Hoje, de acordo com o calendário é dia da Mãe, o dia de todas as mães, em todo o mundo.
Hoje, muitas mulheres viverão um dia alegre, cheio de risos e flores, rodeadas de ternura, embaladas por sonhos e memórias, mas também haverá muitas que viverão mais um dia de abandono e de dor, submersas em perdas, ausências e pesadelos.
A Mãe é decerto a presença mais forte na nossa vida, ao longo dos anos, como âncora, modelo, fonte de inspiração, confidente, cúmplice e figura no nosso imaginário com uma paleta infindável de tons e meios-tons que se multiplicam indefinidamente.
Agradeço à vida a sorte de ter tido uma Mãe extraordinária, como pessoa e como educadora. E como foi ela a responsável pelo meu grande gosto pelos poetas e pela poesia, aqui fica, para relembrar ou descobrir o belo texto de Almada Negreiros, que dedico a todas as Mães, neste dia:
«Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado! Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!»
Hoje, muitas mulheres viverão um dia alegre, cheio de risos e flores, rodeadas de ternura, embaladas por sonhos e memórias, mas também haverá muitas que viverão mais um dia de abandono e de dor, submersas em perdas, ausências e pesadelos.
A Mãe é decerto a presença mais forte na nossa vida, ao longo dos anos, como âncora, modelo, fonte de inspiração, confidente, cúmplice e figura no nosso imaginário com uma paleta infindável de tons e meios-tons que se multiplicam indefinidamente.
Agradeço à vida a sorte de ter tido uma Mãe extraordinária, como pessoa e como educadora. E como foi ela a responsável pelo meu grande gosto pelos poetas e pela poesia, aqui fica, para relembrar ou descobrir o belo texto de Almada Negreiros, que dedico a todas as Mães, neste dia:
«Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado! Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!»
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