Deixámos Fez sabendo que nos esperava o percurso mais longo do circuito, cerca de 500km, mas talvez o mais belo e variado, na intercepção entre o Saara, o Atlas e o AntiAtlas. Íamos a caminho de Marrakesh, a cidade vermelha que, ao longo dos tempos, tem atraído muitos escritores, artistas, homens do cinema e da alta finança que ali passam largas temporadas ou onde têm mesmo segundas habitações.
Na verdade, ao longo de muitas horas, fomo-nos distraindo, os que teimosamente se mantinham despertos, como era o meu caso, com um mundo de contrastes: planícies férteis, espaços áridos, grandes e amplas montanhas de cedros e pinheiros, divisões naturais do território. Por aqui passa a divisão entre o norte e o sul do país, a fronteira entre o mundo árabe e o mundo berbere.
E, de tal forma é diversificada a paisagem que, ao chegarmos a Ifrane tivemos todos a sensação de estar na Suiça! A montanha, os edifícios, o ar europeu, asséptico e organizado do centro da cidade, os jardins, os canteiros, os cafés e esplanadas cheios de homens e mulheres trajando como nós, comendo e bebendo exactamente o mesmo tipo de gelados e doçaria do centro Europa. Que estranho! Os picos de Ifrane, no Inverno, cobrem-se de neve, há pistas e skiadores como em qualquer estância europeia.
Foram horas e horas que custaram a passar a todos. O calor, que sentíamos a cada paragem biológica e o mau estar de várias pessoas, adoentadas em consequência da alimentação e das águas, foi realmente a pior barreira desta viagem.
Na verdade, ao longo de muitas horas, fomo-nos distraindo, os que teimosamente se mantinham despertos, como era o meu caso, com um mundo de contrastes: planícies férteis, espaços áridos, grandes e amplas montanhas de cedros e pinheiros, divisões naturais do território. Por aqui passa a divisão entre o norte e o sul do país, a fronteira entre o mundo árabe e o mundo berbere.
E, de tal forma é diversificada a paisagem que, ao chegarmos a Ifrane tivemos todos a sensação de estar na Suiça! A montanha, os edifícios, o ar europeu, asséptico e organizado do centro da cidade, os jardins, os canteiros, os cafés e esplanadas cheios de homens e mulheres trajando como nós, comendo e bebendo exactamente o mesmo tipo de gelados e doçaria do centro Europa. Que estranho! Os picos de Ifrane, no Inverno, cobrem-se de neve, há pistas e skiadores como em qualquer estância europeia.
Foram horas e horas que custaram a passar a todos. O calor, que sentíamos a cada paragem biológica e o mau estar de várias pessoas, adoentadas em consequência da alimentação e das águas, foi realmente a pior barreira desta viagem.
Quando começámos a ver a terra a tornar-se avermelhada, os edifícios também a ganharem essa tonalidade, as palmeiras a serem uma constante debaixo de um céu azul, os cavalos berberes pastando pelos campos, foi um alívio geral e…todos os que tinham estado atentos às explicações do guia sabiam que Marrakesh ia mesmo valer a pena!
Chegados ao hotel, depois de preenchermos mais uma ficha de controlo para a polícia, em cada cidade e hotel, o ritual repetia-se, arrumada a bagagem, tomado o duche rápido foi…o mergulho na piscina! Soube a pouco mas ajudou a retemperar as forças.
À noite, após o jantar, porque o hotel ficava a cerca de 30´ da praça central, a mais famosa, pusemo-nos a caminho, a pé, já nos tínhamos informado sobre o trajecto a seguir. Era mesmo importante distender as pernas, gostamos muito de andar e de ir à descoberta, por nós.
Só não imaginávamos que iríamos encontrar o mais caótico de todos os trânsitos que alguma vez tínhamos presenciado. Pior que o Cairo, muito pior que Dehli! E tudo isto porque não se respeitam os semáforos nem as passadeiras para peões e centenas, sem exagero, de motorizadas cruzam os nossos caminhos em todas as direcções e, muitas vezes, sobre os passeios. Era sexta-feira à noite o que piora um pouco mais a situação. Decididamente só conseguiríamos atravessar uma rua, se nos misturássemos com os naturais que em grupos de dirigiam para a praça Jemaa el Fna . Foi o que fizemos e com êxito.
À noite, após o jantar, porque o hotel ficava a cerca de 30´ da praça central, a mais famosa, pusemo-nos a caminho, a pé, já nos tínhamos informado sobre o trajecto a seguir. Era mesmo importante distender as pernas, gostamos muito de andar e de ir à descoberta, por nós.
Só não imaginávamos que iríamos encontrar o mais caótico de todos os trânsitos que alguma vez tínhamos presenciado. Pior que o Cairo, muito pior que Dehli! E tudo isto porque não se respeitam os semáforos nem as passadeiras para peões e centenas, sem exagero, de motorizadas cruzam os nossos caminhos em todas as direcções e, muitas vezes, sobre os passeios. Era sexta-feira à noite o que piora um pouco mais a situação. Decididamente só conseguiríamos atravessar uma rua, se nos misturássemos com os naturais que em grupos de dirigiam para a praça Jemaa el Fna . Foi o que fizemos e com êxito.
A Praça é grandiosa. De noite, enche-se de feirantes de frutos secos, muitas barraquinhas vendem o famoso sumo de laranja, feito no momento à vista dos clientes, há contadores de histórias; mulheres que deitam as cartam; raparigas que fazem as célebres pinturas com a hena, em castanho claro, castanho-escuro e negro, consoante duram 48h, 3 semanas ou dois meses; macacos e serpentes para tirar fotos com os turistas. Estava uma noite fabulosa e nós já nos tínhamos adaptado à balbúrdia…
Havíamos de voltar, de dia, pois essa praça é o coração da Medina e dos «souks», onde se desenrolam todas as actividades de comércio e serviços.
Foi pelas ruelas dos «souks» de Marrakesh que exercitei, um pouco timidamente, é tudo uma questão de feitio, a tão famosa e difícil arte de regatear. Tinha, entretanto, compreendido que sem esse código, não há negócio interessante. Um comerciante, muito engraçado, tinha-me dito, pensando que éramos brasileiras, que «adóra bárráco, sem essi trato, não vale dgi nada o nêgócio». Tínhamos alguns dihrams para gastar e o tempo urgia.
Divertimo-nos imeeenso e as horas de camioneta, o cansaço e os transtornos digestivos passaram a segundo plano!
Havíamos de voltar, de dia, pois essa praça é o coração da Medina e dos «souks», onde se desenrolam todas as actividades de comércio e serviços.
Foi pelas ruelas dos «souks» de Marrakesh que exercitei, um pouco timidamente, é tudo uma questão de feitio, a tão famosa e difícil arte de regatear. Tinha, entretanto, compreendido que sem esse código, não há negócio interessante. Um comerciante, muito engraçado, tinha-me dito, pensando que éramos brasileiras, que «adóra bárráco, sem essi trato, não vale dgi nada o nêgócio». Tínhamos alguns dihrams para gastar e o tempo urgia.
Divertimo-nos imeeenso e as horas de camioneta, o cansaço e os transtornos digestivos passaram a segundo plano!
2 comentários:
mais uma vez encantaste-me com as palavras" justas e certas"para nos contares o k viste.As imagens lindas!O desafio está de pé!! Bejinhoos.
isa
¿No se respetan las señales de "stop"?
¡No me lo puedo creer.....!
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