Foi o que aconteceu há pouco quando olhei para um “maço de cigarros” que em tempos se vendeu em balcões de livrarias : “ Diz sim à dependência poética”. Os cigarros são rolinhos de poemas. Fui tirando ao acaso. O primeiro era um belo poema de Miguel Torga a Guevara. Outros são de Ary dos Santos cantados e bem conhecidos, outros de Manuel Alegre, Agostinho Neto e de outros menos conhecidos mas de pendor revolucionário.
Fiquei com o de António Gedeão, tão bem cantado que foi :
“Não há machado que corte”
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte
Se ao morrer o coração
Morresse a luz que me é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão
Nada apaga a luz que vive
Num amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre.
E acabei a fumar um verdadeiro, ao friozinho da noite, com Vénus “sozinha” no céu um pouco acima do horizonte e umas crianças “irritantes” que montaram tenda num relvado próximo e, sem frio aparente, falam, cantam e dançam …
1 comentário:
Sempre que se trate de poesia eu... digo sim e sou totalmente dependente! Muito bem escolhido!
Graças às maravilhas da tecnologia agora temos a Ericeira em linha, que bom!!
Abraços
ZIA
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