quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Historinhas …


Há dias recebi de uma amiga a historinha que passo a reproduzir :

“Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. será lembrado nas minhas
orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira tinha pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro levou-a imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco “

E não é que há muito boa gente que não se lembra disso?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O discurso de um Presidente


Senti orgulho no Presidente que faz um discurso de início de Ano Escolar como aquele que o Presidente Obama fez. É longo, é simples, é sábio, tem objectivos claros, é inclusivo e capaz de chegar ao coração de todos.
Não gostava de ser “americana” mas gostava muito de ter aquele Presidente …

Pareceu-nos que hoje, dia seguinte às nossas eleições para o próximo Governo e com um presidente com letra minúscula, apesar de ser longo o discurso, valia a pena transcrevê-lo :

“Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.
Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.
A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.
Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.
No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.
Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.
Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.
No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.
Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.
Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.
Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.
Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.
Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.
E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.
A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.
É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.
No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."
Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.
Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.
E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.
É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?
As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes.

domingo, 27 de setembro de 2009

VIVA A VIDA 22


Porque hoje se elege o próximo primeiro ministro e com ele o Governo dos próximos anos, apetece deixar aqui a ESPERANÇA de que saibam trabalhar com inteligência, honestidade, determinação, tolerância e algum pragmatismo, … para que na VIDA de todos nós haja pelo menos, o que é essencial para nos sentirmos dignos e com momentos felizes.

sábado, 26 de setembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A CASA DAS HISTÓRIAS

Aproveitando um dos últimos dias de bom tempo, já que o dia estava particularmente claro, iluminado e quente, fomos até Cascais, lá para o fim da manhã, rumo à Casa das Histórias Paula Rêgo. Espicaçadas pelas imagens que tínhamos visto nos telejornais, nas revistas e mesmo na net, curiosas por ver ao vivo as soluções arquitectónicas de Souto Moura, que adivinhávamos inovadoras e arrojadas, não quisemos adiar a visita e, mesmo não tendo a companhia da Goiaba que ainda não pode atrever-se a tanta folestria, chegámos mesmo à hora de almoço, com os estômagos a exigirem algum conforto, antes de apreciar a obra de Paula Rêgo.
O novo museu de Cascais está muito bem localizado, num espaço arborizado e muito tranquilo, junto ao Museu do Mar. Atrai logo pela cor e pelas formas que lembram umas chaminés de tijolo, num ambiente moderno de muito bom gosto.
Almoçámos muito bem na cafetaria. Atendimento simpático e profissional, comida bem confeccionada e saborosa.
Já bem aconchegadinhas, lá partimos à descoberta da obra da artista de que já tínhamos visto outras mostras. Sorte minha porque ia acompanhada por duas expert em pintura, oficiais do mesmo ofício, conhecedoras das técnicas, das correntes, dos materiais, dos movimentos… Bebi tudo, aproveitei o máximo e, em algumas salas, até tivemos direito a umas explicações muito pertinentes e curiosas, dadas por umas jovens estudantes de belas artes com quem trocámos algumas opiniões. Muito proveitoso. E voltei a experimentar sentimentos bem diversos perante uma vasta obra primorosamente exposta em salas amplas e bem iluminadas. Quanto mais vejo a obra de Paula Rêgo, mais motivos de agrado descubro, pese embora uma certa angústia que algumas situações, algumas figuras e algumas expressões me provocam. É delirante, uma torrente de criatividade, com base em histórias e figuras do imaginário infantil do qual, Paula Rêgo extrai o burlesco e o grotesco. Ninguém lhe pode ficar indiferente e mais uma vez, com a ajuda das minhas amigas pintoras, pude constatar como pinta bem! Como usa a cor, como cria os cenários nos quais faz brotar tantas narrativas, como é tão original e única! Aconselho uma visita calma, com tempo para apreciar tudo, não deixando de passar pela loja do museu onde poderá encontrar livros sobre a pintora, sobre outros pintores e simpáticas recordações.
Que bom, nos dias que correm, podermos dar uma boa notícia do mundo da cultura, essa cultura que tão esquecida anda nestes tempos de fria tecnologia! Parabéns! Hei-de lá voltar!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mensagem com dedicatória



Tivemos a visita de uma amiga especial com quem vivemos bons e maus momentos. Recordámos, rimos, lanchamos.
Porque ela passou as férias na Ilha de Jersey ( Canal da Mancha, Reino Unido, 116 km2, muito perto de França) e ainda está deslumbrada pelo que viveu, deixamos um apontamentozinho para recordar …

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma ideia de Outono

Dizem os calendários, a aragem matinal denuncia-o e o ventinho ao cair do dia confirma - o Outono está aí! Fico um pouco neura porque gosto muito mais da Primavera e do Verão, do sol brilhante, do calor de manhã à noite, da pouca roupa, da liberdade de movimentos, das flores e frutos, das férias grandes, da hora de verão que torna os dias mais longos…
Mas gosto das cores do Outono, da natureza vestida de tons quentes, das lãs, das castanhas, dos cogumelos, enfim tudo o que encontrei neste vídeo que aqui vos deixo para sonhar e repousar um pouco.</em>

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

VIVA A VIDA 21

Não é fácil ir lá e as imagens não substituem a experiência. Mas … pode-se imaginar como são lindos os golfinhos em liberdade!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Zimbabué, um novo Ano Lectivo

É o regresso às aulas em vários países – novos livros, nova mochila, cadernos novos, … Até ”um computador para cada aluno”. Escolas novinhas em folha com modernos equipamentos, escolas menos novas e ainda com o equipamento tradicional mas … em África não é tanto assim.

Veja-se a imagem de uma escola no Zimbabué, publicada na Visão desta semana e leia-se a legenda :
“ No martirizado Zimbabué, terra de justiça adiada onde o ditador Robert Mugabe utiliza todos os truques para se agarrar obstinadamente ao poder, a rentrée escolar ocorreu anteontem ( 15/9) sob o signo da penúria : no ensino básico, dez alunos têm de partilhar o mesmo manual e há escolas que não possuem um só livro. Como vem longe o futuro! “

E outras há onde as aulas ainda decorrem debaixo das árvores, com um quadro improvisado – mesmo sem Robert Mugabe, milhares de crianças africanas têm o futuro comprometido deixando aos privilegiados filhos das elites a educação e o ensino que todos merecem. Não é de estranhar por isso que os filhos sejam os sucessores dos pais nas diversas lideranças.
Globalização direitos? Quando?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“VAMIZI, a ilha esmeralda das Quirimbas”

O Verão está no fim mas só aqui … no hemisfério sul o calorzito continua e as águas quentinhas não arrefecem. E era já já que eu correria para as Quirimbas se um lote de razões não existisse!

Este sonhozito de fuga veio a propósito de uma reportagem da última revista “Focus”. E sabe-se lá se há quem sonhe como eu e como Carlos Queirós (esse mesmo, o seleccionador nacional, que investe na ilha e em vários projectos de apoio a Moçambique) !!

O arquipélago das Quirimbas fica a Norte de Moçambique,na província de Cabo Delgado - são ilhas coralinas, mais de 50 em linha norte-sul, entre a foz do Rovuma e a baía da Quissanga ( a 20 km de Pemba – ex-Porto Amélia). Vamizi é só uma delas.
Toda a intervenção na ilha é feita tendo em conta a conservação da Natureza, a garantia de continuar a ser local de desova das tartarugas e maternidade para as baleias corcundas. Os bancos de corais são cuidados e preservados, as praias são diariamente limpas (os barcos que navegam ao largo são grandes poluidores e tudo vem ter à praia). E as populações são respeitadas e integradas, vai ser construída uma escola e um centro de saúde, há uma Associação de Mulheres para que se desenvolvam as actividades tradicionais e, muito importante, criou-se um sentido de comunidade. E essas preocupações podem coexistir com um “resort”, um pequeno aeroporto e algumas casas – muita da construção feita com aproveitamento de matéria prima local ( casuarinas, por exemplo, que não são naturais da ilha e prejudicam o ecosistema).

Dez quilómetros de praia de areia fina, água azul-esmeralda a 33º, corais vivos, peixes tropicais, várias espécies de pássaros, macacos, mangais , um rio de água salgada (!!) . Entre Julho e Dezembro as baleias corcundas chegam para dar à luz, entre Janeiro e Agosto desovam as tartarugas verdes e de bico!

O que é preciso mais para irmos lá?? … (Será que posso levar o gato?)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ela voltou !!

É verdade, a minha dona voltou mas eu não esqueci que se foi e que, durante uma semana nem um “olá”. Bem a vi entrar com os outros três que me apoiaram toda a semana , com muitos sorrisos e até queria fazer-me uma festa. Zás! Virei-lhe a cara com o rabo bem tufado para ela perceber que ir e vir não é assim tão fácil. E foi assim até à noite : dentadelas, olhos maus, sapatadas … Para os outros, denguices …
Só que não resisti e à noite lá fui deitar-me no sítio habitual e fingi que estava a dormir e deixei fazer festinhas. Ouvi umas explicações que não sei se entendi bem mas resolvi esquecer. Afinal eu gosto muito dela! E não é que deixei de ter a fome desvairada da semana anterior?

domingo, 13 de setembro de 2009

VIVA A VIDA 20


O neurocientista Rui Costa - investigador principal no Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, no Instituto Gulbenkian de Ciência - recebeu uma bolsa de 1,6 milhões de euros para tentar descobrir, nos próximos cinco anos, as diferenças a nível cerebral entre as acções novas e as praticadas por rotina ou compulsividade.A bolsa foi atribuída pelo European Research Council (ERC), o mais importante organismo europeu de apoio à ciência e à investigação.
Este neurocientista português é um dos 219 bolseiros do prestigioso European Council Starting – selecção feita entre 2503 candidatos.
Na sua perspectiva, o trabalho poderá contribuir para compreender melhor não só o funcionamento do cérebro, a interacção com o mundo ou como se praticam determinadas acções e não outras, mas também as doenças do foro neurológico e psiquiátrico, em que as pessoas não conseguem criar rotinas, ou as criam em demasia, como nos comportamentos obsessivo-compulsivos ou aditivos e até relativamente á criação de vícios.
Rui Costa tem 37 anos, é licenciado em Ciências Veterinárias (Universidade Técnica de Lisboa), doutorado em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto e pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, e fez o pós-doutoramento em Neurobiologia na Uiversidade de Duke, também nos EUA.
Viva a Vida também é celebrar, com muita emoção e alegria, o regresso da Goiaba ao nosso convívio, após a cirurgia. Boa e rápida recuperação, vizinha!

domingo, 6 de setembro de 2009

VIVA A VIDA 19

Ali para os lados de Santiago do Cacém, em Vila Nova de Santo André, fica o Badocas Safari Park, um lugar onde quase se pode ter um cheirinho de África e onde há animais “selvagens” em liberdade. Uma boa alternativa aos Zoos - se houver muito, muito espaço.
Amigos que lá foram deixaram-me com vontade de colocar esta visita na lista e proponho-a aqui a partir de 3 vídeos, o último dedicado à vizinha do 2º andar – ela saberá porquê.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

“ Os inesperados benefícios do fracasso” !!

É este o nome de uma conferência proferida por J.K.Rowling, autora dos livros do Harry Potter, em Junho de 2008, numa cerimónia de atribuição de diplomas aos alunos da Universidade de Harvard ( Estados-Unidos).

Conta a autora que, depois de chegar a Edimburgo, vinda de Portugal e de um divórcio, se viu sem emprego, com uma filha para criar, com necessidade de pedir um subsídio estatal para se sustentarem e carregada de culpa por achar que tinha fracassado e desiludido os pais. Sentindo que falhara, sofreu uma depressão e chegou a pensar em suicídio. Mas, foi esse sentir “bater no fundo” que a ajudou “ a despojar-se de tudo o que não era essencial …. e começar a canalizar as suas energias para a única actividade que realmente lhe interessava : escrever”. De repente sentiu-se livre para fazer o que gostava “ uma vez que todos os seus maiores medos ( pobreza, solidão, expectativas goradas) já se tinham materializado”.
Ao fazer a apologia do fracasso lembrou que aqueles jovens habituados a ser sempre bem sucedidos podem estar mal preparados para o erro , o fracasso e a recuperação. O mesmo dizem muitos psicólogos modernos: “ é preciso desenvolver uma atitude de tolerância em relação à frustração para perder o medo de que as nossas expectativas não se concretizem”.

Pareceu-me oportuno repescar esta noção dos “benefícios do fracasso” numa época em que os pais se esforçam por não deixar obstáculos na vida dos filhos, no início de mais um ano escolar em que tudo se dá às crianças para que tenham êxito, numa sociedade de consumo onde se olha demais para o supérfluo, num momento de crise económica onde muitos sentem que tudo se desmorona … e quando se julga que a “saúde é de ferro” e afinal não é!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Desabafos de Amon

Meus amigos ando muito desconfiado nestes últimos dias. Oiço a minha dona falar com as amigas sobre coisas que não me agradam e agora a Lis vem muitas vezes a casa da minha dona para aprender a tratar de mim. Hoje até limpou a minha casota, espreitou a minha comida, colocou água limpa para eu beber e andou para ali a falar com a minha dona sobre os meus hábitos alimentares e outros… Mostrou-lhe a minha escova de escovar o pelo, comprou outra tela, enfim, desconfio que vou ter que aturar a Lis e que a minha dona vai passar uns tempos a qualquer lado.
Mas compreendo o esforço da Lis, ela que nunca lidou com gatos e muito menos gatos como eu que gosto de arranhar e mordiscar. Mas vou portar-me bem, ela merece.
Hoje fiz-lhe uns arranhões, mas foi tudo a brincar, a culpa é da minha dona que já me devia ter cortado as unhas! Depois a Liz tem aquela pele delicada que mal lhe toco fica logo com sanguinho à mostra. Farta-se de gastar pensos rápidos, tenho que lhe oferecer uma caixa para a semana.
Hoje escutei por detrás da porta o segredo delas e fiquei ansioso. A minha dona vai ser operada, terá que ficar uns dias num hospital e eu não a poderei visitar. Agora que até tenho uma trela nova!...
Vou ter que ficar a tomar conta da casa, com a chata da Lis e da Mar a virem espreitar-me, a fazerem palhaçadas para eu me distrair e sempre atentas às minhas asneiras.
Desejo muito que a minha dona se cure e venha o mais depressa possível, vou pedir muito “aos meus auxiliares” que ajudem e ELES ouvem-me sempre.
Por isso minhas vizinhas amigas não se preocupem eu aprendi com a minha dona a ser corajoso e a enfrentar os problemas com serenidade. Dormirei as minhas sonecas, caçarei as mosquitas que se atravessarem no meu caminho e só não vos mando um e-mail porque tenho umas patas muito pesadas para tantas teclas. Jinhos!