segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

“As estátuas da Ilha de Páscoa possuem um corpo”!

Foi com este título que soubemos de uma investigação a decorrer na Ilha de Páscoa.


Afinal os famosos moais não são só cabeça e um pouco de tronco…
As escavações já decorrem há um tempo e a última fase iniciou-se em Outubro. São da responsabilidade de um grupo privado, “The Easter Island Statue Project” (EISP), criado por Jo Van Tilburg, investigador principal e que tem como co-director um artista rapa nui (um natural da Ilha). O trabalho deste grupo já passou por várias fases e começou por se centrar em trabalhos de conservação das estátuas. Têm o apoio do Governador da Ilha, de arqueólogos do Chile e Rapa Nuis, dos professores e alunos da ilha e o interesse de toda a comunidade.

Espantoso foi descobrir que, pelo menos algumas das estátuas, têm corpo completo . Saber o que significam os petroglifos e pinturas rupestres ( decorativas?), ainda está por se descobrir.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Que belo sol!!

Eu sei que o que é bom para mim não é bom para as couves … mas que fazer?

Adoro o sol de inverno e este ano tem sido um sonho! Durante toda a manhã tenho este quentinho e vou ocupando vários poisos – e arranjei um óptimo : cabeça ao sol, corpo à sombra ( através de um “buraquinho” que fiz na cortina à medida da minha cabeça).



É por causa desta doce vida que não tenho tido tempo para escrever no blogue – “elas” compreendem!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Também protesto!

Fui alertada pela “página inicial” da Sapo para uma informação-desabafo-protesto de um habitante de Rio de Mouro sobre o mau estado do painel de azulejos da Estação ferroviária,, da autoria de Graça Morais, depois de ter sido decidido iluminá-lo !! …


Não é que “ os tubos com os cabos eléctricos, as caixas de aparelhagem e as braçadeiras de fixação”, foram instaladas SOBRE os azulejos do painel ?!
Quem colocou não se questionou, quem mandou colocar não deve ter dito “como” colocar …
Todos inocentes, todos irresponsáveis – todos colaboradores dos muitos actos de vandalismo que andam por aí.
Estraga-se o painel mas … HAJA LUZ!
E será que, quando foi feita a encomenda, não haveria espaço melhor para colocar um tão extenso painel ? Junto a passeio estreito, com postes de iluminação quase em cima, …

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Modos de ver

Vive-se em Lisboa, mas numa Lisboa afastada do centro histórico, o que faz esquecer os bairros mais antigos .Mas há sempre um dia em que decidimos revisitar o Centro, a Baixa Lisboeta.
Quando o fazemos, encontramos sempre novidades e, porque nos habituámos a estar mais atentos a pequenos pormenores, comentamos muito do que vamos encontrando ou comparamos memórias de outros tempos com o presente.

Não sou muito amante de velhos bairros, embora goste de imaginar histórias de vidas que por ali passaram e marcaram aquelas pedras, escadarias, janelas antigas, igrejas de muitas confissões e terços rezados na penumbra daquelas naves. Mas, choca-me a quantidade de gente que estende a mão à caridade, os jovens que entretêm o ócio com cervejas, disparates e muita leviandade. Mas há quem goste! Modos de ser e de ver!!!
De qualquer modo o passeio foi positivo: conheci umas ruas na Bica, levei com um copo de água suja de um 4º andar (era sábado de Carnaval). Limpei as calças, fiz uma careta à rapaziada adolescente que ria escondida por detrás da janela e lá fui registando algumas imagens fotográficas.


No Chiado, registei esta imagem, o poeta Chiado com cachecol improvisado, alguns símbolos decorativos, janelas de águas furtadas com acrescentes de novos espaços.
Registei algumas ruas com escadinhas, como a travessa das Laranjeiras, pequenos pormenores decorativos.




Mas valeu o almoço na Trindade. Gosto do espaço, do serviço e da comida. Claro que recordei o bifinho
da casa, com batatinhas, molho … e a acompanhar a imperial! Nada mau!
Lisboa tem uma luz fascinante e, com estes dias prolongados de Primavera precoce, acredito que muita gente adore percorrer a Baixa e ficar durante uma tarde numa esplanada a observar as centenas de pessoas que passam por aquelas ruas principais. Mas o nosso povo é muito cinzentão. Se semi-serrarmos os olhos e olharmos para aquela massa de gente encontramos manchas de cinza, preto e castanho. Uma terra de sol que não gosta de cores alegres!!!!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pelo Miradouro de Santa Catarina

Na voltinha de sábado passado, depois de muita andança fomos ter ao Miradouro de Santa Catarina, para admirar a vista e sacar umas fotos, um dos objectivos do passeio.


O dia estava lindo, numa primavera antecipada e muito bem aproveitada pelo grande número de estrangeiros que ocupavam literalmente tudo o que havia de lugares sentados, na esplanada do quiosque e bancos do jardim do Adamastor.
Elevador da Bica
A vista sobre o Tejo fica bem aquém do que se espera. Culpa do alto gradeamento que delimita a área e também da construção desajeitada ou mesmo caótica que nos fere a vista a toda a volta. Depois de admirar o que se pôde, voltámo-nos para a estátua do Adamastor.



Para mim, ela ilustra bem o mítico gigante referido por Luís de Camões n´Os Lusíadas e por Fernando Pessoa no Poema Mostrengo. Representa as forças da natureza contra os marinheiros portugueses liderados por Vasco da Gama, sob a forma de uma terrível tempestade. - “Não acabava, quando ua figura/ se nos mostra no ar, robusta e válida, /de disforme e grandíssima estatura; /o rosto carregado, a barba esquálida, /os olhos encovados, e a postura /medonha e má e a cor terrena e pálida; / cheios de terra e crespos os cabelos, /a boca negra, os denteis amarelos…. /Arrepiam-se as carnes e o cabelo, / a mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo! “.

Para a Lis, que não gostou muito da estátua, ele devia ser menos agressivo, menos medonho. Percebi que a artista preferia ver representado o lado mais humano deste gigante, vítima de uma fraqueza, um amor impossível como nos conta a lenda. Apaixonou-se por Tetis, que o rejeita por ser muito feio, mas que é sempre ambígua nas suas atitudes. Uma noite, iludindo o gigante, quando ele pretende beijá-la e a abraça a deusa decide transformá- lo num duro rochedo, no meio do mar por onde ela continua a banhar-se, atormentando-o.

Assim, concluímos que deviam ter sido duas as estátuas para representar o Adamastor!

Ainda passámos pelo Museu da Farmácia cuja visita ficou adiada para uma próxima saída. Pelo que vimos do exterior deve valer bem a pena e tem uma boa e ensolarada esplanada para petiscar e preguiçar um bocadinho. Eu cá confesso-me cada vez mais fã da minha linda cidade!

Museu da Farmácia

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Que mundo maravilhoso!

Mais uma vez nos chegou um pequeno apontamento com a qualidade da BBC que nos transporta para aspectos maravilhosos do nosso mundo, tantas vezes mal estimado mas que é soberbo!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sara Tavares

Li uma entrevista da Sara Tavares. Lembrei-me que a tinha ouvido em tempos. Gostei , esqueci e também não ouvi mais falar dela. Percebi agora porquê : teve um tumor benigno no cérebro, foi operada, recuperou bem. Passaram dois anos. Vai agora dar dois espectáculos, um no Coliseu, outro na Casa da Música.
Mas não foi isso que me fez falar dela e sim a sua entrevista.
-“ Teve medo de morrer?”
- “Não…… Encaro a vida como algo passageiro. Já vi tantos partir … sou um bocado desapegada e considero que a morte não é o fim, mas uma transição para um nível mais evoluído.”
- “ Esta experiência não a fez questionar tudo?”
- “ ….. Senti que fazia parte do meu caminho. Que aquela experiência me iria construir. …… Ficas a saber que as coisas mais importantes são as básicas …
- “ Aos 34 anos o que é que a move?”
- “ Quero estar onde sinto o sabor. Gosto muito de cantar mas também gosto de viver. Mesmo para a música já não tenho paciência para coisas que tinha há anos. Cheguei a fazer tournées malucas, sem ter tempo para comer ou dormir. E já não me dava prazer. A dada altura começava a ser uma fraude. Mais vale ir mais devagar… e saborear”

Gostei do que li e fui ouvi-la ao youtube – para me penitenciar porque raramente ouço música ligeira portuguesa.

Aqui fica uma canção.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

“ Atenção vizinha, perigo à vista”

Pode ser mais ou menos assim que uma couve avisa as parceiras, em “linguagem”química !!

Não é brincadeira. Experiências conduzidas pelo bioquímico Nicholas Smirnoff ,realizadas na Universidade de Exeter, filmadas e que serão transmitidas num programa da BBC2 ( “How to Grow a Planet”), mostram uma “couve a ser atacada por alguém que lhe corta uma folha”. Verifica-se que “a couve consegue avisar as couves vizinhas da ameaça que se aproxima” …

E Iain Stewart, geólogo, professor universitário e apresentador do referido programa, acrescenta : “A maior parte das pessoas pensa que as plantas levam uma vida passiva, mas na realidade movem-se, sentem e comunicam. É quase como se mostrassem uma espécie de inteligência”. “ É fascinante perceber que pode haver um tagarelar constante entre plantas diferentes, constatar que elas podem de alguma forma pressentir quimicamente o que está a acontecer com as outras. É como uma linguagem escondida que pode estar sempre à nossa volta”.

A experiência foi feita com três couves cujo ADN foi impregnado de “luciferase”, a enzima que faz com que os pirilampos brilhem no escuro. Foi assim possível observar e filmar a libertação de gases e químicos tóxicos da couve “atacada” : ao ser-lhe cortada uma folha, a couve libertou um gás que “avisou” as outras do risco que corriam ; as outras couves, “apesar de não terem sido tocadas, produziram químicos tóxicos capazes de afastar predadores, como lagartas”. Mas depois disto, Smirnoff garante : “ os vegetais não sentem dor” - porque não têm nervos.

Têm sido feitas outras experiências com o objectivo de “perceber se o som faz as plantas crescer”. Em sete estufas foram colocadas gravações de música clássica, sons com voz meiga, vozes agressivas e deth metal ; duas ficaram sem som. Constatou-se que, as plantas que menos cresceram foram as das estufas silenciosas …
Esta notícia foi divulgada na “Sábado” desta semana e o seu conteúdo corrobora o que muitos amigos das plantas dizem há muito tempo : deve falar-se com as plantas, elas crescem melhor com a nossa atenção. E, se não for pedir muito, pode-se pedir desculpa por ter de lhes cortar umas folhitas ou um bom pedaço …

Parece que o Príncipe Carlos de Inglaterra costumava dizer isso e era ridicularizado … Pois agora, ele e outros , têm o apoio da Ciência .

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ruelas e usos que perduram

Andar pelas ruelas da Ericeira é coisa de “muitas vezes” mas sempre há novos encontros para registar ou recordar.

E tropeça-se em usos que perduram – as raias que secam à janela como roupa em estendal, o saco de pão que aguarda na albarda da porta, as cabaças que se penduram para secar e enfeitam varandas , as muitas janelas e portas com cortinas de folhos ou feitas de renda.

E é bom deambular!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

E se fizéssemos férias em Fevereiro?

Pois fizemos de conta e aí está …

Começamos por sugerir um almoço ou um lanche com pôr-do-sol ( dizem que é magnífico!) no “Golfinho Azul”. Fica no cimo da falésia, sobre a praia de S.Lourenço, a norte da Ericeira, ao lado da famosa praia da Ribeira d’Ilhas. A comida é óptima, o sossego total e a vista magnífica.

Estava ali mesmo ao lado e nunca lá tínhamos ido …


Antes do almoço, um passeio na “praia do sul”, na Ericeira – aquela que é insuportável no Verão mas que está agora radiosa e calminha. Na areia, a ler o jornal … uma belíssima manhã!


E “amanhã”, vamos passear pelas ruelas da Vila.

Este devaneio não justifica o silêncio deste blogue… essa é coisa mais fácil de explicar e mais difícil de resolver!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

UM DESAFIO


Apesar do ano lectivo já ir bastante adiantado, só hoje recebi de uma amiga este interessante artigo que, mais uma vez me pôs a reflectir.

Na verdade, trata-se de mais uma excelente iniciativa vinda de fora, já posta em prática e com sucesso que devíamos aproveitar e acarinhar, sem complexos. Uma excelente ideia para aproveitar logo agora que estamos todos a viver duramente mais uma crise económica e…de valores.

Assim, pensámos em partilhar. E, quem sabe, alguém nos ouve e consegue desenvolver a ideia. Podia virar moda, ser chic , coisa de gente importante e ajudava a moralizar o consumismo desenfreado e estigmatizante que continua a grassar por aí! Seria muito bom!!

“Desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do regresso à escola.

A propósito do desafio sobre os novos hábitos de poupança na abertura do ano lectivo, resolvi partilhar a minha experiência uma vez que vivo no norte da Holanda, onde tudo se passa de modo completamente diferente.

Em primeiro lugar, os livros são gratuitos. São entregues a cada aluno no início do ano lectivo, com um autocolante que atesta o estado do livro. Pode ser novo ou já ter sido anteriormente usado por outros alunos. No final do ano, os livros são devolvidos à escola e de novo avaliados quanto ao seu estado. Se por qualquer razão foram entregues em bom estado e devolvidos já muito mal tratados, o aluno poderá ter de pagá-los, no todo ou em parte.

Todos os anos, os cadernos que não foram terminados voltam a ser usados até ao fim. O contrário é, inclusivamente, muito mal visto. Os alunos são estimulados a reusar os materiais. Nas disciplinas tecnológicas e de artes, são fornecidos livros para desenho, de capa dura, que deverão ser usados ao longo de todo o ciclo (cinco anos).

Obviamente que as lojas estão, a partir de Julho/Agosto, inundadas de artigos apelativos mas nas escolas a política é a de poupar e aproveitar ao máximo. Se por qualquer razão é necessário algum material mais caro (calculadora, compasso, por exemplo), há um sistema (dinamizado por pais e professores, ou alunos mais velhos) que permite o empréstimo ou a doação, consoante a natureza do produto.

Ao longo do ano, os alunos têm de ler obrigatoriamente vários livros. Nenhum é comprado porque a escola empresta ou simplesmente são requisitados numa das bibliotecas da cidade, todas ligadas em rede para facilitar as devoluções, por exemplo. Aliás, todas as crianças vão à biblioteca, é um hábito muito valorizado.

A minha filha mais nova começou as suas aulas de ballet. Não nos pediram nada, nenhum fato nem sapatos especiais. Mas como é universalmente sabido, as meninas gostam do ballet porque é cor-de-rosa e porque as roupas também contam. Então, as mães vão passando os fatos e a minha filha recebeu hoje, naturalmente, o seu maillot cor-de-rosa com tutu, e uns sapatinhos, tudo já usado. Quando já não servir, é devolvido. E não estamos a falar de famílias carenciadas, pelo contrário. É assim há muito tempo.

O meu filho mais velho começará a ter, na próxima semana, aulas de guitarra. Se a coisa for levada mesmo a sério, poderemos alugar uma guitarra ou facilmente comprar uma em segunda mão.

Este sistema faz toda a diferença porque, desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do início do ano. Tudo se passa com maior tranquilidade, não há a febre do "regresso às aulas do Continente" e os miúdos e os pais são muito menos pressionados. De facto, noto que há uma grande diferença se compararmos o nosso país e a Holanda (ou com outros países do Norte da Europa, onde tudo funciona de forma idêntica). Usar ou comprar o que quer que seja em segunda mão é uma atitude socialmente louvável, pelo que existem mil e uma opções. Não só se aprende desde cedo a poupar e a reutilizar, como a focar as atenções, sobretudo as dos mais pequenos, nas coisas realmente importantes. “

Helena Rico, 42 anos, Groningen, Holanda

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Uma beleza!

O pequeno filme foi feito por mergulhadores nas ilhas Fiyi, em Tonga . Uma beleza!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Infanta Maria Adelaide de Bragança

Faz hoje 100 anos e vai ser condecorada com a medalha da Ordem de Mérito , num jantar que decorrerá no Centro Cultural de Belém.
Nasceu a 31 de Janeiro de 1912, em Saint-jean-de-Luz, é neta de D.Miguel, filha de Miguel II de Bragança e de Maria Teresa de Lowenstein-Wertheim- Rosenberg , tia de D. Duarte Pio.
Viveu a maior parte da sua vida na Áustria, trabalhou sempre como enfermeira e assistente social, integrou um movimento de resistência à Gestapo, foi condenada à morte e salva ( por intervenção de Oliveira Salazar, dizem). Em 1949 voltou para Portugal com os seus seis filhos e o marido, Nicolaas van Uden. Nicolaas era médico mas, não tendo o seu curso sido reconhecido em Portugal, foi trabalhar para o laboratório de pesquisa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que veio a trabalhar em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian – e foi assim que nasceu o Instituto Gulbenkian de Ciência, nos anos 50!

A Infanta continuou o seu trabalho social e criou a Fundação Nun’Álvares Pereira para apoio aos carenciados. Em Portugal manteve uma atitude distante e crítica relativamente ao Estado Novo .

Ficou conhecida como a infanta rebelde …

Vi hoje uma pequena entrevista e a sua lucidez, tranquilidade e vivacidade parece bem o espelho de quem soube viver e sabe que realizou a sua missão.