Voltei a estudar… e… será que alguma vez deixei de o fazer?
Penso que nunca, pois todos os dias aprendo qualquer coisa de novo e sinto forte apetência por saber mais e mais …
Mas o que eu quero dizer é que, após a aposentação, decidi «pôr os neurónios em acção» e decidi que tinha chegado o momento de concretizar um sonho antigo – estudar italiano!
Mas estudar numa escola, ir às aulas, com professora de verdade, com colegas, com livros, caderno, lápis, borracha, canetas e os «malfadados» TPC. Passar-me para o lado de lá, lado que deixara de ser o meu há 37 anos!
E assim fiz. Inscrevi-me num Instituto e já vou a caminho do final do segundo semestre, com muito entusiasmo e alguns progressos.
Que língua maravilhosa! Que sonoridade cantante e romântica, com vocábulos muito semelhantes aos nossos, a mesma origem românica assim o justifica, mas com muitas particularidades na gramática e mesmo na pronúncia, se se pretende que seja próxima da correcta. A semelhança prega-nos partidas traiçoeiras… e o espanhol, que arranho como todo o bom português, interfere muitas vezes, só para atrapalhar!
Voltei a ser aluna! E com que entusiasmo tenho vivido experiências muito enriquecedoras e divertidas! Desde a preocupação para não chegar atrasada, até à escolha dos lugares dos diferentes alunos, na sala de aula, ao convívio, nos intervalos com os colegas, às correcções do trabalho de casa, à observação exigente que faço sobre cada aula: se foi ou não preparada com cuidado; se os materiais são ou não os mais adequados às nossas necessidades, se é uma aula dada com alma ou apenas para cumprir uma rotina, se é fruto de improvisação… e como eu sei distinguir bem umas das outras!
É tão engraçado sentar-me, agora, na plateia, que eu via de fora, e beber cada palavra e cada gesto da professora, sentir na pele o arrepio quando chega a minha vez de falar, o receio de errar, a alegria quase infantil perante um elogio, a vergonha e a pressa com que quero corrigir quando me é apontado um erro, o sentir que dentro de mim vive ainda o mesmo entusiasmo pelas coisas novas, quando ouço um sketch gravado, quando visiono um pequeno filme, quando resolvo jogos e exercícios, quando pratico pequenos diálogos com os colegas…
Terminada a aula, já pela rua fora, dou comigo a pensar como gostaria que os meus alunos também tivessem sentido o mesmo, muitas vezes! Algumas sentiram certamente!
Que bom ter voltado à escola, como aluna!
Penso que nunca, pois todos os dias aprendo qualquer coisa de novo e sinto forte apetência por saber mais e mais …
Mas o que eu quero dizer é que, após a aposentação, decidi «pôr os neurónios em acção» e decidi que tinha chegado o momento de concretizar um sonho antigo – estudar italiano!
Mas estudar numa escola, ir às aulas, com professora de verdade, com colegas, com livros, caderno, lápis, borracha, canetas e os «malfadados» TPC. Passar-me para o lado de lá, lado que deixara de ser o meu há 37 anos!
E assim fiz. Inscrevi-me num Instituto e já vou a caminho do final do segundo semestre, com muito entusiasmo e alguns progressos.
Que língua maravilhosa! Que sonoridade cantante e romântica, com vocábulos muito semelhantes aos nossos, a mesma origem românica assim o justifica, mas com muitas particularidades na gramática e mesmo na pronúncia, se se pretende que seja próxima da correcta. A semelhança prega-nos partidas traiçoeiras… e o espanhol, que arranho como todo o bom português, interfere muitas vezes, só para atrapalhar!
Voltei a ser aluna! E com que entusiasmo tenho vivido experiências muito enriquecedoras e divertidas! Desde a preocupação para não chegar atrasada, até à escolha dos lugares dos diferentes alunos, na sala de aula, ao convívio, nos intervalos com os colegas, às correcções do trabalho de casa, à observação exigente que faço sobre cada aula: se foi ou não preparada com cuidado; se os materiais são ou não os mais adequados às nossas necessidades, se é uma aula dada com alma ou apenas para cumprir uma rotina, se é fruto de improvisação… e como eu sei distinguir bem umas das outras!
É tão engraçado sentar-me, agora, na plateia, que eu via de fora, e beber cada palavra e cada gesto da professora, sentir na pele o arrepio quando chega a minha vez de falar, o receio de errar, a alegria quase infantil perante um elogio, a vergonha e a pressa com que quero corrigir quando me é apontado um erro, o sentir que dentro de mim vive ainda o mesmo entusiasmo pelas coisas novas, quando ouço um sketch gravado, quando visiono um pequeno filme, quando resolvo jogos e exercícios, quando pratico pequenos diálogos com os colegas…
Terminada a aula, já pela rua fora, dou comigo a pensar como gostaria que os meus alunos também tivessem sentido o mesmo, muitas vezes! Algumas sentiram certamente!
Que bom ter voltado à escola, como aluna!
5 comentários:
Para além de ter gostado muito do texto, tenho uma profunda admiração pela coragem de assumires um curso de 3 anos ... é que eu nem as lições domésticas de inglês cumpro! Tenho a certeza que vamos festejar o diploma e depois ou entretanto, é preciso uma nova viagem a Itália.Abração vizinha.
Como gostei do texto!E, tb.,do entusiasmo do cumprimento do horário,de levar os cadernos, livro e ainda...o TPC feito, visto e revisto!! Bravo. Assim é que é!! Estou orgulhosa!!bjs. isa
A tia gosta do Paolo Conte? Tenho aqui montes de cd's dele que lhe posso passar. Para além de ser italiano, tem letras muito bonitas!
beijinhos,
Nuno
Então quem voltou à escola foi a "sócia"?!
Eu também fiz um curso intensivo de italiano depois de ter tido, há muitos anos atrás, essa língua tão doce como opção na Faculdade de Letras.
Só que, quando não se pratica uma língua com frequência,temos muita dificuldade, pelo menos ao nível da oralidade.
Depois do curso pronto, toca a viajar até à bela Itália e ficar por lá uns tempos.
Abraço
Margarida, felicito-te por essa decisão de aprenderes mais uma língua.Por mim não seria capaz agora de conseguir esse feito de voltar a cumprir horários e estudar por dever. Só te lembro ( o que afinal já sabes) que depois do curso deves continuar a praticar senão esqueces. Ainda hei-de ouvir-te falar essa língua de Petrarca tão doce e tão musical! E, como diz a vizinha, que tal uma viagem à Itália ? Viagem,não. Um mês...ou quem sabe um ano ?! Que bom! Digo-te que tenho uma paixãozinha também por esse país.Sobretudo pela aquosa e mítica Veneza. Abraço. Irene
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