mais baixos e frequentemente são vítimas de assédio sexual. O pagamento não é feito à hora mas à peça, tem um valor variável e está sujeito a numerosos descontos havendo mesmo casos em que o trabalhador nada recebe!
O gráfico seguinte mostra a distribuição dos lucros na cadeia de produção de abacaxi na Costa Rica.
Na Costa Rica foram entrevistadas 87 trabalhadores e as suas famílias e também produtores e activistas de associações sindicais. É verdade que as explorações de abacaxi trouxeram oportunidades de trabalho e bem estar a muita gente mas também trouxeram muita exploração humana, o declínio da criação de gado, o abandono de muitos solos agrícolas outrora férteis, a contaminação de solos e rios, a quebra da produção de peixes, a inúmeros problemas novos de saúde.
Os produtores não usam só práticas agressivas para aumentar a produção dos frutos, usam-nas também na relação com os trabalhadores : compra dos frutos a muito baixo preço em plantações que exigem cuidados 24 h por dia, utilização de produtos químicos com riscos para os trabalhadores, …”Muitos dos trabalhadores entrevistados queixam-se de problemas de pele, irritação ocular, distúrbios respiratórios e neurológicos, casos de aborto espontâneo e deficiências à nascença”. As mulheres são descriminadas com salários mais baixos e frequentemente são vítimas de assédio sexual. O pagamento não é feito à hora mas à peça, tem um valor variável e está sujeito a numerosos descontos havendo mesmo casos em que o trabalhador nada recebe!
O gráfico seguinte mostra a distribuição dos lucros na cadeia de produção de abacaxi na Costa Rica.
Claro que continuaremos a comprar e até a preferir o da Costa Rica ao dos Açores porque é mais doce e menos ácido mas, pelo menos, ficamos a saber que estamos a colaborar com a especulação… Como em tantas outras coisas!
Os produtos de “comércio justo” são caros e raros em Portugal.
Nota : esta informação foi retirada de um artigo da DECO de Novembro de 2010.
1 comentário:
É realmente muito injusta toda esta cadeia que tanto faz encarecer os produtos sem qualquer benefício para os que mais mereciam, os trabalhadores.
Não se pode calar este tipo de informação. Lá diz o ditado - água mole em pedra dura... Um dia vai mesmo furar!!!
Abraço
ZIA
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