quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ZECA AFONSO

A Associação José Afonso ( AJA) tem organizado encontros que “avivam a memória” e evocam Zeca Afonso que tão bem soube exprimir as inquietações do seu tempo - nosso tempo, antes e agora.


Procurei dois vídeos no youtube, o primeiro pouco conhecido, mas que se ajustam a esta semana de aprovação do Orçamento de Estado e a um “estado de alma” com pouca Esperança. Aqui ficam.


 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um belo Outono!!

A “minha” praia apetitosa mesmo em visita curta e sem tempo para molhar o pé e apanhar mexilhão!


E o pôr-do-sol também devia estar lindo mas esse foi visto bem mais longe, para lá do recorte da Serra dos Candeeiros, por alturas de Minde e sem direito a foto.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quanta coisa por saber!!


Há tempo que investigadores tentam perceber como os vikings, entre o século VIII e XI, conseguiam ser excelentes navegadores antes da descoberta da bússola e de outros instrumentos de navegação, mesmo em condições atmosféricas adversas.

Foi agora publicado um estudo na “«Proceedings of the Royal Society A», com o resultado de uma pesquisa liderada por Guy Ropars, do laboratório de Física de Lasers da Universidade de Rennes. De acordo com essa investigação os vikings descobriram um processo de orientação através da utilização de cristais. Tratava-se de uma variedade de calcite ( espato-de-islândia) . A partir da polarização da luz conseguiam saber onde estava o sol . A descoberta de um pedaço desta calcite a bordo do barco Elizabethan que se afundou na ilha de Alderney em 1592, deu credibilidade à teoria.

“A nova investigação demonstra que com este tipo de cristal é possível determinar a posição do sol com precisão e com uma margem de erro de um grau, até mesmo ao anoitecer, quando as condições meteorológicas são adversas. Ainda no princípio deste ano, outra investigação de cientistas búlgaros sobre a polarização da luz assegurava que era possível que estes cristais tivessem ajudado os vikings a orientar-se”.

Quando navegavam sob céus nublados giravam a pedra até localizarem o ponto em que o brilho aumentava. Determinavam uma linha que indicava onde estava o sol. Para não perderem a referência, colocavam uma tocha nessa posição para se poderem guiar.


Pois bem, eu não sabia e gostei de ficar a saber através de uma pequena notícia em “Ciência Hoje”.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

LX FACTORY 2

Chega-se ao LX Factory depois de passar pelo largo do Calvário, em Lisboa, e ocupa um extenso terreno, um pouco antes das instalações da Carris, em Alcântara.


Tem ar de fábrica abandonada e foi mesmo, em tempos idos, uma fábrica de têxteis, mais tarde, uma tipografia e ainda acolheu as instalações da gráfica Mirandela. Quando a LxFactory chegou ao local, a gráfica Mirandela estava de malas e bagagens para sair. Mas desses tempos, ficaram memórias. Hoje, a Livraria Ler Devagar conserva uma das rotativas da gráfica. Só que esta não é uma livraria como as outras. Percorra-a com tempo e conheça o alfarrabista, a galeria Arthobler e o Restaurante Malaca Too - de sabores orientais - que também partilham o espaço.

Actualmente, a Lx Factory acolhe dezenas de empresas, lojas, restaurantes, galerias, estúdios, ateliers, uma excelente livraria e um comércio de produtos biológicos. Por todo o lado respira-se actividade, criatividade e fervilham ideias novas no âmbito das diferentes formas de arte e comunicação. Então, o que começou por ser o reaproveitamento de um espaço abandonado na cidade, incluído no Projecto Alcântara 21, depressa se transformou num centro cultural. Sem dúvida um espaço irreverente mas muito inovador e certamente com futuro.

Até os freelancers têm aqui o seu espaço, alugando secretárias num espaço Co-Work criado para facilitar os negócios de quem trabalha sem contractos fixos e que permite, a quem não quer ficar em casa, poder usar um espaço arejado e moderno, sempre com hipóteses de novos contactos.

Desde Dezembro de 2010, abriu uma loja tentadora que serve exclusivamente um dos mais famosos e deliciosos bolos de chocolate da cidade, o Landeau, que pode ser apreciado no local, acompanhado pelo aroma de um café ou pelo calor de um chazinho ou tisana.

Também, na nossa recente visita, descobrimos um restaurante onde é possível, sermos nós próprios a confeccionar uma refeição com a preciosa colaboração de ilustres chefs entendidos na saborosa arte da culinária.

Novos conceitos, ideias diferentes para negócios e para o desenvolvimento de workshops muito diferenciados. Vala a pena conhecer o Lx Factory.


sábado, 19 de novembro de 2011

Fundação José Saramago

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa entregou na passada quarta-feira, dia 16 de Novembro (data de aniversário de Saramago), a chave da Casa dos Bicos à fundação José Saramago.

A abertura ao público da sede da Fundação está prevista para a próxima Primavera.

Um bom destino para um edifício construído em 1523, destruído com o terramoto de 1755 e reconstruído em … 1983!


A propósito de Saramago recordo uma frase sua que me foi lembrada em espanhol e que transcrevo em português:

“ Todos me dizem que tenho que fazer exercício. Que é bom para a saúde,
nunca escutei ninguém dizer a um desportista : tens de ler! “

POIS …

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Entre a Arte e a Amizade

Ontem foi um dia muito especial aqui para o Marquesices! Querem saber porquê?

Aí vai… a nossa mãozinha pintora inaugurou num espaço muito simpático, em Belém mais uma exposição em que mostrou vinte sete quadros seus, desta vez em torno da temática “Entre o Cosmo e as Raízes”.

Uma excitação para as vizinhas e para os muitos amigos e colegas que, desde há muito, têm acompanhado com carinho, com entusiasmo, por vezes com críticas, sempre construtivas, mas com muito respeito o percurso da Lis. Percurso feito de muita paixão, muita dedicação, muita criatividade, sempre na busca de novas formas para exprimir os seus diferentes estados de alma. Esta nova colecção, para mim, leiga no assunto, traz uma alma mais quente, espraiada numa paleta muito alargada de tons e na procura de mais uma viragem na sua obra. Gostei muito do resultado final e penso que, cada um que visitou ontem a exposição, encontrou mais do que uma tela com que se pôde identificar e essa passagem, essa captação do outro é, afinal, um dos grandes objectivos dos comunicadores. E um pintor é um comunicador por excelência. Ainda por cima dá-nos a imensa liberdade de descobrir e de criar e recriar no nosso imaginário. Sem limites e sem preconceitos.

Depois, e para lá do prazer de ver, sentir e observar cada quadro, tivemos o privilégio de reencontrar antigos colegas de profissão e amigos de sempre que apareceram com o seu abraço amigo e carinhoso, levando à Lis o calor que ela merecia num dia tão feliz e que ela quis partilhar com todos os presentes. Foi cinco estrelas, como se costuma dizer. Saímos todos mais felizes, enriquecidos e ansiosos pela nova fase criadora que se adivinha.

Obrigada, Lis, e aqui ficam, em destaque três dos meus preferidos: “Círculo, fogo e luz” e “Dois Sois” e “Espaço Cósmico”.

nota: a exposição está patente até Janeiro, no Casual Lounge Caffé, na rua Bartolomeu Dias, nº 148, em Belém, para quem a queira visitar.



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mais uma boa ideia

Mais uma boa ideia, mais um bom exemplo que acabo de receber de uma amiga. Fiquei logo com vontade de ter um inspector Meireles cá no bairro, ou mesmo um destes em cada bairro lisboeta. Nem mais, um excelente serviço público! Ainda por cima cívico, bem educado, eficiente. A fazer-me lembrar a vizinha do 5º andar e eu própria, nas nossas andanças diárias, em que tropeçamos, a cada momento, em falhas graves no estacionamento, no atravessar das ruas fora das passadeiras, nos tempos de espera infinitos na paragem do 31, na falta de civismo e na raiva e má disposição de automobilistas e peões.


Parabéns ao inspector Meireles!

http://www.youtube.com/watch_popup?v=0bq-fynmZyY&vq=medium#t

domingo, 6 de novembro de 2011

“A Sul. O Sombreiro”

É o último livro de Pepetela.

Uma história centrada nos “reinos” de Luanda e de Benguela, numa Angola dos séculos XVI e XVII, quando Portugal era governado pelos Filipes de Espanha e o tráfego de escravos era o que mais enriquecia governadores, traficantes, clero e todos os que em Portugal vendiam “as peças” ( os negros) – incluindo o rei e o seu representante em Lisboa. Ao mesmo tempo procuravam-se as míticas minas de prata que nunca apareceram e alcançaram-se as famosas minas de cobre de Benguela.
Uma história centrada em Manuel Cerveira Pereira, filipino convicto, primeiro capitão de um exército que acompanhou o governador para Luanda, de seguida governador por morte do outro, mais tarde o primeiro governador do “reino” de Benguela. Homem mau e odiado pela maior parte da população, protegido pelos jesuítas e pelo Rei.
É também a história de Carlos Rocha, neto provável de Diogo Cão, negro não escravo mas sempre acossado por um pai bêbado que o podia trocar por uns copos de vinho …
Com as loucuras de um e aventuras do outro, se contam factos e lendas : sobre o reino do Kongo onde havia portugueses há mais de 100 anos e onde Mbanza-Kongo era cidade mais populosa que Lisboa ou Paris ( cerca de 100 mil habitantes); sobre os mistérios em volta das várias viagens que Diogo Cão terá feito às costa de Angola e a probabilidade de ter descoberto algo que o atraiu à foz do rio Kubal, perto de Beguela ( as minas de cobre?) ; sobre os “jagas”, guerreiros lendários temidos por negros e brancos …

Gosto sempre dos livros de Pepetela – Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, nascido em Benguela, licenciado em Sociologia, ex-guerrilheiro do MPLA, político e governante por breve período, professor da Universidade em Luanda, Prémio Camões 1997, desiludido … ESCRITOR.


sábado, 5 de novembro de 2011

Aceitar emprego na Agricultura?


Na Zona do Oeste a empresa “Primores do Oeste” emprega 180 trabalhadores estrangeiros, entre eles muitos tailandeses. Porque não portugueses?

Dizem os responsáveis que começaram por convocar para entrevistas 700 portugueses vindos do Centro de Emprego. No dia aprazado apareceram 100, no seguinte 1 !!

Empresas do Alentejo deixaram de apostar em mão-de-obra portuguesa, depois de várias diligências frustrantes. É o caso da “Maravilha Farms” ( grande produtora de framboesas) que tem agora trabalhadores de 13 países e, na Zambujeira do Mar, a “Lusomorango “ emprega 1500 estrangeiros.

Há outros exemplos, sobretudo no Oeste, no Alentejo e no Algarve.

Paga-se pouco? “ A base da remuneração é o salário mínimo acrescido de subsídio de alimentação e, por vezes, de transporte. A média é de 800 euros” – informação da empresa “Seacross” especializada na angariação de mão-de-obra tailandesa e que colocou, até agora, 400 tailandeses em propriedades desde Torres Vedras ao Algarve.

Um desses trabalhadores acrescenta que, nos meses com maiores colheitas se podem ganhar cerca de 1500 euros.
Talvez o salário médio seja baixo para o esforço que é pedido mas …
Fugir do trabalho do campo para a cidade andou durante anos a ser sinal de “melhoria de vida” – e terá sido em muitos casos!

A Agricultura não foi devidamente valorizada e foi sempre sinal de baixo nível cultural – salvaguardando-se os latifundiários, os ricos donos de terras que muitas vezes só lá iam vigiar o capataz.

Os tempos mudaram. A mecanização e novas técnicas de produção exigem conhecimentos, cultura, níveis mais altos de escolaridade. A qualidade de vida nas cidades degradou-se e fora delas está a ser motivadora de fuga de muita gente mais jovem.

Jovens que regressam a terras de família, não desempregados que buscam emprego …

É imperativo que se criem condições para gente sem terras e sem emprego arriscar e virar agricultor!

Uma boa ideia de que se tem falado é a criação de um “Banco de terras” para alugar. Umas de particulares, outras do Estado que tem 125 mil hectares de área com potencial agrícola não utilizada. Diz a Ministra da Agricultura que já há “um projecto de disponibilizar terras do Estado para jovens futuros agricultores e a preços compatíveis”.

Parece ser uma boa ideia já que só 2% dos agricultores têm menos de 35 anos – e estes com um elevado nível de qualificação e formação. No Alqueva há 120 hectares de terra que podem servir a agricultura de regadio - vamos deixar para os espanhóis?

“ A crise financeira pode ser a última oportunidade de voltar os olhos para a terra, um bem que nunca abre falência” - é assim que termina o artigo que, sobre este assunto, li na Visão desta semana.

Se muitas das pequenas empresas agrícolas familiares que se criaram nos últimos anos têm recorrido a mão -de- obra nacional e estrangeira que faz do trabalho agrícola uma forma de passar férias ( pagando para isso), talvez uma campanha de valorização do trabalho na Agricultura e Pecuária pudesse contribuir para a não importação dos 3 mil milhões de produtos agrícolas e contribuísse para o objectivo de sermos auto-suficientes num prazo de 7 a 8 anos - como desejaria o Governo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Estou a render-me ao Outono …

Sol manso, brisa suave, praia tranquila, um café e um livro … um cigarro.
Depois um céu de pôr-do-sol cheio de lindeza.
De repente comecei a gostar do Outono. É da idade? Logo se verá …