sábado, 25 de setembro de 2010

Veneza 3

Murano, Burano e Troncello

No primeiro domingo passado em Veneza, dia de sol e céu muito azul, não podia recusar o convite para visitar Murano Burano e Troncello.
De Sant´Elena, de vaporetto, o acesso a diversos pontos na Laguna Setentrional é muito fácil.

Murano – sempre muito próspera, desde 1291, foi escolhida para a fabricação do vidro porque, em relação a Veneza, segundo dizem, recebia o vento tramontano, facilitando a dispersão dos fumos no ar, protegendo da poluição o ar da cidade. Ainda hoje, Murano é sinónimo da indústria do vidro e quem chega a esta ilha, encontra muitas lojas espalhadas ao longo dos canais, onde estão expostas belíssimas peças em vidro colorido, para decoração ou bijutaria, e pode visitar o Museu do Vidro.

Burano – ao sair do vaporetto, temos a sensação de ter desembarcado num mundo de bonecas, com pequenas casas coloridas, cores muito vivas e contrastantes, canais estreitos, muitos barcos igualmente coloridos e um permanente ambiente de festa.
Segundo a tradição popular, Burano, que alberga uma população maioritariamente piscatória, usa desde sempre estas casas coloridas que ajudavam os pescadores, nos dias de neblina, quando voltavam a casa depois da faina, a encontrar mais depressa o caminho para os seus lares.
Outros dizem que as cores alegres são uma forma de reacção ao clima húmido, com frequentes neblinas, dando à ilha um aspecto mais alegre e festivo. Hoje, Burano é igualmente famosa pelas suas rendas. Segundo uma lenda, um marinheiro terá conseguido resistir ao chamamento das sereias e recebeu como recompensa uma espuma mágica que, mais tarde se transformou num véu de renda para a sua noiva.

Troncello – aqui encontra-se a Basílica Troncello, dedicada a Santa Maria Assunta, uma curiosa catedral fundada em 639, remodelada em 1008 e que mantém a sua estrutura românica, com paredes de tijolo e um pórtico com arcadas do séc. IX. Mas o elemento mais curioso desta basílica é o pavimento de pedra e vidro do séc. XI, mantendo as fortes cores e os desenhos geométricos bem nítidos, aspecto que, inadvertidamente fotografei através de uma janela entreaberta e, só depois descobrir ser interdito fazê-lo.
Foi um belíssimo passeio inesquecível, completado com um saboroso almoço típico da região – fritada de peixes mistos, arroz negro e os famosos biscoitos que lembram na forma os nossos S, embebidos em licor quente e um excelente e forte café italiano. Nada mau!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelentes fotos.
Deve ser muito bonito.
Beijo.
isa.

peonia disse...

Um deslumbramento estas fotos! E depois o texto que nos elucida sobre o passado e presente de Veneza...