segunda-feira, 4 de abril de 2011

Gene Sharp

É, ao que parece, o “guru” dos novos movimentos mais ou menos pacifistas que têm reagido contra ditadores e autocratas.

Tem 83 anos, vive a maior parte do tempo no seu pequeno apartamento em East Boston, entre livros, cães e o cultivo de orquídeas. Admirou e estudou profundamente a vida e obra de Ghandi, a luta pelos direitos civis de Luther King e na de outros pacifistas e nelas se inspirou para escrever, em 1973,“The Politic of Non Violent Action” ; em 1983 funda uma ONG que divulga métodos de acção não violenta e em 1992 escreve “a bíblia dos revolucionários não violentos”: “Da Ditadura à Democracia”. A seguir escreve “ 198 Métodos de Acção Não Violenta” cujo conteúdo foi testado durante uma estadia na Birmânia. São estes os manuais de revoluções pacíficas usados na Tailândia e na Indonésia contra as ditaduras . Diz-se que foram inspiradores das organizações responsáveis pela queda de Milosevic (Sérvia, 2000) e , em 2009, inspiraram o “movimento verde” do Irão. São conhecidos por todos os movimentos pró democracia da Geórgia, Ucrânia, Quirguizistão e Bielorússia e hoje são usados pelos revolucionárias árabes.

Deve-se a Sharp “a ideia de atribuir uma cor imediatamente reconhecível às revoluções – verdes, laranjas, rosas,etc”
Segundo Sharp “ as ditaduras têm fraquezas e uma acção pacífica bem planeada pode fazê-las cair”. “O sucesso de uma revolução assenta na capacidade que os seus organizadores terão para enfraquecer a aliança entre funcionários públicos, polícias e soldados que normalmente suportam os autocratas. O seu sistema de recompensas e punições deve ser desestabilizado”.

Para saber mais, nada como aceder ao site seguinte e fazer download do livro “Da Ditadura à Democracia”, traduzido para português ( brasileiro)

Os ditadores que se cuidem !!! ( SERÁ??)

1 comentário:

ZIA disse...

Gostei de conhecer este "guru" pacifista. Com tempo, hei-de ler mais coisas sobre as suas estratégias para fazer vingar as democracias.
Obrigada
ZIA