domingo, 31 de julho de 2011

Boas Notícias de Novo 38

Neste tempo que talvez seja de férias escolhemos Boas Notícias que podem ser uma mais valia para quem escolhe Portugal para relaxar e para quem aqui vive cheio de preocupações …

A produção vinícola foi um sucesso :

- O vinho Herdade da Comporta Tinto 2007 foi premiado com medalha de ouro no evento “Sélections Mondiales des Vins 2011”, em Quebec, no Canadá, onde estiveram centenas de produtores de todo o mundo.

- O Moscatel de Setúbal Reserva 2006 foi considerado o melhor moscatel do mundo, ao liderar o Top 10 do 11º concurso Muscats du Monde, que se realizou em França no início de Julho e premeia anualmente os melhores moscatéis. Concorreram mais de 20 países com 210 vinhos.

Entre os dez melhores, estavam outros dois portugueses: o Moscatel de Setubal Doc, em sexto lugar, e o Moscatel do Douro Doc 10 Anos, em nono lugar.

- Os vinhos do Tejo conquistaram, numa só semana, 48 medalhas em concursos internacionais. Quatro das medalhas de ouro e dez de prata foram conquistadas num dos mais prestigiados concursos de vinho europeu: o "Concours Mondial de Bruxelles". As medalhas de ouro foram asseguradas pelos vinhos da ‘Quinta da Alorna', que arrecadaram duas das medalhas, e os vinhos ‘Fiúza Premium Branco 2009', do produtor Fiúza & Bright, e o ‘Forma de Arte Reserva Tinto 2009', ´da Quinta do Casal Monteiro. Nesse concurso estiveram em prova 7300 vinhos de 49 países.

As restantes medalhas foram conquistadas em dois outros concursos em que participaram os vinhos do Tejo : ‘International Wine Chalenge' e ‘Decanter World Wine Awards'.


Continuando nesta onda de bom vinho e boa comida encontrámos a notícia seguinte :
Charles Perry, um jornalista americano, visitou a cidade do Porto e rendeu-se às tradicionais “francesinhas” .Escreveu sobre elas no segundo jornal mais lido dos EUA, "uma desavergonhada bomba de proteínas", diz. Foram recebidas várias cartas no jornal pedindo a receita - que foi publicada.

Ainda para saber neste tempo de férias, a notícia de que O Zmar Eco-Camping Resort , inaugurado o ano passado na Zambujeira do Mar já tem oito prémios nacionais e internacionais , comprovando a ideia de que, aliar o turismo de natureza à sustentabilidade é estratégia de sucesso . Esta unidade ,certificada como Eco-hotel, foi construída em plataforma elevada acima do solo no sentido de ter uma amplitude menor de temperaturas, utilizou madeiras da floresta portuguesa certificada , as águas residuais são tratadas numa ETAR própria ( utilizadas depois para a rega dos espaços comuns) e dispõe de energia solar. Recentemente, o Zmar assinou um protocolo com a Quercus, no sentido de conservar e valorizar as lagoas temporárias e criar micro-reservas para proteger a flora nativa.

E para terminar por hoje e sem segundas intenções :

A produção de papel higiénico preto está em franca expansão com os principais consumidores nos EUA, Japão, Rússia e Austrália. Inventado pelo presidente da empresa Renova em 2005, já foram vendidos mais de 3 milhões de rolos pretos … ( humanidadezinha esquisita!!)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sou assim tão importante?

Eu sabia que sou belo, inteligente, determinado, genioso e engenhoso, não sei se bem nascido, educado assim- assim, querido pelos humanos que me rodeiam mas … darem o meu nome a uma loja em Florença?!!




Fiquei muito orgulhoso e agradeço à vizinha madeirense que anda por lá ter-me enviado a foto. Não deviam ter-me pedido autorização?

Será que há outro AMON? Será que não sou o único?! Tenho de perguntar à minha Dona …

quarta-feira, 27 de julho de 2011

“Amorzade”

Gosto de ler as crónicas do António Lobo Antunes na Visão, mas é-me bem difícil aguentar os seus livros … Na última semana a crónica tinha esse título : amorzade!!

Gosto de palavras novas ( como as que Mia Couto inventa, por exemplo), gostei desta e do que ela pode significar.

António Lobo Antunes explica a autoria da palavra e dá-lhe o significado óbvio :

“ O pintor italiano Valerio Adami dedicou-me assim um desenho. Com amorzade. E a justeza da expressão surpreendeu-me : não me tinha passado pela cabeça que é exactamente o que sinto pelos meus amigos, os vivos e aqueles que morreram, ou antes, não morreram, só não puderam vir hoje, logo à noite ou amanhã telefonam e estarão no sítio em que combinámos, sem falta, e a gente a abraçar-se às palmadas nas costas. …”

Numa época em que se fala tanto de amigos e se podem ter milhares no facebook, gosto de continuar com os poucos por quem tenho “amorzade” . E depois, é bom ter um lote maior de conhecidos …



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Andar por aí …

Foi o que fizemos a semana passada por força de termos por cá uma amiga que foi viver longe há anos e esteve uma semana em Lisboa. Só assim …

Numa tarde de vento forte passamos pelo “Lost in” e achámos graça!

Fica a seguir ao Principe Real à beirinha do Miradouro de São Pedro de Alcântara.

É loja cheia de roupa indiana tentadora mas é, sobretudo, um bar-esplanada-miradouro, de espírito indiano, muito para ter a sensação de “perdidos na Índia” – e estavam “perdidos” muitos dos jovens que por lá vimos. Não fora o vento e tínhamos ficado um pouco mais por lá.

Não nas camitas que convidam a um relax total mas nas cadeiras ou cadeirões que também os há. Não fora termos almoçado há pouco tempo e podíamos ter ficado no bar interior.



Lisboa vista dali parece bilhete postal …


Voltaremos!

domingo, 24 de julho de 2011

Boas Notícias de Novo 37


Há tempo escrevemos aqui sobre as flores de sabugueiro usadas nos rebuçados suíços Ricola e que são , em parte, levadas do norte do País. Agora temos outra notícia semelhante que vamos encarar como Boa Notícia :

Há 40 anos que exportamos bagas de sabugueiro para o grupo alemão Dinter produzir concentrados de sumos. Notícia nova é que uma delegação portuguesa conseguiu há uns meses assegurar o escoamento da totalidade da produção – duas mil toneladas de bagas negras de sabugueiro produzidas no Douro Sul serão exportadas para a Alemanha. O aumento da exportação deve-se ao elevado grau de qualidade do nosso produto : “A baga de sabugueiro da região de Távora e Varosa é a melhor produção da Europa com qualidade de excelência reconhecida internacionalmente, devido, sobretudo, às condições climatéricas que lhe conferem um grau adoçante muito acentuado”.

Tal como há tempo tinha sido dito que iria acontecer, os valores de vários produtos de exportação registaram um aumento significativo : a exportação de calçado aumentou cerca de 20%, duplicou a exportação de pêra rocha, cresceu 17% a exportação de azeite e parece que os suecos estão interessados no “Magalhães”.



Segundo um ranking elaborado pela consultora Gartner, Portugal é um dos países desenvolvidos com maior potencial para prestar serviços na área das Tecnologias de Informação , em regime de outsourcing e é colocado, na Europa, ao mesmo nível de países como a Irlanda, Israel, Escócia, Espanha e País de Gales, segundo um comunicado da associação Portugal Outsourcing, citado pelo Jornal de Negócios.

Para Frederico Moreira Rato, presidente da Portugal Outsourcing, "a entrada do nosso país neste importante ranking da Gartner vem reforçar a nossa visão de que Portugal tem potencial para desenvolver uma nova indústria de serviços exportadora de ponta baseada no outsourcing de Tecnologias de Informação e processos".

Portugal foi pioneiro na Europa ao abrir, há quatro anos, a primeira licenciatura em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Pois agora vai ter o primeiro mestrado da Europa nessa área.



E para terminar esta semana : um estudante português ( Miguel Santos, 10º ano, Alcanena) conquistou uma medalha de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática ( Amesterdão) , dois outros estudantes conseguiram medalhas de bronze ( Raul Penaguião, 12º ano,Sintra) e João Santos, 12º ano, Maia) e Luís Duarte, 10º ano, de Alcains, mereceu uma menção honrosa. PARABÉNS! ( mas não é inédito porque, em 2010, todos os participantes da selecção portuguesa às olimpíadas Ibero-Americanas foram medalhados e nas Internacionais de 2009 tiveram uma medalha de prata e três de bronze)

Nota : Há muito mais Boas Notícias que nos deixam um “amargo” ao sentir como poderíamos ter um país diferente se tivéssemos bons governantes, nenhuma corrupção, educação e instrução para todos, … paciência!!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Voltámos às Alpergatas

Pois é, viajámos no tempo e fomos recuperar algumas das boas práticas dos anos 60-70, pelo menos no que diz respeito ao conforto que merecem os nossos pezinhos, agora que o verão convida a caminhadas mais aventureiras.
Já tinha ouvido falar de umas novas alpergatas, de origem argentina, que uns jovens portugueses tinham decidido trazer e comercializar entre nós. Até já tinha adquirido na feira do artesanato um par para oferecer a quem gosta muito de calcorrear as ruas da nossa cidade, podendo portanto, confirmar o conforto das mesmas.
Recordei os tempos da nossa juventude e as alpercatas coloridas que, chegados os meses de junho-julho, saiam das caixas e faziam as delícias das nossas saídas para as noites de Alfama e dos santos populares ou das idas, ao fim de semana, a caminho das praias da Costa da Caparica.
As alpercatas ou alpargatas é um vocábulo que vem do árabe “al-parqât” que quer dizer calçado ou sandália tosca.
Em bando com as vizinhas, as de sempre e a viajante madeirense que se prepara para uma passeata por Itália lá fomos até ao local onde nos tinham dito que se vendiam as abençoadas alpergatas, lá para as Janelas Verdes. Todas enfeirámos, apesar de estarem já esgotados alguns dos modelos que mais nos interessavam. São realmente confortáveis, macias e parece que cumprem bem as suas funções. Há modelos com ou sem atacadores, para crianças e adultos, cores lisas, risquinhas, quadradinhos, aos corações e, segundo informação da loja, haverá modelos novos, em pano, é certo, mas para o Outono, também em formato botinha que, segundo a minha ortopedista é o que eu devo usar sempre que possível.
Aqui fica um vídeo que, passe a publicidade, é bem elucidativo do conceito e dos modelos de que vos falei. Os meus problemas de tornozelos e o meu gosto por andar justificam este entusiasmo todo, claro!
No regresso a casa, ainda reflectimos sobre o pouco que auferem os fabricantes destes sapatinhos de pano e no incompreensível que é, num país como o nosso, não haver quem se interesse por fazer alpergatas em detrimento dos sapatos de tacão alto, altíssimo! Enfim…é tudo uma questão de mercado!

Bons passeios nestas férias, para esquecer um pouco a crise, gastando solas mas poupando uns euritos!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Invocando Brecht


Fernando Madrinha ( Expresso) associa o comportamento dos líderes europeus face às dificuldades financeiras de países como a Grécia, Irlanda e Portugal a um conhecido poema de Brecht que corria em papelinhos escondidos entre páginas de livros inocentes quando eu andava na Faculdade e que fiz questão de ter presente ao longo da vida. Como o recordo com frequência é provável que já o tenha deixado aqui mas aí vai de novo :


“ Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários ( em tempos dizia-se comunistas em vez de operários)

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram os desempregados

Mas como tenho o meu emprego

Também não me importei.

Agora vão levar-me

Mas já é tarde.

Como não me importei com ninguém

Ninguém se importará comigo”

E continua Fernando Madrinha : “É o que se passa com a União Europeia. Primeiro levaram a Grécia e todos diziam que não era nada com eles porque não eram gregos. A Irlanda também nada tinha a ver com a Grécia, nem Portugal com a Irlanda, nem Espanha com Portugal, nem a Itália com a Bélgica” …

Quando chegar à França ou à Alemanha será que alguém se importará? Digo eu …

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Flor do Cacto


Sabendo que estava em cena, no Teatro Politeama, em Lisboa, a última produção de Filipe La Féria, "A Flor do Cacto" que é um dos grandes clássicos do teatro de comédia do século XX, decidimos ir rever esta peça, sabendo, à partida que seria um momento de descontracção de que todas tanto precisávamos.

Filipe La Féria adaptou a comédia para a actualidade, numa sátira ao Portugal de hoje, a nível das situações, da linguagem e das piadas, contando com actores como Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Hugo Rendas, entre outros.

Com base num original francês de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, foi representado em todo o mundo com enorme êxito por grandes actores como Ingrid Bergman, Walter Matthau, Lauren Bacall e Jean Poiret.

Em Portugal, Laura Alves e Paulo Renato deram vida a esta peça, estreada no desaparecido teatro Monumental, em 1967, numa produção de Vasco Morgado, ainda com a participação de Alina Vaz e Ângela Ribeiro que compareceram à estreia para recordar os tempos passados.

"A Flor do Cacto" em jeito de musical e em ritmo trepidante, bem ao modo de La Feria, é uma comédia de verão, com alguns tiques da nossa tradicional revista que se vê com agrado, que dispõe bem e nos faz soltar umas boas gargalhadas. Conta com boas representações do elenco, bastante equilibrado e empenhado. Rita Ribeiro aparece rejuvenescida, feliz e em excelente forma, muito bem acompanhada por Carlos Quintas e todos os outros actores. Muito engenhosa é a excelente maquinaria de palco que nos leva rapidamente de um espaço a outro ajudando a criar um ritmo contagiante.

De salientar que a sala estava cheia de um público fiel a La Feria e sempre disponível a vir, mesmo de longe, para aplaudir de pé e com muito entusiasmo os seus espectáculos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

SNOOPY SONHA NA AVENIDA

O Snoopy saiu das páginas e tirinhas dos livros de BD e invadiu a Av. Duque d´Ávila, em Lisboa. Pois é, desde o dia 15 de Julho e até ao dia 15 de Agosto, a Snoopy Parade, com vinte estátuas, de 2,60 metros, pintadas e interpretadas por diferentes celebridades do mundo do espectáculo e da comunicação social, vai dar um colorido diferente àquela avenida, recentemente remodelada, após cerca de seis penosos anos de obras. A iniciativa tem um objectivo bastante nobre, o de ajudar o projecto Escolas para África, da UNICEF. Em Outubro, as estátuas serão leiloadas e o produto será canalizado para o dito projecto.

A Snoopy Parade é uma iniciativa da Copyright Promotions e da Peanuts Worldwide, inserida nas comemorações dos 60 anos do Snoopy.

Já por lá passei e achei a iniciativa engraçada, criativa e alegre. Vi muitos adultos e crianças deliciados a descobrir o que levou cada “artista” a recriar um dos cães mais famosos do mundo e quase sempre associado a acções de cariz social. A “minha” avenida, já que foi lá que nasci, cresci, vivi muitos anos e aonde volto quase todas as semanas ganhou nova vida com uma ciclovia, um dos passeios mais largo e várias esplanadas onde se está muito bem, quando o tempo o permite. Vale a pena passar por lá.

O Snoopy apareceu pela primeira vez a 2 de Outubro de 1950. Durante dois anos foi uma figura silenciosa, agindo como um cão real caminhando sobre as quatro patas, mas, a partir de 19 de Outubro de 1952, começou a verbalizar os seus pensamentos dirigindo-se aos leitores através de balões. Snoopy tinha também a capacidade de entender tudo o que as restantes personagens dos Peanuts, com quem interagia, diziam.

Um dos primeiros desenvolvimentos da figura de Snoopy foi a sua tendência para dormir no telhado da casa, em vez de o fazer dentro dela. Depois, Snoopy passou a andar apenas com duas pernas como um humano.

É um cão extrovertido e com muitas virtudes. A maior parte delas não são reais, mas sonhos que fazem parte do seu mundo de fantasia e aparecem quando Snoopy dorme no telhado da sua casota. Snoopy odeia doces de coco e bolachas, tem claustrofobia, e tem um medo mortal dos pedaços de gelo que balançam em cima da sua casa, que é muito maior por dentro do que o que parece por fora - o sotão é suficientemente grande para ter uma piscina, quadros e uma televisão.

Á excepção do seu dono, Charlie Brown, o melhor amigo de Snoopy é o pequeno pássaro amarelo Woodstock e o seu super inimigo é o invisível "Gato estúpido da porta ao lado", também chamado "Terceira guerra mundial". Durante algumas séries diárias, Snoopy provocou, todos os dias, o gato e a pata do gato fazia movimentos gigantes que dizimavam a casota recém-construida de Snoopy numa extensão maior que no dia anterior. De facto, o Snoopy não gostava de gatos em geral, comentando que eles eram "as ervas daninhas no relvado da vida” e ficando ofendido com a expressão "gatos e cães", insistindo que a expressão correcta deveria ser "cães e gatos".

Schulz, numa entrevista em 1997, disse o seguinte acerca do carácter do Snoopy: "ele tem que sair do seu mundo de fantasia para sobreviver. Por outro lado, se assim fosse ele levaria uma vida miserável e aborrecida." Nem mais! Foi mesmo o que senti quando ontem passeei pela avenida da minha infância – que eu não perca nunca a capacidade de sonhar e de soltar, sempre que possível, a criança que há em mim.



domingo, 17 de julho de 2011

Boas Notícias de Novo 36

Muito se tem escrito sobre as vantagens ( e inconvenientes …) de ter animais de companhia mas, quando os estudos são “assinados” por investigadores que à partida temos como responsáveis, ficamos muito mais seguros …
E aí está uma investigação da Associação Psicológica dos Estados Unidos, publicada no “Journal of Personality and Social Psichology” a concluir que animais de companhia “proporcionam apoio social e emocional a quem os possui” !! O estudo é da responsabilidade de psicólogos da Universidade de Miami e da Universidade de St.Louis e afirma coisas curiosas como :
“ pessoas com animais de estimação têm mais qualidade de vida e conseguem resolver melhor diferenças individuais do que as que não os têm” ; “ os donos de animais têm mais auto-estima e estão em melhores condições físicas ; “ tendem a ser menos solitários, são mais conscientes do que ocorre à sua volta, são mais extrovertidos e, normalmente, são menos receosos e preocupados”.

Eu quero acreditar nos estudos científicos e por isso comecei a pensar na minha vida com e sem Amon … mas a verdade é que eles não conhecem um Amon que limpa os móveis de objectos, abre gavetas e portas, ajusta os cortinados às suas necessidades …mas é uma esperteza a “dizer” tudo o que quer, a jogar “badminton” com um rato de cauda …

Vou meditar nas conclusões e aceitá-las para já como uma Boa Notícia.

E também vou enviar o estudo a umas amigas que têm um Van Gogh que adora lamber pernas e ocupa muito, muito espaço …


sexta-feira, 15 de julho de 2011

“Festival ao Largo 2011”

Decorre no Largo de São Carlos, entre 30 de Junho e 31 de Julho. É a terceira edição, iniciativa do Opart, entidade pública que gere o teatro Nacional de S.Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

Dizem os organizadores que o festival “tem como missão a democratização do acesso à cultura erudita pelo público local, nacional e internacional e a promoção de Lisboa como destino cultural” . O programa engloba a apresentação de música coral sinfónica, dança e bailado da responsabilidade de Orquestras nacionais ( Sinfónica Portuguesa, Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa), de cantores líricos portugueses, de solistas e maestros conceituados.

O programa completo pode encontrar-se facilmente na internet.

Estivemos lá ontem. Embora o espectáculo só comece às 22h e porque o acesso é gratuito, é preciso ir cedo se quisermos ouvir sentados mas … o espaço é grande e, pelas escadas, pelas ruas anexas há imenso espaço – só as árvores não tinham trepadores … e as casas abandonadas de um lado e outro do Largo!

Ontem ouviram-se composições para dois pianos com Artur Pizarro e Vita Panomariovaite ( lituana), e peças para piano e percussão . Aí fica uma das interpretações – a única que encontrei no youtube.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nasceu um novo país independente : o Sudão do Sul

No dia 9 de Julho nasceu o país nº 193, Sudão do Sul ,depois de um referendo realizado em Janeiro em que 98.83% da população exprimiu o seu desejo de separação do Norte. Assim se dividiu o Sudão, o maior país africano, 3º produtor de petróleo de África ( depois de Angola e Nigéria), detentor de níveis de pobreza e analfabetismo enormes …
O Sudão do Sul, cuja capital é Juba, é cerca de 7 vezes maior que Portugal , tem aproximadamente 10 milhões de habitantes, 24 grupos étnicos e… petróleo – 80% da produção de petróleo do Sudão concentra-se no sul! Admire-se que o subsolo possa esconder outras matérias primas apetecíveis, as florestas de teca na parte ocidental são cobiçadas , as terras aráveis e a água abundante aguardam exploração e potenciam riqueza agrícola. Claro que parte destas terras e direitos de exploração já estão a ser concessionados a empresas estrangeiras … parece natural para quem anda pelo mundo em busca dos melhores recursos!
A taxa de analfabetismo dos sudaneses estima-se em 85%, mais de metade da população não tem acesso a água potável nem electricidade, não há estradas pavimentadas e a população depende para sobreviver da ajuda internacional – um “pobre” território!!

Nesta independência jogou-se sobretudo a rivalidade entre árabes e negros uma vez que esta é a zona fronteira entre a Arábia e a África negra. A escravatura a que os negros foram sujeitos, as más práticas do colonialismo britânico e turco-egípcio, a governação de Cartum depois da independência (1956) nada atenta ao desenvolvimento do sul e fomentando a guerrilha, alimentaram duas longas guerras ( 1956-1972 e 1983-2005) e estimularam a separação.

A Paz e o direito a vida digna dos habitantes do sul ainda está longe sobretudo porque continuam por resolver algumas questões que constam do acordo de paz de 2005 : a disputa pela região de Abyei e os mecanismos para compartilhar os rendimentos do petróleo entre os governos do Norte e do Sul . Se é verdade que as maiores reservas de petróleo estão em Abyei é no Norte que se encontram os oleodutos e os portos … Muitos espinhos para uma pálida rosa!

Mas nasceu um País – bem vindo a este Mundo globalizado cheio de “aves de rapina” …



Nota : imagens de Juba, a capital e única cidade do país.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Que tranquilidade!

A minha dona está em casa e já percebi que não vai sair.

Estou aqui esticado de olho entreaberto e ela vem fazer-me uma festa de vez em quando.

Está fresquinho e já dei por concluídas as minhas tarefas desta manhã: andei nas escadas, “ajudei” a fazer a cama, vigiei uma limpeza do frigorífico, corri atrás de um “rato” que encontrei, tentei abrir umas gavetas … é hora para um santo e merecido repouso!

Que posso querer mais? Neste momento tenho tudo, é um momento de felicidade. ( e não é isso que é a Felicidade? Um momento aqui, outro acolá? )

Eu sei que os humanos andam muito preocupados com a situação económica e financeira deste país e do mundo, com a falta de valores que julgavam adquiridos, com uma humanidade diferente daquela que tinham imaginado estar a construir. Ouço-os dizer que parece estar em colapso o paradigma em que tem vivido o mundo ocidental. Se calhar, nos meus próximos anos ( ainda só tenho quatro…), vou ouvir falar de muita coisa desagradável … ou NÃO. Já lhes disse que o que é preciso é viver um dia de cada vez, relaxar, estar ALERTA, não acreditar em salvadores da Pátria mas ter Esperança.

E claro … que não se esqueçam da minha mousse de salmão, dos biscoitos que gosto de comer ao lanche, daquela ração super para gatos bem tratados e de uns ratinhos para brincar. Crise?

Eu sou só um pobre gato que foi abandonado pela mãe …

domingo, 10 de julho de 2011

Boas Notícias de Novo 35

-A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou as Berlengas e o concelho de Santana, na Madeira, como Reserva Mundial da Biosfera . Portugal passa assim a ter sete áreas com esta classificação : ilhas do Corvo, Graciosa e Flores ; reserva natural de Paul de Boquilobo, Parque Internacional Luso-Galaico Gerês/Xurês, Berlengas e Santana.

A distinção é atribuída a “sítios do planeta inabitados ou não mas onde a presença do homem já se tenha verificado e, mesmo assim, tenha respeitado a natureza da sua formação “.

Por outro lado nas Berlengas e em Santana salienta-se a riqueza da fauna e flora endémicas, sobretudo quanto a ecossistemas marinhos (Berlengas) e à floresta Laurissilva ( Santana)

- Foi certificada a árvore mais velha de Portugal ( até ao momento, claro). Fica em Santa Iria da Azóia ( concelho de Loures) e foi um trabalho desenvolvido ao longo de dois anos pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

É uma oliveira e tem 2850 anos! Tem um pouco mais de 10 metros de perímetro de base e 4,40m de altura. O mais estranho desta notícia é pensar que, quando germinou, a Europa estava na Idade do Ferro e o actual território português era habitado por célticos , lusitanos, … . A oliveira teria perto de 800 anos quando os Romanos chegaram à Peninsula e Jesus nasceu uns anitos depois …

Se pudéssemos falar com ela, quanta história seria contada para se rever a História!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

SABES O QUE É UM HANG?

Se sabes fico contente, pois para mim foi uma novidade.

Desde muito jovem que tenho uma atracção muito forte por instrumentos musicais, embora não saiba nada de música. Assim fui acumulando vários instrumentos, desde a tradicional guitarra, bandolim, violino, cavaquinho, flautas de vários tipos, tambores, gaitas, xilofones, taças tibetanas, etc, etc…

Esta semana fui a casa de uma amiga que me mostrou um filme que tinha montado, o filme tinha um fundo musical  muito agradável que não reconheci .Normalmente tenho facilidade em descobrir os instrumentos que produzem os sons. Curiosa, quis saber que musica era aquela. Mostrou-me o disco; tinha-o comprado a um músico de rua em Barcelona.
Na capa um instrumento que não conhecia: parecia uma das nossas “campânulas” algarvias utilizadas nos cozinhados. Curiosa - vim para casa e fiz uma pesquisa. Além disso pedi uma cópia do disco para ouvir em casa.
Vou então partilhar este conhecimento com os curiosos destas coisas, como eu.


“Para começar vou começar por descrever que tipo de instrumento é.
Handpan é uma família de instrumentos parecidos com o steel drum mas tocados com as mãos.
Exemplos: Hang, Halo, Bells, Caisa, Hang SPB, Space Drum, Hapi, Zen Tambour, Bali Steel Dum, Milltone, Eclipse Drum, etc.



Estes instrumentos surgiram com mais força a partir do ano 2000 que foi quando surgiu o Hang, que foi inventado pelos senhores Felix Rohner e Sabina Schärer que criaram uma instituição (eles não gostam que chamem empresa) que se chama PANART em Bern, Suiça.

O Hang surgiu depois de uma pesquisa de 15 anos, pois as pesquisas começaram em 1985. Nesses 15 anos testaram vários tipos de metais porque se queriam livrar o metal que era utilizado nos steel drums. O metal que é usado para o fabrico dos Hangs chama-se Pang que é um aço nitretado, muito resistente e não oxida.”


“O Hang não foi criado como instrumento musical, mas sim para meditação. Também é usado por curandeiros.

O Hang é composto pelo lado Ding que é o lado onde tem uma nota central e em seu redor pode ter 7 ou 8 notas e o outro lado é o lado Gu que tem um orificio que pode ser usado como Udu. É completamente oco por dentro. O Halo e o Bells têm o mesmo formato.

lado Ding                                                   
lado Gu
Os Hanghang têm vindo a crescer bastante em popularidade sendo que, actualmente, é muito difícil comprar um, uma vez que continuam a ser feitos à mão pelos próprios inventores e estão sujeitos a uma lista de espera de vários meses.”

Agora vamos ouvir este belo som num video, poderão pesquisar outros...
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Maria José Nogueira Pinto

Longe das suas opções políticas, menos longe dos seus objectivos, se calhar perto de alguns valores que defendeu. Há pessoas que morrem cedo demais, que tinham ainda muito para fazer. Tenho pena.

Li a sua última crónica, mandada para o jornal duas horas antes de morrer quando julgava que ainda podia viver ! Aí está:

“Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.

Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.

Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.

Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.

Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.

Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.

Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.

Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.

A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi-a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.

Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati-me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.

Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.

Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.

Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Saramago de novo!

Nas últimas semanas andei de novo com Saramago, através da “História do Cerco de Lisboa”, da “Biografia José Saramago” ( João Marques Lopes) e da “Viagem a Portugal”. Como sempre fico enfeitiçada pela sua forma de escrever dizeres do quotidiano com um humor de quem vê e se revê em ditos e provérbios populares, pelas associações e considerações de natureza social e política que deixa passar de mansinho , pela forma como se deixa conhecer.

A “História do Cerco de Lisboa” nasceu de uma ideia travessa . É a história do revisor tipográfico Raimundo Silva que um dia, ao rever as provas de um livro sobre a história do cerco de Lisboa e ao chegar ao ponto em que os Cruzados dizem “sim” ao convite de Afonso Henriques para ajudar no cerco e conquista da cidade, substitui o “sim” por um “NÃO” …

E é esse gesto impulsivo, inexplicável, imperdoável para quem é o melhor revisor da editora que transforma um homem solitário, simples e monótono num homem que aprende a ser feliz! Entretanto interroga-se : porquê esse “não”? Talvez porque “é um homem vulgar que só se distingue da maioria por acreditar que todas as coisas têm o seu lado invisível e que não saberemos nada delas enquanto não lhes tivermos dado a volta completa”.

E depois teve sorte … obteve o perdão do historiador que “corrigiu” , encontrou quem acreditasse nas suas capacidades como escritor e o estimulasse com um desafio : escrever a “História do Cerco de Lisboa” sem a ajuda dos Cruzados!

Os entretantos, só lendo …



A Biografia acompanhou a distribuição da “Visão” e do “Expresso” e, embora já tenha lido outras, achei esta muito bem feita.

Para além do percurso do “menino pobre” que nasce na Azinhaga em 1922 até à sua morte, passa em revista diferentes períodos da sua vida, quer no que se refere à sua aprendizagem formal e informal, quer às suas diversas actividades e interesses ( serralheiro mecânico, empregado administrativo, escriturário, jornalista, editor, tradutor, escritor!). É também um percurso pelo tempo em que a censura e a militância política marcavam os dias, explicações sobre os vários incidentes em que esteve envolvido pós-25 de Abril e ainda algumas notas esclarecedoras sobre a génese de cada um dos seus livros e como se preparava para os escrever . E também alguns apontamentos sobre a sua vida pessoal , as suas preferências literárias, o seu amor por Portugal e por Lanzarote.

Vale a pena ler. Ainda está nas bancas de jornais.
A “Viagem a Portugal” ainda não acabei. Foi escrito antes daquela inspiração que o pôs “a escrever assim : interligando, interunindo o discurso directo e indirecto, saltando por cima de todas as regras sintácticas ou sobre muitas delas!” ( Saramago, citado na Biografia). Não é no “estilo saramaguiano” mas é com todas as outras particularidades do seu discurso. São mais de 600 páginas e estou a ler como se duma viagem se tratasse … depois conto.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mais um Presépio

Na minha visita à Exposição de Artesanato da FIL deste ano, ganhei um presépio de presente o que me deixou muito contente e contribuiu para aumentar a minha colecção de presépios. Sempre gostei desta forma de artesanato, sempre me interessei pela forma como diferentes artistas e diferentes materiais dão forma a esta sagrada família que tanto nos continua a enternecer, independentemente das nossas crenças religiosas.


O meu presente

Quando visitávamos o pavilhão português, este ano maior e mais moderno, cheio de novos artistas muito criativos, deparámos com um artista que usa o xisto, a madeira e o ferro como matéria-prima para as suas esculturas. Chama-se Luís Alenquer e pelo que nos foi dado ver e ler no catálogo tem sido muito bem recebido pelo público e pala crítica que lhe tecem os maiores elogios e depositam nele grandes esperanças na escultura nacional.

É natural de São João dos Montes, Vila Franca de Xira e actualmente reside e trabalha com xistos da região de Sintra. Já expôs em várias galerias, individualmente ou em mostras colectivas, já recebeu muitos prémios de escultura e em cada obra escreve poemas à vida e aos sentimentos mais íntimos do ser humano.

Ficam alguns exemplos dos seus presépios para poder partilhar um pouco do que vi na Feira deste ano. São olhares diferentes, semdúvida!

domingo, 3 de julho de 2011

Boas Notícias de Novo 34

Em semana de anúncio de má notícia que desagrada a todos, aí vão algumas Boas Notícias para disfarçar :

- Siza Vieira foi agraciado com a comenda das Artes e das letras Francesas, a mais alta condecoração atribuída pelo Governo Francês “aos que se distinguem pelas criações artísticas ou literárias”. O mesmo grau de comendador já fora atribuído a Amália Rodrigues, António Lobo Antunes , Agustina Bessa-Luís, Júlio Pomar, Manoel de Oliveira, João Bénard da Costa, Miguel Torga e António Coimbra Martins ( dirigiu o Centro Cultural Português da Fundação Gulbenkian, em Paris)

- Foi criada há três meses a Associação Passeio Público com o objectivo de “dinamizar a Avenida da Liberdade e voltar a fazer da avenida o passeio público tradicional”. A sua presidente é Maria João Baía que anuncia vários eventos nos próximos meses, tais como feiras artesanais, exposições de alfarrabistas, concertos, teatro ao ar livre e exposições de arte. E também a abertura das lojas depois das 19h … (dado que a maior parte das lojas é de difícil acesso para quem tem cortes nos salários ou está desempregado, faz de conta que é boa notícia …)
- Em Viseu está quase a ser inaugurado o Museu do Quartzo. Começou a ser construído em 2006 no Monte de Santa Luzia no local onde durante décadas existiu uma exploração de quartzo. Finalmente abrirá portas em Setembro ou Outubro. Levou tempo mas deve valer a pena!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Feira Internacional do Artesanato

Decorre em Lisboa, no Parque das Nações, até domingo. Realiza-se todos os anos e nós lá vamos em “peregrinação” obrigatória, uma ou duas vezes.

Este ano pareceu-nos melhor organizada e com um maior cuidado na apresentação dos pavilhões dos países convidados e do Pavilhão Nacional.



Das muitas(!!!) horas de deambulação seguindo escrupulosamente as 7 filas de cada um dos 3 pavilhões, ficaram os olhos cheios de objectos africanos, asiáticos e sul americanos, de gentes de todas as cores e indumentárias mas, desta vez, também nos encheu de orgulho o artesanato nacional. Será que não tínhamos visto bem nos anos anteriores? Será que a mostra é realmente melhor?

Gostámos de ver um monge tibetano construindo uma mandala de areia colorida – começou no início da Feira, vai interrompendo quando solicitado por isto e aquilo e irá terminá-la no domingo. Depois , como manda a tradição, irá destruí-la – tudo na vida é impermanente…



Do artesanato português gostámos de aspectos inovadores e originais em matéria de mobiliário ( em cartão prensado, cortiça, troncos; embutidos em madeira, …) mas também algumas originalidades em pequenos objectos como os presépios de xisto, por exemplo.






Ainda dá tempo : se nos lerem e estiverem perto, vão até lá. Com sorte até podem lanchar ou jantar no Pavilhão 4 … apesar da crise, estava repleto!