domingo, 29 de novembro de 2009

VIVA A VIDA 31

Hoje vamos homenagear as suricatas.
Terão resultado do cruzamento de cangurus com coalas e têm o seu habitat natural na África do Sul, na Namíbia e em Angola . Têm até 50 cm de comprimento e até 1kg de peso. Têm uma organização social complexa e uma linguagem própria para comunicar entre si. Ensinam activamente as suas crias a caçar “ com um método semelhante à capacidade humana para ensinar” ( wikipédia). De dia caçam, de noite abrigam-se no subsolo, num complexo sistema de túneis. Comem insectos, pequenos vertebrados, ovos e matéria vegetal – adoram escorpiões e são imunes ao seu veneno. E são comidas por águias e outros predadores. É a VIDA.
São uma gracinha as suricatas !! Vejam.

sábado, 28 de novembro de 2009

Campeonato Africano de Futebol


Sei pouco de futebol e não tenho interesse suficiente que justifique saber mais.
Mas “tropecei” num artigo sobre o Campeonato Africano de Futebol ( CAN 2010), cuja 27ª edição se realiza em Janeiro próximo, em Angola. Angola, sim, interessa-me muito.
Lá como cá, não se pouparam esforços para construir novos estádios – desejo que sejam todos, no futuro, mais e melhor rentabilizados.
Aí estão eles, nas cidades onde vão decorrer os jogos : Luanda, Cabinda ( para afirmar a integração plena no estado angolano?...), Lubango e Benguela. Foram inaugurados a 11 de Novembro, data do 34º aniversário da independência. Parecem bonitos e, como não podia ( quase) deixar de ser, as construtoras são empresas chinesas …
Lá como cá, o CAN 2010 foi uma boa ocasião para se realizarem infra-estruturas importantes para o desenvolvimento do país : construção de hotéis, investimentos no campo das tecnologias de informação e telecomunicações, reconstrução de caminhos de ferro e estradas …

Todo este desenvolvimento não deve ser alheio ao facto de construtores civis, governantes, quadros técnicos superiores e outros profissionais que circulam facilmente entre Angola e Portugal, serem os principais clientes das lojas de marca portuguesas. Tudo bem mas … e os “meninos da rua”? E a pobreza da maior parte da população sobretudo da população rural? E o monopólio económico da família do Presidente? Deixem p’ra lá , é demagogia barata …
E o povo, mesmo o mais pobre, vai alegrar-se com o futebol, se calhar vai ser até um bocadinho mais feliz .

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

“Ficar a ver navios”


Foi a “ver navios” que ficou Junot quando viu ao longe o conjunto dos 16 navios que transportavam a Família Real portuguesa e acompanhantes para o Brasil ( e a frota inglesa que os protegia). Terá sido há 202 anos, no dia 29 de Novembro, dois dias depois de esperarem a bordo por bons ventos e boa maré. Zarparam mesmo à justa os portugueses, “ficaram a ver navios” os franceses!
O embarque, no dia 27 de Novembro, foi feito no meio da maior confusão e desorganização – navios em mau estado, bagagens a monte e á mercê de qualquer um, subornos para transporte, negligência, oportunismo … Perderam-se tesouros valiosos e irrecuperáveis, sobretudo parte da Biblioteca Real da Ajuda que ficou no cais para que um nobre pudesse embarcar todos os seus caixotes ( seguiu para o Brasil 3 anos depois).
A fuga já estaria acordada desde meados de Outubro e os franceses terão sido enganados por boatos que circularam sobre uma suposta proibição de entrada de navios ingleses no Tejo - sem escolta nunca a Corte chegaria ao Brasil. A escolta custou pesadas contrapartidas …

A propósito da ida da Corte portuguesa para o Brasil e da sua vida por lá, é muito interessante o livro de Laurentino Gomes, “ 1808” .
Anotei, quando o li, um dito carioca muito oportuno sobre a aplicação da justiça na época:
“ Quem furta pouco é ladrão
Quem furta muito é barão
Quem mais furta e esconde
Passa de barão a visconde “ !!!

E 200 e tal anos depois?!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A minha amiga artista


Hoje resolvi fazer uma redacção sobre a “minha amiga artista” porque estive a admirar, com muita atenção, um dos seus quadros. É verdade que há vários cá em casa mas este fica no caminho para umas caixas que eu cobiço e desejo deitar ao chão. Também quis ver como se pendurava para tentar tirá-lo da parede e vê-lo no chão, mais ao meu nível … Não me deixaram!
Esta minha amiga vem ver-me todos os dias de manhã e eu visito-a quando me levam. Tem um “jardim de Inverno” que é o único a que tenho direito e onde há sempre um vasinho com a minha erva fresca ( claro que em casa tenho outro). Ensina-me posições de suricata ( para não ter de voltar a ouvir a “minha dona” dizer que quer ser madrinha de um desses bichos), fazemos guerras em que eu mordo muito ( eu bem sei que ela cobre a mão com as mangas mas disfarço) e recebo muitas festinhas. Acompanha-me quase todos os dias no meu passeio nocturno para deixar lixo no lixo e brincamos até julgarem que me enganam e é por isso que entro no elevador…
Em casa dela há imensas coisas para ver e cheirar : frascos com pincéis e pedrinhas, gavetas mesmo boas para eu abrir, objectos de todos os tamanhos que me deixam de água na boca para os deitar ao chão, pilhas de caixas e papéis que queria desmoronar, abrigos para me esconder e … um fogão para onde me deixam saltar!
A minha amiga do 5º esquerdo é uma bênção para a minha “dona” : arranja TV e vídeos quando se “estragam” , compra comandos quando os fazemos desaparecer, põe o computador e a Internet a funcionar, … enfim … “põe num canto” os engenheiros que andam por aí sem mudar uma lâmpada!
E acabei a redacção. Muitas festinhas à minha amiga e peço desculpa pelos arranhões com sangue que às vezes faço.

domingo, 22 de novembro de 2009

VIVA A VIDA 30

Mulher do Ano nos Emirados Árabes Unidos é portuguesa

Maria da Conceição, assistente de bordo da Emirate Airlines, acaba de ser nomeada mulher do ano, pelo seu projecto de solidariedade social no Bangladesh. Depois de uma escala de 24 horas em Daca, chocada com a miséria que aí encontrou, criou em 2005 o Dhaka Project, como objectivo de tirar da pobreza centenas de crianças de um subúrbio da capital do Bangladesh.

Segundo ela própria disse, o mais importante desta distinção é a visibilidade que, a partir de agora, consegue dar à sua acção humanitária, tendo já conseguido que muitas personalidades influentes e com dinheiro se tenham oferecido para patrocinar algumas das suas acções. Graças ao projecto de Daca, as crianças vão à escola, recebem livros, uniformes, duas refeições diárias e cuidados de saúde, incluindo vacinas – um oásis num deserto de esperança.
Recentemente, lançou-se numa nova aventura. Considerando que a educação é a base de todo o desenvolvimento, Maria da Conceição criou uma nova e muito inovadora actividade – ajudadas por dois professores, as crianças, mediante a quantia simbólica de cinco euros/ mês ensinam os pais a falar inglês.
Aqui fica um vídeo em que está patente o trabalho por ela desenvolvido nesta comunidade.





sábado, 21 de novembro de 2009

Um conto sufi

No livro “ amor em minúsculas” o autor recorda um conto sufi do mullá Nasrudin que viveu na Anatólia no século XIV, escreveu histórias divertidas e sábias onde ele mesmo era personagem. Foram histórias que integraram a chamada Tradição Sufi ou Sufismo, uma seita mais de sabedoria da vida do que religiosa onde o humor é uma nota importante.

“Nasrudin chega a uma pequena vila onde toda a gente o confunde com um grande sábio. Para não decepcionar a multidão que se tinha reunido na praça, abre as mãos e diz-lhes :
- Suponho que estais aqui porque já sabeis o que tenho para vos dizer
E as pessoas respondem:
- Não! O que tens para nos dizer? Não sabemos. Diz-nos
E Nasrudin respondeu :
Se viestes até aqui sem saber o que tenho para vos dizer, é porque não estais preparados para ouvir.
Dito isto, levanta-se e vai-se embora. O auditório fica assombrado com aquela saída. Estão quase a tomá-lo por louco quando alguém exclama :
- Que inteligente! Tem toda a razão! Como é que nos atrevemos a vir até aqui sem saber o que vimos ouvir? Que estúpidos! Perdemos uma oportunidade maravilhosa.
Que iluminação, que sabedoria! Vamos pedir a esse homem que dê uma segunda palestra.
Uns quantos habitantes partem à sua procura e rogam-lhe que regresse, alegando que o seu conhecimento é demasiado vasto para uma só conferência. Depois de muito insistirem, Nasrudin regressa à vila. Na praça, concentra-se o dobro do número de pessoas que tinham estado na primeira palestra. Volta a dizer-lhes :
- Suponho que sabeis o que vim dizer-vos.
Com a lição aprendida, um porta-voz do público responde:
- É claro que sabemos. Por isso é que viemos.
Ao ouvir isto, Nasrudin baixa a cabeça e diz:
- Bom, se já sabeis ao que vim, não vejo necessidade de o repetir
De seguida, abandona a praça e vai-se embora. O público fica estupefacto e um fanático começa a gritar :
- Brilhante! Maravilhoso! Queremos ouvir mais! Queremos que este homem nos dê mais sabedoria!
Uma delegação de notáveis vai a correr buscá-lo e pede-lhe de joelhos que dê uma terceira e última palestra. Nasrudin não quer, mas acaba por ceder. Quando chega à praça , é recebido pelo clamor da multidão. Dirige-se a ela novamente com a mesma declaração :
- Suponho que já sabeis o que vos vim dizer
Desta vez, as pessoas já tinham combinado tudo e o governador falou em nome de todos, dizendo:
- Uns sim e outros não
Fez-se um longo silêncio no auditório e todos os olhares se concentraram em Nasrudin, que conclui :
- Nesse caso, os que sabem que contem aos que não sabem”
E dito isto, vai-se embora “

Seria interessante discorrer sobre este conto …


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

“ amor em minúsculas”

Se tivesse que responder àquela pergunta vulgar ( e tola, na minha opinião), sobre qual o livro ( filme,…) da minha vida, teria de dizer que foram muitos.
O “ amor em minúsculas “ de Francesc Miralles é, de certeza, um deles.
Comprei-o porque tinha um gato “igual” ao Amon na capa … e acabou por ser um daqueles livros a reler.
Em resumo, é a história de como um acontecimento ( o aparecimento de um gato) pode mudar a vida de uma pessoa – mais um exemplo da famosa teoria do caos .

Samuel é um professor de Literatura na Universidade de Barcelona e vive muito só. Os seus dias são passados entre as aulas a estudantes desinteressados e o apartamento onde prepara aulas, lê, ouve música. Não tem amigos, não tem namorada, não tem hábitos sociais e sente que a sua vida é um tédio.
Um dia ouve um arranhar na porta da rua, abre e um gatinho enrosca-se nas pernas. Nunca pensou em gatos, nada sabe sobre os seus hábitos, não quer sequer pensar em ficar com aquele – põe anúncios em jornais, telefona a Sociedades Protectoras de animais. Entretanto começam a surgir coincidências ( há coincidências?...) que o levam a conhecer vários personagens interessantes e incomuns e o gato vai ficando. É o vizinho do andar de cima ( para onde o gato foge), um redactor e coleccionador de “sabedorias do mundo” ; é um misterioso escritor obcecado com uma viagem à Lua ; é a veterinária-psicóloga e …é Gabriela, o seu amor de infância.

Enquanto acompanhamos o seu dia a dia, agora muito preenchido, o Samuel-professor vai-nos dando lições de literatura, história de arte, cinema, música … de Vida. O gato é já quase só um pretexto mas não deixa de constatar que “um gato nunca faz aquilo que esperamos que faça”, que “só pertence a si próprio” e que “não tem donos, tem servos”. Acaba mesmo por ajudar o vizinho do andar de cima, que adoece, e escreve sobre a “vida espiritual e sensorial” dos gatos ! Depois de recolher informações conclui :” diz-se que os gatos são egoístas mas, na verdade, são simplesmente inteligentes. Não vêm ao dono se conseguirem que o dono vá até eles… a sua força reside na sua aparente indiferença … mantêm a sua dignidade e deslocam-se consoante os seus caprichos …” . Mais adiante invoca uma autora americana que dizia ter aprendido com os seus dois gatos “ a saltar sem cair e a ronronar quando se sente feliz” !

Por fim, explica o título : “ amor em minúsculas” fê-lo sentir que “ ao fazer uma boa acção esta dá origem a uma cadeia de acontecimentos que nos devolvem o amor multiplicado. No final, mesmo que queiramos voltar ao ponto de partida, já não é possível porque o amor em minúsculas apagou qualquer caminho de volta ao que havíamos sido antes”.

Nota : e como se chamava o gato ? Mishima, nome do autor do livro que estava a ler quando o gato o escolheu ( “ O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar”)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO

Talvez porque o texto da peça a que assisti no domingo, no Teatro D. Maria, é realmente um texto altamente perturbador; talvez porque o tema das perdas, da morte, da doença, do sofrimento e da forma como cada um lida com essas realidades mexe muito comigo, ainda não tinha conseguido sentar-me e registar algumas impressões para o nosso Blog, coisa que geralmente faço ainda no calor da emoção que é sempre, para mim, uma ida ao teatro.
O texto “O Ano do pensamento mágico”, baseado numa história verídica vivida pela escritora americana Joan Didion, numa encenação de Diogo Infante, é denso e profundo. É um monólogo mas nem se sente que só há uma pessoa em palco. A Eunice consegue provocar um ambiente de cumplicidade com cada um de nós a quem se dirige, logo no início, olhos nos olhos – e como são expressivos os olhos da nossa querida actriz! Depois, durante a conversa que mantém connosco mais de uma hora, faz questão de nos lembrar que, se aquilo que está a contar ainda não nos aconteceu, um dia vai acontecer. Avisa-nos que “a vida se transforma rapidamente. Muda num instante”. E é com esta certeza que a acompanhamos numa trajectória de dor, solidão e saudade. Tudo perfeito – os tempos da narrativa, os silêncios, a expressão facial, o movimento do corpo, o aconchegar do casaco de malha que veste como uma segunda pele, os trejeitos da cabeça que todos já lhe conhecemos, a sensibilidade à flor da pele de alguém que abre o coração, numa intimidade inquietante. Até porque, pela primeira vez, ouvi alguém dizer o que tantas vezes eu já tinha pensado – o mais importante, depois de uma grande perda, seja ela qual for, é o primeiro ano, é o tempo que não queremos que passe, porque tudo está ainda tão vivo, tão presente. Parece mesmo que sentimos que, se o não agarrarmos, então, a dor e a saudade vão-se embora. Há, na verdade, um tempo para o luto que tem mesmo de ser feito, de outra forma corremos o risco de não sobreviver. É o ano do pensamento mágico.
Eu fico sempre “doente” depois de assistir a um desempenho da Eunice. E, desta vez, eu tinha lido muita coisa, tinha ouvido e lido muitas entrevistas, eu até estava bem avisada, eu tinha prevenido a minhas irmãs com quem vou muitas vezes a estes espectáculos mas, mesmo assim, fui surpreendida! Surpreendida e apanhada pela forma simples, directa e tão emotiva com que todo o texto, depois de interiorizado, foi compartilhado com os espectadores, uma imensa plateia rendida àquela figura frágil, sofrida mas tão cheia ainda de vida e de memórias bem frescas. E, de novo, o tema da morte e da passagem, vem associada a um rio, a um “barqueiro encapuzado que nos conduzirá ao outro lado do rio, com a certeza de que, desta vez, nos trará de volta”, como referiu Diogo Infante, que assina aqui mais um brilhante trabalho de encenação. E sente-se, numa simbiose perfeita entre actriz e encenador que também eles estão, a cada instante, a confrontar-se com as suas perdas, as suas dores, as suas memórias e saudades.
E, após uma hora e tal de espectáculo, quando a Eunice se ergue do cadeirão, termina a sua conversa e se retira do palco, enxugando uma sentida lágrima, o público fica, eu fiquei, esmagado pela silhueta daquela senhora de oitenta anos! Fiquei rendida a tanta força, a tanta sensibilidade, a tanta sabedoria da vida e das coisas do sentir. Quando a aplaudimos, as lágrimas corriam em muitos olhos e ela, emocionada mas sorridente e humilde, agradecia colocando as mãos unidas, junto do coração, um gesto a que já nos habituou e que feito por ela é tão bonito! Sozinha no palco, que grande lição de vida e de teatro!
“Amo-te mais do que apenas mais um dia.”, frase repetida ao longo do monólogo e que teimosamente aparece como verdade absoluta.
Parabéns, Eunice

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Atenção baleias e focas!



O mundo já não é o que era, os oceanos muito menos e a vida tranquila dos animais marinhos em terras impróprias para os humanos tem os dias contados.
Aos humanos não bastam os animais comuns que lhes foram oferecidos para se alimentarem. Agora querem também o “krill”, aquele rico alimento marinho composto por minúsculos crustáceos, muito abundante nas águas frias do Pacífico e Atlântico sul, sustento fundamental de baleias e focas.
Cientistas abelhudos descobriram que é um “material” óptimo para a “composição de produtos lácteos, gorduras para barrar, molhos para saladas, cereais de pequeno almoço ou complementos alimentares para dietas de baixo índice calórico”. E rico em Ómega 3 e já existia em cápsulas mas produção em massa é outra coisa.
Os vegetarianos que se cuidem e os vegans que leiam com toda a atenção a composição dos alimentos. Nada é simples no mundo de hoje e nada escapa ao engenho dos Humanos. SERÁ? …

domingo, 15 de novembro de 2009

VIVA A VIDA 29

Foi descoberta uma teia de aranha do Cretáceo ( há 145 milhões de anos!!!).
Cientistas da Universidade de Oxford tiveram a sorte de conseguir esta preciosidade encontrada por um grupo de “caçadores de fósseis” na zona de Sussex, onde há numerosos vestígios de dinossauros . O grupo deparou-se com um estranho âmbar que entregou ao investigador Martin Brasier e que continha, além dos fios da teia, excrementos de insectos, micróbios e matéria vegetal ( o estudo foi agora publicado “Journal of the Geological Society”)
A teia terá ficado presa em resina de árvores e, “provavelmente devido a danos causados por um incêndio o âmbar acabou por se afundar num grande lago. Só agora, depois de muitos anos de erosão e elevação do terreno, regressou à superfície.

No Cretáceo inferior o planeta era um lugar muito mais quente do que hoje e parece que os dinossauros coabitavam com aranhas que são familiares directas das actuais. Por isso, atenção : nada de destruir teias de aranha – quem sabe não se encontrarão vestígios de Humanos e teias de aranha daqui a milhares de anos e se diga que “os Humanos coabitavam com aranhas idênticas às actuais” …
(notícia e foto em “Ciência Hoje”)
.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

EU NÃO QUERO TER GRIPE!!


Li esta semana que um gato do Iowa foi contagiado pelos donos com o vírus do H1N1 e até esteve internado – para estudo, é claro, pobre gato!
E também li que há aí um “sábio” português” ( Agostinho Antunes) que colaborou na sequenciação do genoma da minha espécie e que acha provável o contágio entre os humanos e os gatos ( e vice-versa).
E eu que me julgava imune!
Ando a cuidar-me : não saio à rua, apanho sol e descanso muito, como salmão e erva fresca, espalho o stress assumindo a liberdade de meter o nariz em tudo e vasculhar gavetas, passeio em ambiente resguardado, lavo as patas e a cara com frequência … Com todo este cuidado, espero que a minha dona se comporte como cidadã responsável e não me pegue essa tal gripe. Espero bem que se lembre como eu fico um gato feroz quando vou ao veterinário. E tomar remédios, nem pensar.
Gatos conhecidos, cuidem-se!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

EARTH SONG by MICHAEL JACKSON

"EARTH SONG by MICHAEL JACKSON (CENSURADO NOS EUA)"
"O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996.
A letra fala de desmatamento, sobrepesca e poluição, e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão.
O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clipe.
Veja, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson.
Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.
Emocionante!"

Michael Jackson, um grito de dor, de alerta e de esperança!


domingo, 8 de novembro de 2009

VIVA A VIDA 27

Aí está, a “relva sakura” que cresce na Primavera em alguns parques do norte do Japão. É uma relva de flores semelhantes às da cerejeira ( sakura) e que cobrem grandes extensões em parques, nomeadamente na província de Hokkaido , de onde são as fotografias que recebemos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS

Hoje foi o primeiro dia em que senti o friozinho do Outono/Inverno a chegar. A meio da tarde, cumpridas as tarefas inadiáveis para este dia, deu-me uma vontade enorme de ver um filme. Como há muito tempo vinha pondo debaixo de olhos e voltava arrumar ao fim do dia um DVD que tinha comprado há pouco, decidi que de hoje não passaria. Não fiz mais nada senão sentar-me confortavelmente e zarpar para um tempo que sempre me atrai, me intriga e me faz sofrer – a 2ª guerra mundial. Sim que eu já tinha lido a sinopse e sabia muito bem que toda a trama girava em torno de dois miúdos, de mundos ou pelo menos de lados diferentes dessa época monstruosa.
Duas brilhantes interpretações de dois jovens promessa de actor. Um, o Bruno, filho de um agente nazi que se vê obrigado a sair da sua confortável casa em Berlim, com a família, para ir gerir um campo de trabalhos forçados, num local isolado e pouco convidativo; o outro, Shmuel, filho de um judeu, sempre de “pijama às riscas”, que vive numa realidade bem diferente, cumprindo trabalhos duros, do outro lado do arame farpado que os separa.
O encontro destes dois rapazinhos vai fazer desabrochar entre ambos uma amizade e cumplicidade geradoras de novas vivências, com consequências inesperadas.
E mais não digo para não tirar o interesse a quem ainda não viu este filme e que, certamente não vai querer perdê-lo. No entanto, mal acabei de o ver apeteceu-me falar do que vi e das emoções que me provocou esta hisória. E, mais uma vez, fiquei com a certeza de que nas situações mais extremas, mais adversas é possível que brotem sentimentos puros e maravilhosos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

ENTUSIASMO ou OPTIMISMO ?

Li há pouco este pequeno texto e parece-me uma boa mensagem.
Lembrei-me de a deixar aqui depois de ler o escrito deixado pela Mar tão
entusiasmada pelo italiano.

“A palavra entusiasmo vem do grego e significa "ter um deus dentro de si". Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses.

A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.
Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante.

Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do quotidiano, criar uma realidade ou modifica-la.
Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, "abrigar um deus dentro de si"!
Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza.
E acreditam igualmente nos outros entusiasmados.

"Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso.
O entusiasmo é bem diferente do optimismo.
Optimismo significa esperar que uma coisa dê certo.
Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo".

Vamo-nos entusiamar?

Nota :Foto da net

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ONTEM ANDEI NAS NUVENS…

Verdade, ontem andei literalmente nas nuvens já que fui ao teatro nacional Dona Maria II, assistir à representação da peça “Darwin… Tra le nuvole”, no encerramento das actividades da IX Semana da língua italiana no mundo, numa iniciativa do Instituto de Língua e Cultura Italiana onde continuo a estudar a língua pela qual me apaixonei há muito, muito tempo.
O IIC programa, todos os anos, uma série de iniciativas culturais muito interessantes e diversificadas, com as quais promove a cultura do país. Este ano, para minha alegria, pude assistir a algumas sessões, durante estas duas semanas. Assisti ao lançamento da versão portuguesa do romance “O dia antes da felicidade”, pelo próprio Erri de Luca, autor de vários campeões de vendas em Itália, um homem interessantíssimo com um espírito e um humor extraordinários; estive presente em duas aulas abertas, ideia bastante em moda no instituto que me permitiram tomar contacto com temas diferentes dos que fazem parte do meu programa e ouvir pessoas diferentes.
Hoje, foi a vez de assistir a uma produção do Piccolo Teatro di Milano, uma das mais importantes companhias de teatro europeu, num espectáculo de homenagem a Charles Darwin, o cientista que, com as suas teorias, subverteu os paradigmas da ciência moderna. Duas jovens dos nossos dias irrompem pela sala, plateia fora, verdadeiramente fascinadas com leituras que têm vindo a fazer, sobre Darwin. A sala de teatro transforma-se numa maravilhosa máquina do tempo, as duas jovens preparam-se e preparam-nos para acompanharmos todos a viagem do sonhador cientista, em jovem, no lendário Beagle, comandado pelo inflexível Capitão Fitzroy, sempre na companhia do patusco e simplório marinheiro Taylor. E a viagem levou-nos ao Brasil e à floresta tropical, à Patagónia, à terra do Fogo, aos Andes, sempre tentando aprofundar os conhecimentos que levarão o cientista à formulação da sua teoria da evolução do homem. Tudo se desenvolve com muito ritmo e com um excelente aproveitamento de pouquíssimos recursos cénicos. Espectáculo muito vivo e com uma alegria contagiante que, pelos aplausos finais, agradou mesmo ao público.
Eu, que me emociono com uma boa peça de teatro e vibro muito com uma boa representação, saí de alma lavada e contente, contente por ter conseguido acompanhar e perceber todo o texto!

domingo, 1 de novembro de 2009

VIVA A VIDA 27


Um leigo em medicina cria potencial tratamento para o cancro ( divulgado em “Ciência Hoje”) :

“John Kanzius, um leigo no que respeita à medicina, é o autor de uma técnica artesanal que poderá traduzir-se numa esperança para o tratamento de doenças oncológicas. Tendo-lhe sido diagnosticada uma leucemia em 2002, este americano decidiu criar um método que exterminasse as células cancerígenas, sem os efeitos secundários da rádio e químioterapia convencionais. O objectivo era que as ondas rádio transmitidas através de um pequeno campo magnético fossem capazes de aquecer metal e de criarem energia suficiente para acender uma lâmpada fluorescente, por exemplo.” Acreditava que se conseguisse introduzir algum tipo de metal nas suas células cancerígenas, poderia aquecê-las e exterminá-las com as ondas de rádio. Morreu em 2002.
“É a ideia mais estimulante que vi em 20 anos de investigação sobre o cancro”, salienta Steven Curley, cirurgião especializado em cancro do fígado do Instituto de Oncologia de Houston, nos EUA. O potencial desta ideia suscitou o interesse de Steven Curley, que começou a fazer as suas investigações utilizando nanopartículas de ouro, que são atraídas pelas células cancerígenas e já conseguiu o financiamento de um laboratório para por em prática vários projectos ligados à ideia de Kanzius. O seu objectivo principal é tratar cancros em fase avançada.Os primeiros testes desta técnica estão a ser realizados com células de cancro do fígado e do pâncreas, os mais difíceis de serem tratados, e os resultados preliminares têm sido positivos. O cirurgião americano afirma que, dentro de dois ou três anos, estas investigações serão alargadas ao cancro da mama, da próstata e à leucemia. Embora céptico relativamente à cura do cancro, o especialista mostra-se optimista face à hipotética aquisição de um novo tratamento. “Não sei se encontraremos uma cura, mas acho que teremos um tratamento eficiente e minimamente tóxico para os doentes”, conclui.

( a 1ª foto é de John Kanzius, a 2ª de Steven Curley)