terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Louva-a-deus e a origem da Humanidade


É uma lenda bochimane que Richard Zimler transcreve num seu livro de 2003 e que só li agora : “Meia-Noite ou o Princípio do Mundo”. ( “Meia-Noite”/ Midnight é um bochimane)

“ No princípio do Mundo, uma abelha-fêmea salvou o Louva-a-deus das águas do Grande Dilúvio agarrando nele e voando para longe. No terceiro dia da viagem por cima do mar infindável, exausta, voando cada vez com mais dificuldade, viu uma gigantesca flor branca. Estava meio aberta e erguia-se dentro de água como se estivesse a chamar o Sol que ainda estava escondido atrás das zangadas nuvens cinzentas das chuvas diluvianas. Antes de renunciar à vida, depositou o Louva-a-deus no centro da flor e com ele a semente dos primeiros homens e das primeiras mulheres”.

E é por isso que, para os bochimanes, enquanto o Louva-a-deus estiver em nós a VIDA não nos abandona …

Em “Meia-Noite ou o Princípio do Mundo”, o autor volta aos descendentes do primeiro Zarco do “Último Cabalista de Lisboa” – três séculos depois . A partir do personagem John Zarco Stewart, filho de uma judia portuguesa e de um escocês, nascido no Porto no início do séc.XIX, o autor constrói uma história que une três continentes ( Europa, África, América) e fala, sobretudo, da intolerância entre os humanos.
“Meia-Noite” é um bochimane de metro e meio, curandeiro e antigo escravo que vem para o Porto trazido de África pelo pai de John …


1 comentário:

Rosa dos Ventos disse...

Se for tão interessante como "O Último Cabalista de Lisboa" vale a pena ler!

Abraço