sexta-feira, 29 de junho de 2012

ATENÇÃO!!

Era uma vez dizíamos que UM MINUTO tinha 60 segundos. Pois já não é sempre assim.


“Para compensar o avanço dos relógios atómicos que medem o tempo desde 1972, em relação à rotação da Terra, o último minuto deste mês de Junho terá mais um segundo : Julho não começará depois das 23h 59m 59s do dia 30, como é habitual, mas sim após as 23h 59m 60s”

No dia 30 de Junho, UM MINUTO TEM 31 SEGUNDOS! Pena que nem demos por isso…

terça-feira, 26 de junho de 2012

História do Mundo em 2 minutos

História do Mundo em 2 minutos … rápido e bem documentado.


Seria importante recompor o final!

domingo, 24 de junho de 2012

Nas montanhas Kordofan ( Sudão)

A reportagem que se segue foi feita em 1999, no Sudão, nas montanhas do Kordofan, no centro do país. Foi o resultado de uma viagem clandestina de Carlos Narciso “várias semanas a pé pela aridez poeirenta das montanhas, 40 graus à sombra. Talvez a mais difícil reportagem que me propus realizar. Fisicamente demolidora, psicologicamente pesada.”


Passaram 13 anos. O Sudão do Sul é independente, os Nubas ficaram no norte e a sua guerra prossegue – deve ser igual. Talvez haja agora mais do que um Antonov e as condições de vida mantêm-se ou agravaram-se : as ONG foram expulsas do território, a permanência de ajuda estrangeira é clandestina, as montanhas do Kordofan do sul são o abrigo para o povo Nuba, o governo árabe do Sudão ( Cartum) continua a pretender eliminá-los – agora com uma razão acrescida : ajudaram à revolta que conduziu o Sudão do Sul à independência.

E não deixa de ser curioso lembrar que o Sudão era a antiga Núbia que fazia parte do Baixo Egipto, primeiro dominado pelo Alto Egipto mais tarde dominador – os “faraós negros” governaram o Egipto ( 747 a.C) até à invasão assíria e à perda total de independência ( com o domínio persa). A rainha do Sabá era Nuba …

Nunca mais vi reportagens do Carlos Narciso e é uma pena. Lamento que os missionários Combonianos que tanto trabalho têm desenvolvido no Sudão não tenham também como missão divulgar, pressionar, encher de vergonha o mundo que se alheia da prepotência e facilita a miséria. Mas esses bravos missionários já fazem muito !!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A “Festum Fatuorum”(Festa dos Tolos ou dos Loucos”) e a “Bohemian Grove”





Uma das tradições ligadas ao Carnaval actual será , provavelmente, a “Festa dos Tolos” ( Festum Fatuorum”), que se realizava dias antes do Ano Novo – comemorado primeiro em Março, mais tarde em Dezembro, para festejar as novas colheitas - uma herança das “saturnálias” romanas. Do séc.V ao sec. XII, a Igreja católica dinamizava os festejos e dirigia-os especialmente às suas gentes.

"Durante quatro dias do ano, o mundo ficava de cabeça para baixo: membros do clero faziam competições de bebedeira na nave. Jogavam dados em cima do altar, zurravam como burros ao invés de dizer “Amém”, faziam sermões de galhofa, baseados em paródias do Evangelho (o Evangelho segundo o Traseiro da Galinha, o Evangelho segundo o Dedo do Pé de Lucas).

Embalados pela bebedeira, seguravam os livros sagrados de ponta-cabeça, faziam orações para vegetais e urinavam de cima das torres dos sinos. “Casavam” burros, amarravam pênis gigantes de lã em suas batinas e tentavam fazer sexo com homens e mulheres dispostos a tanto. “

Em 1445, a Faculdade de Teologia de Paris explicou aos bispos de França que a “Festum Fatuorum, Festa dos Loucos, era um evento necessário no calendário cristão, para que a insensatez ou loucura que é nossa segunda natureza, e inerente ao homem, possa se dissipar livremente pelo menos uma vez ao ano. Barris de vinho de tempos em tempos estouram se não os abrimos para entrar um pouco de ar. Todos nós, homens, somos barris reunidos inadequadamente, e é por isso que permitimos a tolice em certos dias: para que, no fim, possamos regressar com maior fervor ao serviço de Deus”. ( citado por Alain de Botton em “Religião para Ateus” ).

Decisão luminosa numa “época de trevas” !

Vem isto a propósito de uma outra “festa” cujo relato li esta semana na revista “Sábado” : a Bohemian Grove.
Num ritual que se repete há 133 anos, homens poderosos dos Estados Unidos, membros do mais exclusivo clube privado ( Bohemian) e seus convidados, juntam-se numa floresta de sequóis, na Califórnia, e, “sem inibições, bebem cerveja e urinam nos troncos das árvores centenárias”.
A festa dura duas semanas de Julho (!!) – 2500 homens, ex-Presidentes dos EUA ( republicanos), executivos de petrolíferas e empresas militares, milionários, artistas – a maioria brancos, conservadores e protestantes …
As festividades começam com a “Cremação da Preocupação” ( um boneco de trapos dentro de uma urna ) e continuam com palestras, peças de teatro, bacanais ( com prostitutas e actores porno) e PLANOS … “ Parece que foi aqui, em 1942, que nasceu o Projecto Mahattan que construiu a bomba atómica”.

A festa termina com um grandioso musical onde alguns membros do clube participam, vestidos de mulheres …
CLERO, NOBREZA … para o POVO ficam os Carnavais - para todos, uma forma de deixar escapar “ a segunda natureza do Homem” !

Mas há alguns que, tendo a “loucura” latente (?), não pertencem a clubes ricos e secretos, não fazem parte do Clero que mantém os seus escapes , não gosta de Carnavais e não vai a psiquiatras – esses sim, têm muito trabalho e mérito quando conseguem apagar a “pólvora” da sua natureza louca e insensata … E então têm a sua FESTA!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Suu Kyi


Aung Suu Kyi, líder da oposição na Birmânia ( chamada Myanmar pelos governantes militares), recebeu finalmente, no dia 16 deste mês, o Prémio Nobel da Paz que lhe tinha sido atribuído há 21 anos! Não o tinha podido receber pessoalmente por estar em prisão domiciliária, quando os militares tomaram o poder e invalidaram a vitória do seu partido nas eleições legislativas. Foi então representada pelo marido e pelos dois filhos.

Em Oslo, no discurso de aceitação do Nobel, considerou que o comité que a premiou "estava a reconhecer que os oprimidos e isolados na Birmânia também faziam parte do mundo, estava a reconhecer a unidade da Humanidade".

"Para mim, receber o prémio Nobel da Paz significa que estendo as minhas preocupações em relação à democracia e os direitos humanos além das fronteiras nacionais . O prémio Nobel da Paz abriu uma porta no meu coração".

"Frequentemente, durante os meus dias de prisão domiciliária ,15 dos últimos 24 anos , senti-me como se já não fizesse parte do mundo real". E, preocupada com o facto de os "desconhecidos serem esquecidos", Aung San Suu Kyi pediu a libertação dos presos políticos na Birmânia.

"O meu partido, a Liga Nacional para a Democracia, e eu própria estamos prontos e desejosos de desempenhar qualquer papel no processo de reconciliação nacional”.



sábado, 16 de junho de 2012

“Quem se fecha à comunicação vai atrofiar o tecido cerebral”




Esta foi a frase que despertou, hoje, a minha atenção quando, como de costume, dei uma espreitadela aos títulos em destaque na Ciência Hoje que recebo diariamente.

Acertou na mouche! Tenho andado um tanto avessa a contactos, conversas, reuniões sociais. Farta das más políticas, dos problemas sociais, das impunidades da justiça que tarda, sei lá!

Tenho problemas vários a ocuparem quase totalmente o meu espírito, há vários dias. Nada de grave é certo mas o suficiente para me tornar um bocadinho bicho do mato, o que não é muito a minha praia como agora se ouve dizer.

Então, a leitura do artigo de Susana Lage, a propósito do seminário que se realiza este fim de semana, no Porto, sobre a Neurobiologia da Sabedoria do Idoso, fez mesmo um clic e vamos a isso, tenho mesmo de reagir! De acordo com Daniel Serrão e António Jácomo, coordenadores da conferência, exercitar o nosso cérebro é tão importante como cuidar do corpo com a prática do exercício físico. Eu bem o sei. Bem tenho tentado apostar em actividades mentais, na leitura, no estudo, na descoberta de coisas novas, no aperfeiçoamento das línguas estrangeiras, na troca de opiniões com familiares e amigos… Mas, conviver…isso tem sido mais complicado. Não me apetece, nada me motiva.

“O cérebro é o órgão de relação da pessoa com o mundo exterior, que inclui as outras pessoas, claro. A melhor forma de o activar é mantê-lo voltado para o mundo exterior, pelas diversas sensorialidades, e para o mundo interior, pela curiosidade que estimula a inteligência reflexiva e simbolizadora. Quem se fecha à comunicação vai atrofiar o tecido cerebral e diminuir as suas capacidades efectivas”, explicam.

Pois então…vamos a cortar o mal pela raiz e fazer uma forcinha para me voltar mais para o exterior e não continuar apenas a realizar os serviços mínimos… Tá prometido!



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um Negócio Social

Parece tão fácil …  É só ter força e saber começar!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Caracala ou a Flor Caracol e Raimundo Quintal



                                         Fotos da Quinta Jardins do Lago,no Funchal
É uma “ herbácea trepadeira, com folhas trilobadas, da família das fabáceas, originária das regiões tropicais da América do Sul. Caracala ou Flor Caracol são os seus nomes populares, enquanto nos meios botânicos é conhecida por Vigna caracalla (Vigna – em homenagem a Dominico Vigni, botânico italiano do século XVII; caracalla – de Caracas na Venezuela)”…. É interessante referir que a Vigna caracalla era uma das plantas prediletas de Thomas Jefferson (Presidente dos EUA entre 1801 e 1809), que a cultivou no jardim do Palácio de Monticello, na Virgínia. “

Quem assim diz é Raimundo Quintal , licenciado e Doutorado em Geografia pela Universidade de Lisboa , autor de diversos livros e de numerosos artigos e documentários nas áreas da Ecologia, Biogeografia e Educação Ambiental, sócio fundador e presidente da direcção da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, membro do Conselho Consultivo das Ilhas da «Seacology Foundation», com sede em Berkeley (EUA).

É relativamente pouco conhecido “no Continente” … É pena.

Porque já o tinha ouvido quando das cheias no Funchal e senti que lutava contra “moinhos de vento”, aproveitei um mail de uma amiga e vizinha madeirense com as fotos por ele mandadas, para deixar aqui um pequeno testemunho de admiração pelo trabalho que desenvolve.
                                         Raimundo Quintal


domingo, 10 de junho de 2012

Carrocel barroco …

Podia ser só um pequeno carrocel infantil com leões, girafas, macacos, elefantes, … – a “selva” habitual. Mas este também tinha um galo, um pato, porcos, touros, vacas, lindos cavalinhos e … pinturas e dourados barrocos com cortinas e música a condizer. E o dono-gerente era indiano !







Uma graça, ali, no jardim em Cascais - naquele Cascais mais antigo, longe do horrível centro comercial e perto daquela rua “mágica” onde há belíssimos gelados. E havia gente, muita gente – pequenada para o carrocel, filas para os gelados, passeantes para ver ou comprar (embora feriado, as lojas estavam abertas).

E ou os portugueses disfarçam bem ou a crise ainda aí vem ou … não é para todos – pois se nem o sol é para todos!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Não têm vergonha?!

É o que me apetece dizer às minhas “parceiras” do blogue. Eu estive doente, ando muito manso e bem disposto mas dedicado a actividades não literárias : vaguear, controlar a entrada de moscas e mosquitos invasores, “obrigar” a que brinquem comigo ou me prestem atenção, dormir … Bem sei que elas andam a aboborar de um cursito de “História da Música” que lhes levantou as antenas mas … façam o favor de dar notícias.


A minha amiga-vizinha-pintora-fotógrafa apanhou-me num descanso activo – gostei da foto e aqui fica - enquanto elas “desenterram” discos de 33 rotações ( do século passado) e limpam “gira-discos” de outros tempos … Tem graça! E eu até tenho ouvido música … coisa que há anos não acontecia regularmente por aqui – só na Ericeira, sabe-se lá porquê …




quinta-feira, 7 de junho de 2012

O mesmo tom …

No Cabo da Roca, alcachofras que esperam as fogueiras dos Santos Populares.


Em Lisboa, muito ao fim da tarde, os jacarandás que estão exuberantes e fantásticos.


terça-feira, 5 de junho de 2012

O primeiro e último trânsito de Vénus deste século


Nos dias 5 e 6 de Junho, em alguns lugares da Terra observa-se o planeta Vénus a atravessar o disco do Sol. Isso não voltará a acontecer nos próximos 100 anos. Por outro lado, é a primeira vez que acontecer ao mesmo tempo que uma nave – a Venus Express (VE) – estará à volta do planeta enquanto observa o fenómeno.

O trânsito de 2012 só será visível na sua plenitude no Oeste do Pacífico, Este da Ásia ( em Timor-Leste terá condições óptimas) , Este da Austrália e nas latitudes muito a norte.

“O trânsito de Vénus acontece apenas quando este planeta passa directamente entre o Sol e a Terra. Uma vez que o plano orbital de Vénus não está alinhado exactamente com o da Terra, os trânsitos ocorrem muito raramente, aos pares, com intervalos de oito anos, mas separados por mais de um século. O último trânsito foi em Junho de 2004, mas o próximo não será visto antes de 2117”. “Estes acontecimentos têm tido um grande interesse, porque têm sido uma oportunidade para os astrónomos medirem o tamanho do Sistema Solar. Os trânsitos do século XVIII permitiram calcular a distância ao Sol ao medir o tempo que Vénus demorava a atravessar o disco solar, de vários pontos do globo e usando depois trigonometria simples.”

Também durante o trânsito de 1761, os investigadores se aperceberam de uma coroa de luz à volta do limite escuro do planeta, revelando que Vénus tem atmosfera.

Os trânsitos de planetas têm estado a ser usados para a procura de planetas exteriores ao Sistema Solar que possam albergar vida. Se o planeta tiver atmosfera, uma pequena fracção da luz da estrela irá passar através desta atmosfera, revelando as suas propriedades, tais como a presença de água ou de metano.

Em Timor-Leste, na cidade de Dili, decorre desde dia 5 “O Projecto Universe Awareness (UNAWE), coordenado pelo astrónomo português Pedro Russo, que levará a cabo várias actividades educativas e lúdicas para as crianças, acções de formação para professores, palestras públicas, uma exposição sobre astronomia e uma sessão de observação para o público em geral – é o maior evento científico realizado no país desde a sua independência, há dez anos.


Nota : as imagens iniciais são do trânsito de 2004.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

“ A Confissão da Leoa”

É o último livro de Mia Couto e como todos um delírio de palavras e expressões não habituais, um misto de realidade e fantasia. Neste caso “é um acontecimento real – as sucessivas mortes de leões numa remota região do Norte de Moçambique” que leva um caçador e um escritor a encontrarem-se com as gentes de Kulumani e com Mariamar – que nos dá a versão nativa dos acontecimentos.


Aí ficam, ditos do escritor e provérbios nativos que se leem e releem e ficam para relembrar :

- “Não era a fala que era pouca. A vida, para ela, tornara-se um idioma estrangeiro”

- “ Sábio é o pirilampo que usa o escuro para se acender”

- “ O silêncio é um ovo às avessas : a casca é dos outros, mas quem se quebra somos nós”

…….

- “ Tem cuidado com os leões . Mas tem mais cuidado ainda com a cabra que vive no covil dos leões” ( provérbio)

- “ Um exército de ovelhas liderado por um leão é capaz de derrotar um exército de leões liderado por uma ovelha” ( provérbio)

- “ Todas as manhãs a gazela acorda sabendo que tem que correr mais veloz que o leão ou será morta. Todas as manhãs o leão acorda sabendo que deve correr mais rápido que a gazela ou morrerá de fome. Não importa se és leão ou gazela : quando o Sol desponta, o melhor é começares a correr” ( provérbio).

Leia-se o livro!!