Aqui ficam umas notas finais, uma semana após o nosso regresso da visita a Londres.
Fiquei, realmente, impressionada com a cidade.
De paixão, continua a ser a minha relação com Paris, mas rendi-me a um fervilhar de acontecimentos, de possibilidades, de actividades culturais de todo o género que Londres oferece a quem a visita.
Rendi-me aos espaços verdes que nos proporcionam momentos inolvidáveis de liberdade, de lazer e de prazer.
Descobri uma população diversificada, nos trajes, na postura, nos hábitos culturais que convive num ambiente de tolerância e liberdade impressionantes. E vi, à frente de muitos negócios e de postos de trabalho pessoas das mais variadas raças e feitios.
Senti-me fascinada com o ritmo da cidade que corre pelas artérias e parques, sempre em actividade física, num culto pela «mente sã em corpo são», tão em voga nas sociedades modernas.
Espantei-me com a rede de transportes que serve a cidade e os arredores, de tal forma eficaz que nunca assisti a uma discussão por um lugar na fila nem por um atraso no cumprimento do horário, embora me tenha apercebido de alguns problemas nas ditas horas de ponta…
Encontrei, em cada canto ou recanto da cidade, um acontecimento musical, um happening, uma divulgação cultural a que é possível assistir gratuitamente.
Verifiquei a comunhão da população com a natureza, com o «green» e com o sol que, mal desponta atrai a esses lugares de repouso muitas pessoas que, antes de regressarem a suas casas, recarregam energias e convivem com crianças e animais. Constatei que não se vêem animais abandonados nem ruas sujas com dejectos, embora a recolha dos lixos obedeça a um plano semanal que pode ser discutível, não é diária na maior parte dos bairros residenciais.
Apercebi-me do valor de uma nesga de sol num céu tantas vezes cinzento e chuvoso e entendi por que motivo, mesmo com mau tempo, as londrinas andam à chuva de havaianas…têm de aproveitar o verão que passa fugaz…
Encontrei uma cidade muito bem assinalada, o que facilita bastante a deslocação pelas ruas e a utilização dos transportes. Também, uma cidade florida, com muitos arbustos e com petúnias multicoloridas em canteiros e vasos suspensos nas ruas e nas varandas dos edifícios.
É uma cidade cara, é certo, o nível de vida é elevado ou, então, é o nosso que fica muito aquém do que seria desejável numa Europa do século XXI.
Finalmente, senti…segurança! È verdade, saímos, usámos o metro e andámos por ruas mais ou menos movimentadas sem sentir receio e vimos muitas pessoas, estrangeiras ou locais, com o mesmo sentimento, circulando com o mesmo à vontade.
E acabei por concordar, em grande parte, com o escritor do século XVIII, Samuel Johnson «A man who is tired of London, is tired of life»
4 comentários:
Parabéns pelas fotos.Mto boas!!
Conhecia a frase inglesa e achei graça.Foi bom voltar a ler-te. jokas.
isa.
Gostei muito da reportagem toda e deste final também. Obrigada. Até me fizeste gostar de Londres ...
Um dia vou confirmar.
Abraço
Apreciei muito as "Crónicas de Londres".
No entanto, Paris será sempre Paris..mas não esquecer que só se pode amar aquilo que se conhece e, desta vez, o percurso valeu a pena!
Hoje vim dar mais uma vista de olhos ao vosso blog. Continua fascinante e escrito de uma maneira viciante!
ADOREI este post. Descreve tudo aquilo que me faz gostar tanto de viver aqui e que me faz acordar de manhã com um sorriso por viver nesta cidade.
E a frase final...fantástica!
Não conhecia mas encaixa na perfeição...
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