A morte de um amigo ou familiar, por muito habituados que estejamos à ideia de que a vida tem um fim, surpreende-nos sempre e perturba-nos.
Na noite de sábado morreu uma amiga, tia –avó da Goiaba nossa parceira no Blog.
Tinha 95 anos, estava há três semanas despedindo-se da vida, mas lutando ainda, com a coragem que lhe conhecemos para permanecer entre nós.
Tive o privilégio de durante largos anos da minha vida conhecer esta fantástica mulher e de ter por ela uma grande ternura. Mulher de uma geração em que a vida lhes foi dura, que assistiu a duas guerras mundiais, a 40 anos de fascismo, à luta pela independência da mulher na estrutura social da época.
Não casou, dedicou a vida à sua profissão modesta e a cuidar da família. E nunca a vimos aborrecida, zangada ou queixosa. Tudo aceitava sem lamentos e sempre mimou quem a visitava com pequenos presentes, que era a partilha do que lhes era dado pelos amigos que tinham as hortas: abóboras, nabos, limões, chás de ervas etc…Nós aceitávamos porque sabíamos que lhe dávamos alegria e tudo vinha carregado do muito amor.
No funeral a agência funerária entregou-nos uma pagela, onde para além da fotografia dela e dos dados biográficos tinha a transcrição de um “poema” de STo.Agostinho que achei interessante e que vem como um consolo aos humanos.
SE ME AMAS NÃO CHORES
Se conhecesses o mistério imenso
do Céu onde agora vivo,
este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias, se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus,
na sua infindável beleza.
Permanece em mim o teu amor,
uma enorme ternura
Que nem tu consegues imaginar.
Vivo numa alegria puríssima.
Nas angústias do tempo
pensa nesta casa onde um dia
estaremos reunidos para além da morte,
matando a sede
na fonte inesgotável da alegria
e do amor infinito.
Não chores,
Se verdadeiramente me amas.
Sto Agostinho
Não chorei, deixei umas flores e um cartão:” até sempre amiga!”
Na noite de sábado morreu uma amiga, tia –avó da Goiaba nossa parceira no Blog.
Tinha 95 anos, estava há três semanas despedindo-se da vida, mas lutando ainda, com a coragem que lhe conhecemos para permanecer entre nós.
Tive o privilégio de durante largos anos da minha vida conhecer esta fantástica mulher e de ter por ela uma grande ternura. Mulher de uma geração em que a vida lhes foi dura, que assistiu a duas guerras mundiais, a 40 anos de fascismo, à luta pela independência da mulher na estrutura social da época.
Não casou, dedicou a vida à sua profissão modesta e a cuidar da família. E nunca a vimos aborrecida, zangada ou queixosa. Tudo aceitava sem lamentos e sempre mimou quem a visitava com pequenos presentes, que era a partilha do que lhes era dado pelos amigos que tinham as hortas: abóboras, nabos, limões, chás de ervas etc…Nós aceitávamos porque sabíamos que lhe dávamos alegria e tudo vinha carregado do muito amor.
No funeral a agência funerária entregou-nos uma pagela, onde para além da fotografia dela e dos dados biográficos tinha a transcrição de um “poema” de STo.Agostinho que achei interessante e que vem como um consolo aos humanos.
SE ME AMAS NÃO CHORES
Se conhecesses o mistério imenso
do Céu onde agora vivo,
este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias, se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus,
na sua infindável beleza.
Permanece em mim o teu amor,
uma enorme ternura
Que nem tu consegues imaginar.
Vivo numa alegria puríssima.
Nas angústias do tempo
pensa nesta casa onde um dia
estaremos reunidos para além da morte,
matando a sede
na fonte inesgotável da alegria
e do amor infinito.
Não chores,
Se verdadeiramente me amas.
Sto Agostinho
Não chorei, deixei umas flores e um cartão:” até sempre amiga!”
2 comentários:
Acreditem que partilho esse "Até Sempre". Ñ conhecia a Senhora,pessoalmente,mas sim através do q. a minha irmã me contava e da imensa ternura q. Goiaba tinha por ela.Aqui fica uma flor.bjo.
isa.
Isa e Lis
Obrigada pelo comentário e pelo texto. Foram-se todas as minhas "velhotas" mais queridas.
Bjinhos
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