terça-feira, 19 de julho de 2011

A Flor do Cacto


Sabendo que estava em cena, no Teatro Politeama, em Lisboa, a última produção de Filipe La Féria, "A Flor do Cacto" que é um dos grandes clássicos do teatro de comédia do século XX, decidimos ir rever esta peça, sabendo, à partida que seria um momento de descontracção de que todas tanto precisávamos.

Filipe La Féria adaptou a comédia para a actualidade, numa sátira ao Portugal de hoje, a nível das situações, da linguagem e das piadas, contando com actores como Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Hugo Rendas, entre outros.

Com base num original francês de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, foi representado em todo o mundo com enorme êxito por grandes actores como Ingrid Bergman, Walter Matthau, Lauren Bacall e Jean Poiret.

Em Portugal, Laura Alves e Paulo Renato deram vida a esta peça, estreada no desaparecido teatro Monumental, em 1967, numa produção de Vasco Morgado, ainda com a participação de Alina Vaz e Ângela Ribeiro que compareceram à estreia para recordar os tempos passados.

"A Flor do Cacto" em jeito de musical e em ritmo trepidante, bem ao modo de La Feria, é uma comédia de verão, com alguns tiques da nossa tradicional revista que se vê com agrado, que dispõe bem e nos faz soltar umas boas gargalhadas. Conta com boas representações do elenco, bastante equilibrado e empenhado. Rita Ribeiro aparece rejuvenescida, feliz e em excelente forma, muito bem acompanhada por Carlos Quintas e todos os outros actores. Muito engenhosa é a excelente maquinaria de palco que nos leva rapidamente de um espaço a outro ajudando a criar um ritmo contagiante.

De salientar que a sala estava cheia de um público fiel a La Feria e sempre disponível a vir, mesmo de longe, para aplaudir de pé e com muito entusiasmo os seus espectáculos.

2 comentários:

Anónimo disse...

E foi tão bom!
E rimos! E vivemos esses momentos com Alegria!
Beijo.
isa.

peonia disse...

Boa! Descrição perfeita de um espectáculo maravilhoso!!Bjs