domingo, 27 de fevereiro de 2011

Boas Notícias de Novo 17

No próximo dia 28 de Fevereiro é inaugurado, no Campus da Caparica da faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o primeiro Laboratório de Nanofabricação, em Portugal. É o resultado da bolsa de investigação ( 2,25 milhões de euros) concedida pelo Conselho Europeu de Investigação à investigadora Elvira Fortunato e possui um microscópio electrónico único no mundo que permite fabricar materiais à escala atómica.
“A equipa de investigação responsável, liderada por Rodrigo Martins, tem apostado fortemente, nos últimos anos, na área da electrónica transparente e electrónica de papel “.

Também a EDP inaugura o Fablab - o primeiro “Fabrication Laboratory português . A funcionar em Sacavém, foi inaugurado no dia 24.
“Um Fablab – conceito nascido no MIT- é um laboratório digital com máquinas de prototipagem rápida, ou seja, que permitem concretizar uma ideia, construindo um objecto ou inventando um novo conceito. Ali, os projectos são concebidos no computador, em 2D, e materializados em máquinas ( em 3D) como fresadoras, equipamento de corte a laser ou de vinil, etc.”
Em certos dias o Fablab tem acesso gratuito.

E sabem que o Centro Champalimaud se prepara para receber os primeiros doentes de cancro? E que o “passeio marítimo” junto ao Tejo, o auditório ao ar livre e o restaurante também já estão prontos?

É também motivo de orgulho saber que :

-Um grupo de portugueses está na origem de uma exposição sobre os 50 anos da agência espacial norte-americana (NASA) , inaugurada em Janeiro e patente até Novembro na Suécia . Nos próximos 6 anos irá percorrer vários países europeus ( mas não Portugal …).
“Abrange toda a história da NASA”, referiu José Poeiras, produtor da exposição organizada pela empresa holandesa John Nurminem Events, acrescentando que os visitantes entram na exposição como se estivessem a entrar num foguetão.
“NASA, a human adventure” foi concebida por José Poeiras e por José Araújo em conjunto com um americano que trabalhou nos cenários dos filmes da saga Star Wars e com o cenógrafo Éric da Costa, que também é português. Os painéis da exposição são suportados por estruturas em madeira e fibra de vidro concebidas pelas empresas nacionais Leonel Bicho e Guliver e a montagem foi feita por uma equipa de portugueses

- Um grupo de jovens da Escola Secundária de Alvide (Cascais) acaba de descobrir um asteróide ; designado por “2011 BG16”, terá mais tarde um nome português ! Esta Escola faz parte de um grupo de 20 que participaram nas últimas campanhas da “Colaboração Internacional para a Procura de Asteróides”

E sabem que esta semana encontrei muito mais Boas Notícias? Disfarçadas, escondidas, não badaladas porque convém que não ocupem o espaço e o tempo necessários às más notícias – quantas páginas e tempo de antena para os “Deolinda”? E para o endividamento? E para …

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Museu do Neo-Realismo

A poucos quilómetros de Lisboa, em Vila Franca de Xira, o Museu está agora instalado num novo edifício projectado pelo arquitecto Alcino Soutinho . Para além do Museu, integra um Centro de Investigação, uma Biblioteca especializada com espólios de autores do movimento neo- realista ligados à literatura e às artes plásticas, arquivos documentais ( fotográfico, gráfico, de Imprensa, multimédia), um Auditório, uma Livraria e uma Cafetaria.

Fomos visitar o Museu e gostámos muito da Exposição de longa duração: “Batalha pelo Conteúdo - movimento neo-realista português” até 2011.
Gostámos especialmente da colecção de Artes Plásticas e, dentro desta, da exposição de Tapeçarias de Portalegre feitas a partir de obras de grandes artistas.
Dada a natureza do espólio, “regressámos” aos 50 anos do “Estado Novo” – na literatura, no cinema, na imprensa e recordamos Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, Fernando Namora, Mário Dionísio, José Cardoso Pires,… ; filmes como” Os Saltimbancos”, os “Verdes Anos”, … jornais e revistas como “O Diabo”, a revista “Vértice” …

“É dado o destaque necessário ao contexto histórico-social da época, considerada sobretudo entre os anos 30 e meados da década de 70, acentuando dessa forma uma relação com os momentos essenciais do regime político do Estado Novo, período no qual o movimento do Neo-Realismo se afirmou e consolidou como expressão de uma perspectiva cultural e política oposicionista” – lê-se no site do museu
(http://www.cm-vfxira.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=29306)

As Tapeçarias de Portalegre, feitas a partir de obras de pintores conhecidos, são parte da exposição de longa duração do Museu.
Pena que não podemos deixar aqui o belíssimo filme que lá se projecta com a “história” da confecção de uma tapeçaria de Portalegre – desde o quadro que o pintor criou, ao “quadro” criado em papel milimétrico com todas as indicações necessárias às tecedeiras, à escolha das lãs com uma gama de cores fantástica, à montagem dos grandes teares verticais, ao trabalho das tecedeiras cujos nomes não constam em nenhum cantinho da obra final – nem mesmo no avesso … parece-me muito injusto !!

Ficam fotografias de algumas das tapeçaria com o nome dos pintores que as inspiraram:Júlio Pomar, Lima de Freitas, Júlio Resende, Cruzeiro Seixas, Graça Morais, Manuel Cargaleiro, Nadir Afonso.
E deixamos por fim uma fotografia da matriz em papel milimétrico do quadro da Graça Morais com as indicações indispensáveis para as tecedeiras.
Vale a pena visitar o Museu.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SAUDADES DE ZECA AFONSO

Logo de manhã cedo, através da rádio, ouvi e cantarolei algumas canções do Zeca Afonso, numa espécie de tributo ao grande compositor, no dia em que passam vinte e quatro anos sobre a sua morte.
Que falta nos fazem a sua voz e os seus textos! Assim, não podíamos deixar de assinalar, também nós, a data e recordar dois belíssimos poemas em duas estupendas interpretações. Fica-se sempre mais rico, depois de escutar a sua voz límpida e de ouvir as suas palavras intemporais.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mundinho pervertido!


É consensual o respeito que temos pelo economista Muhammad Yunus que inventou o microcrédito e ganhou, em 2006, o Prémio Nobel da Paz.

Agora é noticiado que, na Índia, muitos dos que recorrem ao microcrédito, se têm suicidado por não poderem pagar a dívida contraída – dívidas que deviam ser pequenas uma vez que os empréstimos deveriam estar entre os 7 e os 110 euros e os juros não deviam ultrapassar 10%.
Yunus diz que “ os objectivos do microdrédito foram distorcidos” porque as financiadoras pedem dinheiro aos bancos a 13% e cobram depois juros de 36% ! E a notícia continua : “ Além disso, os cobradores estão cada vez mais agressivos. Como as famílias não podem pagar, pressionam as pessoas a suicidarem-se para receberem o dinheiro através das seguradoras”. !! …

E aí está mais uma vez como, uma iniciativa positiva e que ajudou tanta gente, foi desvirtuada palas mentes corruptas de uma boa parte da Humanidade.
Resta termos Esperança na parte sobrante!

Nota: “na Índia, 30 milhões de pessoas dependem do microcrédito; em Portugal foram concedidos para já, 1433 microempréstimos” – revista Sábado de17/2

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Boas Noticias de novo 16


A viagem num veículo movido a energia solar


O director do Centro Ciência Viva (CCV) de Estremoz, Rui Dias, disse há alguns dias que a holandesa Ingrid van den Boogaard vai fazer um percurso nesta cidade, com um veículo movido a energia solar, um dos poucos sistemas solares que existe à escala em todo o mundo.
Rui Dias explicou que este sistema solar à escala constitui “uma importante ferramenta pedagógica para compreender a imensidão do Universo onde vivemos”.

Esta holandesa que está a efectuar uma volta ao mundo num veículo movido a energia solar, num período de quatro anos, vai dar a volta ao «Sistema Solar à Escala, em Estremoz», em apenas algumas horas.
Os promotores revelaram que esta viagem, de três horas, na qual participa Ingrid, no veículo movido a energia solar, está marcada para 5 de Março, às 11h, e convida os interessados a participarem de bicicleta. O ponto de encontro para a viagem “é o próprio Sol”, em frente ao Centro Ciência Viva e em pleno centro da cidade.

Os promotores indicam ainda que os interessados podem apreciar de perto aquele curioso veículo, a 05 de Março no mercado semanal de Estremoz, entre as 10h e as 11h, junto à banca da Ciência no Mercado do CCV de Estremoz.

Estas Boas noticias dão-nos indícios de grandes alterações no nosso futuro. Há imensas experiências com a energia solar que não são divulgadas por falta de apoios. Tenhamos esperança de um futuro menos poluído

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma homenagem ao Homem

Uma homenagem ao HOMEM rude, engenhoso, sobrevivente, inteligente, vaidoso, …

( esquecemos por agora o corrupto, o desonesto, o desumano, …)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Curta homenagem a Orlando Ribeiro


Orlando Ribeiro nasceu a 16 de Fevereiro de 1911. É considerado o fundador da Geografia de Portugal do século XX e é o geógrafo mais conhecido internacionalmente. Formou-se em Geografia e História mas também foi geólogo e um fotógrafo excepcional, um melómano, um desenhador de tudo o que observava, um professor atípico. Adorava vulcões e são dele as reportagens iniciais e o estudo da erupção do vulcão dos Capelinhos ( junto à ilha do Faial ) e do vulcão da ilha do Fogo.

Como investigador tinha uma forma peculiar de fazer Geografia Física e sobretudo Geografia Humana . Percorria o país num Renaut 4L, acompanhado da mulher ( Suzanne Daveau, geógrafa) ou de discípulos ( vários ou um ou outro mais disponível). Contactava directamente as populações, recolhia tradições, registava práticas e, desde que comprou uma “Leica” passou a recolher imensos registos fotográficos ( há cerca de 11 mil imagens a preto e branco) que juntava às notas e desenhos dos seus famosos “cadernos de campo”.
Os seus estudos estenderam-se as ex-colónias, ao Brasil, México, Marrocos e Egipto.
O seu livro mais conhecido e que pode ( e deve) ser lido por todos é “Portugal, Mediterrâneo e o Atlântico” mas também são muito conhecidos os seus estudos sobre a Arrábida – zona pela qual tinha uma grande “paixão” tal como pela Beira Baixa ( zona de transição entre o Norte e o Sul).

Foi meu professor nos anos 60. Gostava das suas aulas teóricas, admirava o seu Saber mas não gostava da forma como se relacionava com os alunos “que não o seguiam incondicionalmente”. Nos exames desses alunos fazia perguntas insólitas e queria respostas insólitas . “ O que usam as mulheres marroquinas debaixo das saias? “ ( imaginei alguma coisa excepcional e não respondi) ; “ calças, menina, calças”. Ou “ Porque está pintado de amarelo o Instituto Superior Técnico”? ( sei lá…) , “ porque é mais barato” …

Do professor, não gostei.
O Geógrafo e Geólogo, admirei. Fazia 100 anos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sábado de sol …

Depois destes dias de chuva é bom lembrar o belo sábado passado : sol e mar, fresquinho e boa companhia!
Mar de Inverno, ondas espectaculares mesmo com meia maré, descoberta de novas praias …

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hoje tive o meu momento Cinema Paraíso! Explico como foi.

Uma pessoa amiga emprestou-nos um DVD com uma versão caseira do novíssimo filme “O Discurso do Rei” que as quatro vizinhas desejavam tanto ver.
Acabadas as tarefas do almoço, juntámo-nos para uma sessão de cinema, que a tarde cinzentona de domingo estava mesmo a pedi-las. Algumas dificuldades técnicas começaram a contrariar a nossa vontade. O filme estava gravado num programa não compatível com as nossas têvês. A vizinha que é a mais dada às lides tecnológicas não é de desistir à primeira, não!
Vai disso, puxa pelos neurónios, sempre em silêncio, procurando solucionar o caso, enquanto as outras já começavam a desesperar. Incrédulas, foram vendo desenrolar fios, montar e desmontar aparelhos, experimentar ligações impossíveis, em movimentos incríveis de alquimia informática.
A certa altura, até houve necessidade de aumentar o ecrã e surgiu uma toalha branca, branquinha, na ilusão de uma imagem melhorada e aumentada. A nossa técnica tinha feito a ligação do computador a um projector.

Mais uma tentativa que nos fez renascer a esperança e até funcionou muito bem, a nível da imagem, mas… persistia a ausência das legendas!! De frustração em frustração conseguíamos que a temperatura da expectativa não abrandasse. A nossa confiança nas artes da vizinha é… TOTAL!
Foi aí que me senti… no “cinema paraíso”, a magia do cinema estava ali todinha! E a tarde ia evoluindo mas de filme mais legendas…nada! E o nosso inglês não é suficientemente fluente para garantir um acompanhamento total da história. Até já tínhamos outro filme escolhido, dos muitos que vamos comprando ou que nos vão oferecendo, para visionar mas a frustração era muita! Como nos números de magia ainda faltava um último truque, um último recurso! E não é que esse…FUNCIONOU?! Então, a nossa vizinha mágica exclamou: “digam lá que não sou fantástica?!” Todas nós, em uníssono, concordámos e sentimos que bom é ter por perto as amigas, as disponibilidades e artes de cada uma, a eficiência da síndica que nos resolve tantos problemas e que acumula com as funções de técnica informática. Vivemos no paraíso… E um dia explicamos o caso da síndica eheheh!!
Então, foi mesmo mágico, apagaram-se as luzes, em vez de pipocas tivemos direito a uns quadradinhos de chocolate e, após as primeiras imagens que já sabíamos de cor, vimos umas salvadoras letrinhas que nos garantiram o visionamento do filme. Fez-se silêncio e a história sofrida do duque de Windsor, futuro rei Jorge VI, tomou conta de nós. E gostámos, emocionámo-nos e vibrámos com a excelente representação de dois grandes, grandes actores. Rimos com alguns belos momentos de humor britânico, deliciámo-nos com aspectos da reconstituição da época, no mobiliário, no vestuário e nos adereços. Emocionámo-nos com o discurso final e acabámos reflectindo na forma como foi debelado o problema de gaguez de Jorge VI. Mais não dizemos mas fica o conselho para que o vá ver, numa sala de cinema perto de si.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Boas Notícias de Novo 15



Uma notícia publicada a semana passada dá esperança a muitos paraplégicos: os exoesqueletos vão permitir-lhes voltar a andar!
Este novo robô, o “eLEGs”, foi desenvolvido por uma empresa de tecnologia médica da Califórnia, a Berkeley Biónica, a partir de outros mais rudimentares já utilizados na Alemanha e na Suiça.
De acordo com os especialistas, os pacientes conseguiram andar durante duas horas com o protótipo do “eLEGs” e prevê-se que, daqui a dois anos, o robot estará disponível no mercado.
Uma BOA NOTÍCIA!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“VIVA MÉXICO”


É o novo livro de Alexandra Lucas Coelho, depois de “Caderno Afegão” e o último da colecção Literatura de Viagens da “Tinta da China”.

No verão passado a autora desembarcou na Cidade do México – “ Não sei nada do México e tenho uma mochila”, é assim que começa o livro que mais tarde escreveu. Na mochila levava livros sobre o México de Octávio Paz e Le Clézio, uma antologia de poesia azteca , um número precioso de contactos de norte a sul do país, um projecto para conhecer o México não turístico e tempo ( três semanas).
Chegou no ano em que se comemorava o bicentenário da Independência e o centenário da Revolução e nos meses em que, televisões, ecrãs gigantes e conversas se centravam no Campeonato Mundial de Futebol ( na África do Sul).
A viagem começa na Cidade do México, zona dos antigos aztecas ou mexicas, os povos antigos que melhor caracterizam o país. E fala-nos de lugares que evocam Cortés e Monctezuma : “ Este Novo Mundo começa no extermínio e isso há-de significar qualquer coisa. No tempo indígena significa que o extermínio histórico faz parte do presente”. Mas se nos faz sentir a violência da cidade e sobretudo do bairro Tepito ( pugilistas, traficantes, contrabandistas e outros marginais), também nos mostra a beleza “ que irrompe onde menos se espera” como na Casa Azul de Frida Kahlo e nos murais de Diego Rivera. Com a sua lista de contactos, encontra-se com escritores , responsáveis de museus e gente comum que a acolhe , conta histórias e mostra “as ruas”.

Depois segue para norte, para o deserto de Chihuahua e para a zona forte de violência associada ao narcotráfico, a Cidade Juárez. Aí, uma população amedrontada ou corruptora, vive entre os traficantes e as “maquiladoras” – fábricas ( americanas, chinesas, europeias e japonesas) onde, a custos baixos, mexicanos montam o que recebem em peças. É a globalização, o 1º contra o 3º mundo …

Vai depois para o sul, para zonas bem mais acolhedoras e calmas : Oaxaca, a região etnobotânica mais rica do México, o berço da agricultura. E leva-nos ao Monte Alban onde há vestígios da mais antiga cidade planeada pré-hispânica, pelos zapotecas. E deixa-se guiar por Francisco Toledo, o mais importante pintor mexicano vivo e grande impulsionador da cultura na cidade.
E ficamos com vontade de viver ali !!
Apresenta-nos os “muxes” de Juchitán , o 3º sexo (“ a mulher está aqui, o homem está ali e o “muxe” está no meio”) mas também os imigrantes clandestinos de vários países da América Central em trânsito para os Estados Unidos …
Subimos com a autora as serras para chegar a San Cristobal de las Casas, no território zapatista de Chiapas onde a revolução assume agora uma fase calma e com nova organização e objectivos.
E depois o Yucatán não turístico ( Cancun fica para outros autores …) com as ruínas de Uxmal e Rota Puuc, menos famosas do que Chichen Ilza mas consideradas pelos seus responsáveis mais importantes da cultura maia do que quaisquer outras.

Se o livro é uma reportagem de lugares, é sobretudo uma sucessão de encontros com pessoas com quem a autora se demora em longas sessões de “platica” ( conversa à mexicana, sem pressas) – gente comum e também artistas, padres, antropólogos, taxistas e “conhecidos que indicam outros conhecidos que também conhecem não sei quem” .
A escrita é perfeita, as imagens levam-nos lá, a viagem da autora torna-se a nossa viagem.

Fico à espera do próximo e vou procurar o seu primeiro livro: “Oriente Próximo”.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

BOAS NOTICIAS DE NOVO- 14

Agora já podemos visitar os melhores museus do mundo à distância.
Este Projecto da Google recorre ao Street View para “expor” obras de arte na internet‎.

No total, o Google Art Project dá a conhecer 17 museus de renome mundial, entre os quais o de Arte Moderna, em Nova Iorque (MoMa), o Kampa, em Praga, o Rainha Sofia, em Madrid, o Palácio de Versalhes ou a Galeria Nacional de Londres. Este conjunto conta com 385 salas onde os utilizadores podem “passear” e consultar, a partir do seu computador, quadros e obras de arte para obter informações acerca das peças e dos artistas.
Segundo Amit Sood, responsável pela nova ferramenta, o projecto, que derivou de uma ideia de funcionários da Google para usar o Street View em prol da divulgação da arte, pretende agora acrescentar mais museus e obras de arte à sua lista.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Finalmente!!


Finalmente terei onde votar.
Finalmente reconhecem-me direitos de cidadão.
Finalmente tenho um partido : o PAN, Partido pelos Animais e pela Natureza.

Foi legalizado há uma semana, com 9 300 assinaturas de humanos “ como devem ser”…
Parece que estou a brincar mas é muito a sério o propósito de “ consagrar na Constituição Portuguesa a senciência dos animais, ou seja, a sua capacidade de sentir a dor física e a psicológica”. E, claro, quem atentar contra os direitos dos animais deve ser criminalizado. Daqui até ser criada uma polícia paralela destinada a cumprir a lei irá pouco – diz o porta voz Paulo Borges que até admite ser essa uma medida para criar postos de trabalho.
O PAN pretende também que se criem hospitais veterinários comparticipados pelo Estado e que alimentos e medicamentos se possam incluir no IRS.
E mais : nas escolas deve haver aulas sobre como salvar a Natureza e cuidar dos animais.

Eu acho bem! Neste período de crise sei que há animais abandonados por donos com problemas financeiros e sem coração.
Também gostei do símbolo do partido e de saber que humanos importantes como o Dalai Lama, Maneka Gandhi, Pedro Laginha e Vítor Pomar, apoiam este partido.
E sabem o que vos digo? O que diz outro apoiante ( Rui Reininho) : “ É preciso evoluir. Também era tradição escravizar ou bater nas mulheres “ …

Se quiserem conhecer os Estatutos do partido consultem o site
http://www.partidoanimaisnatureza.com e … oiçam o HINO

TENHO DITO!! Amon

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DE ESCANTILHÃO!

Sempre gostei da palavra escantilhão, sempre gostei dos diversos utensílios que conheço por este nome. Da palavra gosto do som, da escrita, sei lá bem porquê, gosto. Como gosto de tiralinhas, pincel, godés… Do objecto, apesar de ser fraca nessas lides de desenho, ou talvez por isso mesmo recorri muitas vezes a escantilhões, enquanto aluna para medida ou modelo e mais tarde, quando tinha de fazer umas letrinhas mais aprumadinhas.
Vem isto a propósito da explicação que, mais uma vez, hoje, na rádio ouvi a jornalista Mafalda Lopes da Costa dar sobre a expressão “vir/chegar de escantilhão” que também uso com frequência. Desconhecia a origem, tirava um pouco o sentido pelo contexto mas nunca ouvira a explicação. Por me parecer curiosa, aqui fica o que ouvi.
Antigamente, o escantilhão era usado para calcular e medir distâncias e também como molde para desenhos de arquitectura. Também em tempos antigos, os terrenos eram limitados, quer por elementos naturais, como cursos de água, por exemplo, quer por pedras que delimitavam esses espaços. Entre vizinhos acontecia frequentemente que, de forma misteriosa, essas pedras eram deslocadas do seu sítio inicial, avançando por território alheio. Em caso de litígio, por causa da localização certa das pedras e respectivo tamanho do terreno, alguém vinha com um escantilhão medir a distância e restabelecer a medida certa.
Mais tarde, a expressão “vir/chegar de escantilhão” passou a estar ligada com o aparecer de surpresa, de forma apanhar algo fora do lugar certo. E, por isso se usa hoje a expressão para indicar uma chegada de roldão, em tropel, precipitada, confusa, atabalhoada.
Continuo a achar que a nossa língua é mesmo muito rica e dona de expressões muito saborosas!