Eu não tive o «homem do saco» mas, quando li esse texto logo me vieram à memória alguns dos castigos que nos foram aplicados, a mim e aos meus irmãos, que éramos traquinas qb, desobedientes sempre que podíamos, barulhentos porque o espaço era muito grande e convidava a correrias e gritarias constantes por um corredor de dezoito metros!
Hoje, fica aqui registado um que nos envolveu aos quatro e teríamos, na altura entre os seis e os dezasseis anos. Outros, contarei mais tarde.
O pai, para além do trabalho no Ministério da Educação, dava ao fim da tarde, no seu escritório de casa, muitas explicações de Latim e de Português. Severo, muito exigente como professor e como educador, quando chegava a casa, impunha, de imediato, uma mudança na nossa forma de estar – parava quase automaticamente a brincadeira.
Mas, certa vez, a mãe tinha saído com a avó, a empregada já terminara as tarefas e estávamos os quatro miúdos sozinhos em casa, na maior das confusões. Chega o pai, seguido do aluno, mal houve tempo para falar connosco e, esquecendo-nos do sossego de que precisava para dar a aula, continuámos como se nada se passasse…
Houve um primeiro «chiu», seguido de outro e outro até que explodiu o «castigo» - os meninos iam ficar, os quatro, fechados à chave, literalmente à chave, até que acabasse a lição… e o pai que dava sempre tempo extra!!
Ainda arriscámos um «Pai, e se precisarmos de ir à casa de banho?» A resposta soou certeira e inquestionável – «Fazem aqui!» e sentou cada um de nós nos cantos da grande sala de jantar! Ali ficámos, choramingando uns, refilando outros, impacientes com a situação que nunca acontecera… e o tempo passava e nada para fazer…numa casa de jantar, ainda a uma certa distância da refeição. Então, começou o riso, miudinho, primeiro, contagiante e incontrolável, pouco depois, o que nos levou a ter uma vontade insuportável de fazer «chi-chi». Que fazer? Como sair daquela?...
Aconteceu mesmo o que devem estar a pensar…cada um, à vez, fez a sua pocinha, no cantinho que lhe fora destinado, no meio de um misto de fúria e de delírio pela transgressão. E nesse momento, nem sequer sentimos medo, tínhamos a razão do nosso lado! Não se pode conter uma vontade tão forte!
Como haveria de acabar esta história?
A mãe e a avó chegaram a casa, salvaram-nos daquela «prisão», limpou-se tudo, espalhou-se um bom cheirinho e o pai, depois de ter dado, em paz e sossego a sua lição, acabou a rir connosco já que tínhamos conseguido desarmá-lo e tínhamos sido, nesse dia, todos, «muito obedientes»!
E nunca mais o pai aplicou tal castigo.
Hoje, fica aqui registado um que nos envolveu aos quatro e teríamos, na altura entre os seis e os dezasseis anos. Outros, contarei mais tarde.
O pai, para além do trabalho no Ministério da Educação, dava ao fim da tarde, no seu escritório de casa, muitas explicações de Latim e de Português. Severo, muito exigente como professor e como educador, quando chegava a casa, impunha, de imediato, uma mudança na nossa forma de estar – parava quase automaticamente a brincadeira.
Mas, certa vez, a mãe tinha saído com a avó, a empregada já terminara as tarefas e estávamos os quatro miúdos sozinhos em casa, na maior das confusões. Chega o pai, seguido do aluno, mal houve tempo para falar connosco e, esquecendo-nos do sossego de que precisava para dar a aula, continuámos como se nada se passasse…
Houve um primeiro «chiu», seguido de outro e outro até que explodiu o «castigo» - os meninos iam ficar, os quatro, fechados à chave, literalmente à chave, até que acabasse a lição… e o pai que dava sempre tempo extra!!
Ainda arriscámos um «Pai, e se precisarmos de ir à casa de banho?» A resposta soou certeira e inquestionável – «Fazem aqui!» e sentou cada um de nós nos cantos da grande sala de jantar! Ali ficámos, choramingando uns, refilando outros, impacientes com a situação que nunca acontecera… e o tempo passava e nada para fazer…numa casa de jantar, ainda a uma certa distância da refeição. Então, começou o riso, miudinho, primeiro, contagiante e incontrolável, pouco depois, o que nos levou a ter uma vontade insuportável de fazer «chi-chi». Que fazer? Como sair daquela?...
Aconteceu mesmo o que devem estar a pensar…cada um, à vez, fez a sua pocinha, no cantinho que lhe fora destinado, no meio de um misto de fúria e de delírio pela transgressão. E nesse momento, nem sequer sentimos medo, tínhamos a razão do nosso lado! Não se pode conter uma vontade tão forte!
Como haveria de acabar esta história?
A mãe e a avó chegaram a casa, salvaram-nos daquela «prisão», limpou-se tudo, espalhou-se um bom cheirinho e o pai, depois de ter dado, em paz e sossego a sua lição, acabou a rir connosco já que tínhamos conseguido desarmá-lo e tínhamos sido, nesse dia, todos, «muito obedientes»!
E nunca mais o pai aplicou tal castigo.
2 comentários:
Momentos engraçados,únicos!Liderados, quase sempre pela mana mais velha...que tinha cada ideia!Tinha? Não!! Tem, felizmente,pq.não prejudica ninguém
E o mais engraçado e comovedor de tudo isto é que conseguimos recordar e tirar partido de tudo o que vivemos, sem mágoas, sem dramas, sem recriminações... Sinal de que somos bem crescidas...Bons velhos tempos e a mana mais crescida liderava e de que maneira ehehehe!
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