O escultor Lagoa Henriques morreu no sábado passado com 85 anos. Para quem viveu de perto com este Mestre sente esta partida com mágoa.
Tive o privilégio de ser sua aluna durante vários anos na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Aprendi com ele a “saber ver”, a prestar atenção às formas, ao contraste claro /escuro. Ele revolucionou o ensino do desenho trazendo para a sala de aula objectos variados; máquinas, troncos de árvores, conchas e búzios, tralha do ferro velho, que nos servia de modelo para os ensaio de desenho, em vez daquelas esculturas romanas, clássicos da aprendizagem de desenho nas escolas de artes da época.
O que ele me ensinou nunca esqueci e transporto para os meus alunos esse sábio ensinamento. E de tal modo ele me influenciou que ainda hoje mantenho o interesse por formas que encontro aqui e ali e trago para casa. Raízes de árvores, espólios das praias, pequenos e grandes objectos a que poucos dão importância mas que são pontes de partida para desenvolver a criatividade. A ele devo o gosto pela fotografia a preto e branco e o quanto ela influenciou a minha pintura.
Tive a oportunidade de visitar o ateliê com os meus alunos. De ouvir mais uma vez a sua inpiradora sabedoria, a sua enorme cultura. Foi a última vez que o vi, já lá vão uns bons quinze anos…
Obrigada Grande Mestre!
Tive o privilégio de ser sua aluna durante vários anos na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Aprendi com ele a “saber ver”, a prestar atenção às formas, ao contraste claro /escuro. Ele revolucionou o ensino do desenho trazendo para a sala de aula objectos variados; máquinas, troncos de árvores, conchas e búzios, tralha do ferro velho, que nos servia de modelo para os ensaio de desenho, em vez daquelas esculturas romanas, clássicos da aprendizagem de desenho nas escolas de artes da época.
O que ele me ensinou nunca esqueci e transporto para os meus alunos esse sábio ensinamento. E de tal modo ele me influenciou que ainda hoje mantenho o interesse por formas que encontro aqui e ali e trago para casa. Raízes de árvores, espólios das praias, pequenos e grandes objectos a que poucos dão importância mas que são pontes de partida para desenvolver a criatividade. A ele devo o gosto pela fotografia a preto e branco e o quanto ela influenciou a minha pintura.
Tive a oportunidade de visitar o ateliê com os meus alunos. De ouvir mais uma vez a sua inpiradora sabedoria, a sua enorme cultura. Foi a última vez que o vi, já lá vão uns bons quinze anos…
Obrigada Grande Mestre!
4 comentários:
É verdade.Grande perda!
Pensei em si,quando soube da partida dele.
Abraços.
isa.
Realmente foi um grande privilégio para ti e para quantos puderam conviver e aprender com este grande mestre!
Bonita homenagem de quem guarda tão bons ensinamentos e de quem sabe incutir nos seus alunos essas formas de ver e de sentir o que os rodeia.
Fica a obra, ficam as sementes lançadas!
Abração
ZIA
É um dos meus traumas, embora pense que saiba apreciar várias formas de arte, nunca poderia ter tido o privilégio que tiveste - ser aluna de semelhante Mestre!
Abraço
Neste "retiro" em que deixei que o Carnaval passasse,soube da morte do Lagoa Henriques por ti. Também foi através da tua admiração por ele que conheci parte da sua obra. Como pessoa "conheci-o" através da grande admiração que o Agostinho da Silva tinha por ele.
É certo que não há ninguém insubstituível mas custa-me ver partir "os mais velhos e sábios" do meu tempo ... e já foram alguns.
Abraço
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