domingo, 1 de junho de 2008

CELEBREMOS A CRIANÇA


Celebro, hoje, as crianças, a criança que fui, a criança que teimosamente vive em cada um de nós e ai daquele/a que a tenha abafado. Não é, certamente um adulto completo!

Celebro as crianças do mundo inteiro, as que sofrem nos quatro cantos da terra, as exploradas, as mal-amadas, as violadas, as discriminadas, mas também as felizes, as que levam uma vida normal, que brincam, que estudam, que jogam, que riem e nada há de mais contagiante que o sorriso ou a gargalhada espontânea de uma criança.

Celebro ainda uma fase da qual, talvez pela magia que o passar do tempo opera em nós, guardamos bem vivas recordações, episódios, factos, felizes uns, menos agradáveis outros, mas que todos persistimos em manter presentes e enchem, pelo menos, na minha família, muitas reuniões em que os mais novos nos pedem:« Conta…conta como foi…a sério?...». E ficam incrédulos com a nossa inocência, com a forma como sabíamos divertir-nos, como fintávamos os mais velhos, como éramos felizes!

E hoje porquê?
Porque a Federação Democrática Internacional das Mulheres estipulou, após a 2ª Guerra Mundial, em 1950, que seria o dia um de Junho o dia Mundial da Criança.
Após a Guerra, muitas das crianças dos países que nela estiveram envolvidos viviam bastante mal, com falta de alimentos, de bens essenciais e de cuidados de saúde. Muitos ficaram órfãos, privados da escola e obrigados a trabalhar, desde tenra idade.
Em 1946, alguns países da ONU começaram a tentar resolver estes graves problemas e, assim nasceu a UNICEF.
Reconheceu-se (no papel, claro!) que, a partir desse dia, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, às crianças deveria ser garantido afecto, amor, compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação gratuita, protecção contra todas as formas de exploração e direito a crescer num clima de Paz e Fraternidade.

É sempre bom lembrar, nem que seja num só dia do ano, o muito que os governantes, o poder local, a escola, as diferentes igrejas e cada um de nós tem obrigação de fazer para que cada vez mais crianças possam crescer em harmonia, em plenitude, preparando-se para, amanhã serem adultos responsáveis e realizados.

Estou, neste momento a ler um livro bastante interessante que recomendo a quem aprecie o género: «Infância, quando eles eram pequeninos», recolha de vivências da infância de cerca de 30 pessoas da nossa sociedade, organizada pela jornalista Sarah Adamopoulos. É curioso como a história se repete!

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns por esta celebração do Dia da Criança"!! Que pena ñ ser,como dizem,para todas!! Mas nós temos uma criança dentro do nosso peito!!Enquanto ñ conseguimos fazer qq. coisa pelas outras, ao menos alimentemos esta,a nossa,para pensar nas outras,tb. No Sonho,na Vida. Abraços.isa

goiaba disse...

A "criança que há em mim agradece" teres lembrado o seu dia e deixado aqui este texto. Lembrar o dia também é uma homenagem a quem, em todo o mundo, acolhe crianças sem família e as ajuda a crescer.

irene andrade disse...

Enquanto todo o mundo e vocês celebravam " a criança " eu zangava-me com um adulto. E então pensei como o mundo dos adultos nos violenta e desencanta, enquanto o mundo das crianças nos maravilha e purifica... e nos"desarma" !!