As férias grandes são sinónimo e oportunidade para desenvolver inúmeras actividades que vão das férias aos passeios, das leituras adiadas aos filminhos amontoados junto ao televisor, do descanso às refeições leves e aos petiscos saborosos e…às limpezas de Verão!
Estas sempre foram uma canseira, uma dor de cabeça inevitável mas também uma oportunidade única para nos desfazermos de algumas inutilidades e de alguns monos que fomos juntando ao longo do ano. Depois, cada vez temos menos espaço para as nossas coisas, para aquelas de que não conseguimos separar-nos, para os livros, para os DVDs e CDs, para os recortes, para as revistas, para as fotos, para as roupas, para as recordações de viagens…
Então, inicia-se uma primeira fase de «limpeza», quer dizer, passa-se quase tudo em revista, mudam-se as prateleiras, as caixas e os arquivos e… sobra quase nada para dar (e a quem dar, hoje, muito do que guardámos com tanto carinho, empenho, profissionalismo?), para deitar fora (e como ter coragem para mandar para a reciclagem ou mesmo literalmente para o lixo, coisas que conviveram connosco, que são testemunhas do nosso dia a dia, da nossa profissão, sem as tecnologias de que hoje dispomos, que são como que um prolongamento da nossa essência?) ou, finalmente para voltar a guardar, alterando apenas o sítio onde vão ficar à espera de melhores ou piores dias…
Neste momento, lembro o quarto das arrumações que havia nas nossas casas antigas, nas casas dos nossos pais onde cabia sempre mais qualquer coisa. E vem-me à ideia que tudo pode vir a ser preciso, que a moda é cíclica, tudo voltará a usar-se mais tarde ou mais cedo, que nada substituirá o livro impresso, a foto em papel, que há os mais novos que podem vir a querer preservar algumas memórias, sei lá! Somos, afinal, neste momento a linha da frente, os guadiões do passado…
Neste momento, já adiei para o próximo Verão uma série de «coisas» que não consigo «resolver», penso, neste Verão.
Mesmo assim, passei os remédios todos à lupa para ver os prazos de validade e lá se foram umas pomadas, uns xaropes e uns pingos para a vista. Foram à vida jornais e revistas, papelada das aulas que já não interessam a ninguém, juntei umas tantas peças de roupa que já não uso há bastante tempo e poderão ser úteis a outras pessoas e… fico com a consciência mais aliviada.
Seguem-se as malfadadas limpezas, de aspirador e espanador em punho, com uma musiquinha de fundo a aligeirar a coisa, muitas lavagens com água fresquinha, que é o que nos vai valendo e, não tarda nada a casa fica mais cheirosa, limpinha, tudo a brilhar!
Quando der por terminada a tarefa, ficarei com umas dorzitas novas, talvez uns quilitos a menos, de tal forma este calor me faz transpirar e me retira o apetite e, certamente vou esticar-me na chaiselongue onde «me encontro comigo própria», depois de cada regresso à normalidade e sei que vou sonhar com a casa do futuro, daquelas comandadas por botões, que se autolimpam e que eu comandarei à distância para todas as tarefas domésticas!
Sonhar também é bom e…ainda não é proibido nem paga imposto!
Estas sempre foram uma canseira, uma dor de cabeça inevitável mas também uma oportunidade única para nos desfazermos de algumas inutilidades e de alguns monos que fomos juntando ao longo do ano. Depois, cada vez temos menos espaço para as nossas coisas, para aquelas de que não conseguimos separar-nos, para os livros, para os DVDs e CDs, para os recortes, para as revistas, para as fotos, para as roupas, para as recordações de viagens…
Então, inicia-se uma primeira fase de «limpeza», quer dizer, passa-se quase tudo em revista, mudam-se as prateleiras, as caixas e os arquivos e… sobra quase nada para dar (e a quem dar, hoje, muito do que guardámos com tanto carinho, empenho, profissionalismo?), para deitar fora (e como ter coragem para mandar para a reciclagem ou mesmo literalmente para o lixo, coisas que conviveram connosco, que são testemunhas do nosso dia a dia, da nossa profissão, sem as tecnologias de que hoje dispomos, que são como que um prolongamento da nossa essência?) ou, finalmente para voltar a guardar, alterando apenas o sítio onde vão ficar à espera de melhores ou piores dias…
Neste momento, lembro o quarto das arrumações que havia nas nossas casas antigas, nas casas dos nossos pais onde cabia sempre mais qualquer coisa. E vem-me à ideia que tudo pode vir a ser preciso, que a moda é cíclica, tudo voltará a usar-se mais tarde ou mais cedo, que nada substituirá o livro impresso, a foto em papel, que há os mais novos que podem vir a querer preservar algumas memórias, sei lá! Somos, afinal, neste momento a linha da frente, os guadiões do passado…
Neste momento, já adiei para o próximo Verão uma série de «coisas» que não consigo «resolver», penso, neste Verão.
Mesmo assim, passei os remédios todos à lupa para ver os prazos de validade e lá se foram umas pomadas, uns xaropes e uns pingos para a vista. Foram à vida jornais e revistas, papelada das aulas que já não interessam a ninguém, juntei umas tantas peças de roupa que já não uso há bastante tempo e poderão ser úteis a outras pessoas e… fico com a consciência mais aliviada.
Seguem-se as malfadadas limpezas, de aspirador e espanador em punho, com uma musiquinha de fundo a aligeirar a coisa, muitas lavagens com água fresquinha, que é o que nos vai valendo e, não tarda nada a casa fica mais cheirosa, limpinha, tudo a brilhar!
Quando der por terminada a tarefa, ficarei com umas dorzitas novas, talvez uns quilitos a menos, de tal forma este calor me faz transpirar e me retira o apetite e, certamente vou esticar-me na chaiselongue onde «me encontro comigo própria», depois de cada regresso à normalidade e sei que vou sonhar com a casa do futuro, daquelas comandadas por botões, que se autolimpam e que eu comandarei à distância para todas as tarefas domésticas!
Sonhar também é bom e…ainda não é proibido nem paga imposto!
4 comentários:
Que falta nos faz o "quarto das raparigas",de seu nome,pois as "criadas internas"dormiam lá.Depois de ñ haver "criadas internas"era o quarto onde a costureira arranjava as bainhas,os vestidinhos,cujo tecido era escolhido na Casa Aguiar,nos tons de k mais gostássemos.Prateleiras até ao tecto, fazendo um L. Ah,sabía-se onde estava tudo.Até os arcos de hula-up eram aí guardados...depois de fazermos imensas voltas.Arrumação? sim,mta.
Jinhos.
isa
Vou-vos ouvindo falar em arrumações e limpezas mais profundas e a minha consciência vai aumentando de peso ... Logo que me cheira a férias e a este interregno de rotinas domésticas, só me apetece não fazer nada.
Em Setembro, juro, rasgo montes de papéis,deito montes de tralha fora e fico cheia de espaço livre ... Juro.
Bjinhos
Desculpem!! É "hula hoop"!!Perdoada?? jokas.
isa.
Felizmente, a minha casa ainda tem relativamente pouco tralha, mas, mesmo assim, sinto a necessidade de fazer estas limpezas chegada a Primavera, ou não tendo tempo antes, pelo menos durante as férias de Verão. Faz bem à casa e faz-me bem a mim, livrar-me dos monos.
Abracinho.
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