Quando estou com uma “telhazita” faz-me bem comprar livros.
Hoje foi dia e rumei à FNAC. Trouxe dois que procurava e outro que encontrei:
“Pedalar devagar – quatro anos de bicicleta pela Ásia” de Valérie e João Gonçalo Fonseca; “O Terrorista de Berkeley, Califórnia” “ do Pepetela e “Istambul – Memórias de uma cidade” de Orhan Pamuk, Prémio Nobel em 2006. Claro que vou começar pelo primeiro – estou mesmo a precisar de “pedalar devagar”…Depois conto.
Quando penso em livros que me tenham marcado, parece tolo, mas vem sempre primeiro “Robinson Crusoé “ de Daniel Defoe. Comecei por uma leitura com ilustrações a preto e branco e com um texto que, percebi mais tarde, era simplificado e censurado – não sei por quem. Tinha 10 ou 11 anos. Li mais tarde a versão original. O autor escreveu o livro em 1719, inspirado provavelmente na vida de Alexander Selkirk. Este escocês foi abandonado na ilha deserta de Juan Fernandez, a cerca de 750 km de Santiago do Chile e aí viveu de 1704 a 1709. Na história de Daniel Defoe, Robinson viveu na ilha durante 4 anos e 4 meses, criando, com os poucos utensílios que conseguiu recuperar do barco naufragado, tudo o que precisou para sobreviver. Um dia, ao encontrar pegadas na areia, descobriu que não estava só e entra na história o Sexta-Feira. Quando foi encontrado e regressou à civilização, a história deixou de ter graça.
Achei interessante encontrar há tempo, numa ”National Geographic”, uma imagem do local provável onde Alexander Selkirk teria construído a sua casa na que é hoje conhecida “Ilha de Robinson Crusoé”. Foi uma busca de 10 anos, dirigida pelo explorador Daisuke Takahashi que conclui: “É fácil compreender de que forma Selkik venceu aqui a sua solidão“, “é um local pacífico, ouve-se o som de um ribeiro e pássaros a cantar”.
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