Imaginam um país que privilegia “a felicidade nacional bruta sobre o produto nacional bruto”? Esse país existe, segundo os observadores: é o BUTÃO, o Reino do Dragão.
Esta notícia já tinha sido há tempo divulgada, a propósito de um inquérito sobre o “grau de felicidade dos povos” mas, li agora alguma coisa mais sobre o seu rei – o mais jovem do mundo (28 anos), Jigme Khesar.
O Butão é um país montanhoso, situado nos Himalaias, entre a China e a Índia. Tem cerca de 700 000 habitantes, maioritariamente budistas.
Durante o sec.XX, o Butão ainda conservou um certo isolamento e deixou mesmo a gestão dos negócios estrangeiros e a defesa a cargo da Índia (antes e depois da independência deste País) – desde que não interviessem na vida interna do Butão. É membro da ONU desde 1971.
O rei (pai do actual) teve como preocupações principais: o desenvolvimento da agricultura de forma a assegurar, até hoje, as necessidades internas, a preservação de costumes e valores, o desenvolvimento de uma consciência nacional sólida, com participação activa na vida política e económica do país. Teve o rei-pai uma outra preocupação: proporcionar ao filho uma educação que lhe desse uma compreensão profunda da cultura e história do Butão e, ao mesmo tempo, uma capacidade teórica e técnica para modernizar e abrir o país ao mundo sem esquecer o “princípio da felicidade” sobre a economia. Formou-se nos Estados Unidos, fez um mestrado em Filosofia Política em Oxford, estudou defesa militar em Nova Deli.
Esta notícia já tinha sido há tempo divulgada, a propósito de um inquérito sobre o “grau de felicidade dos povos” mas, li agora alguma coisa mais sobre o seu rei – o mais jovem do mundo (28 anos), Jigme Khesar.
O Butão é um país montanhoso, situado nos Himalaias, entre a China e a Índia. Tem cerca de 700 000 habitantes, maioritariamente budistas.
Durante o sec.XX, o Butão ainda conservou um certo isolamento e deixou mesmo a gestão dos negócios estrangeiros e a defesa a cargo da Índia (antes e depois da independência deste País) – desde que não interviessem na vida interna do Butão. É membro da ONU desde 1971.
O rei (pai do actual) teve como preocupações principais: o desenvolvimento da agricultura de forma a assegurar, até hoje, as necessidades internas, a preservação de costumes e valores, o desenvolvimento de uma consciência nacional sólida, com participação activa na vida política e económica do país. Teve o rei-pai uma outra preocupação: proporcionar ao filho uma educação que lhe desse uma compreensão profunda da cultura e história do Butão e, ao mesmo tempo, uma capacidade teórica e técnica para modernizar e abrir o país ao mundo sem esquecer o “princípio da felicidade” sobre a economia. Formou-se nos Estados Unidos, fez um mestrado em Filosofia Política em Oxford, estudou defesa militar em Nova Deli.
Conta-se que a preocupação com as pessoas contribuiu para uma participação de 80% da população nas eleições para o Senado, em Dezembro de 2007: os patrões concederam um dia de licença aos empregados para irem votar, os eleitores de aldeias afastadas tiveram uma compensação financeira, “em função do número de dias “ gastos na deslocação às secções de voto.
É verdade que a televisão e a Internet só chegaram há menos de 10 anos e só desde 1970 se abriu o país ao turismo, que é agora uma das principais fontes de receita, a par da venda de energia hidroeléctrica à Índia. Em todas as empresas com capitais estrangeiros, 51% do capital pertence a butaneses e, de acordo com a Constituição, 60% do território deve continuar coberto de florestas... Diz-se que o actual rei “oferece e até impõe aos súbditos melhorias financeiras e democráticas” mas que isso só interessa se as pessoas forem felizes.
Gostei de saber que, neste mundo globalizado, há pelo menos um país com a preocupação de modernizar sem desaculturar, de desenvolver económica e financeiramente o povo sem pôr em causa os seus valores ancestrais, de não ter vergonha de afirmar que “a felicidade nacional” é mais importante “ que o produto nacional bruto”.
Se a Finlândia e a Irlanda são os nossos paradigmas, gostava que o Butão também o fosse! Mas, como nada é perfeito, soube que o Butão foi o primeiro país a proibir a venda e o consumo público do tabaco …
Nota: a maior parte das informações recentes sobre o Butão são do “Courrier Internacional” de Junho 2008.
É verdade que a televisão e a Internet só chegaram há menos de 10 anos e só desde 1970 se abriu o país ao turismo, que é agora uma das principais fontes de receita, a par da venda de energia hidroeléctrica à Índia. Em todas as empresas com capitais estrangeiros, 51% do capital pertence a butaneses e, de acordo com a Constituição, 60% do território deve continuar coberto de florestas... Diz-se que o actual rei “oferece e até impõe aos súbditos melhorias financeiras e democráticas” mas que isso só interessa se as pessoas forem felizes.
Gostei de saber que, neste mundo globalizado, há pelo menos um país com a preocupação de modernizar sem desaculturar, de desenvolver económica e financeiramente o povo sem pôr em causa os seus valores ancestrais, de não ter vergonha de afirmar que “a felicidade nacional” é mais importante “ que o produto nacional bruto”.
Se a Finlândia e a Irlanda são os nossos paradigmas, gostava que o Butão também o fosse! Mas, como nada é perfeito, soube que o Butão foi o primeiro país a proibir a venda e o consumo público do tabaco …
Nota: a maior parte das informações recentes sobre o Butão são do “Courrier Internacional” de Junho 2008.
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